quinta-feira, 9 de julho de 2015

Portugal. "Governo transformou o país numa gigantesca venda de garagem"




Catarina Martins confrontou o primeiro-ministro com números da dívida, do desemprego e da emigração durante o seu mandato. Lembra que Passos Coelho “ ficou conhecido por formar técnicos de aeródromos que não existiam com dinheiro europeu” e acusou o governo por estar a vender o país em saldos, com as privatizações ruinosas.

A porta-voz do Bloco concentrou a sua intervenção ao Estado da governação e começou por afirmar: “Hoje aparentemente vale tudo”.

Catarina Martins exemplificou então: “O emprego desce e o primeiro-ministro congratula-se porque o emprego sobe. A dívida sobe – este governo aumentou a dívida como nenhum outro – e a maioria rejubila porque a dívida é uma questão do passado. O INE ontem dizia-nos que a balança comercial se agravava e Pires de Lima vinha gabar-se do seu sucesso”.
A porta-voz do Bloco apontou então: “um primeiro-ministro, que na sua vida ativa ficou conhecido por formar técnicos de aeródromos que não existiam com dinheiro europeu e com o amigo Relvas a assinar despachos no governo, devia ter mais cuidado antes de lançar acusações sobre outros povos”.

O Governo está em estado de negação

“Portugal perdeu 300 mil postos de trabalho desde que o seu governo tomou posse e é hoje o país com a maior taxa de emigração da União Europeia. O PIB caiu 11 mil milhões de euros. O nível de vida recuou 25 anos e a dívida pública subiu mais de 50 mil milhões de euros. O país tem mais de 700 mil pessoas desempregadas sem qualquer apoio. Mais de 2 milhões de pessoas vivem em situação de pobreza e este é um número que não pára de crescer”, sublinhou a porta-voz do Bloco.

“Bem pode o governo estar em estado de negação e querer fazer só o discurso da propaganda” declarou Catarina Martins, que denunciou então o escândalo das privatizações.

“O país das compras low-cost”

No debate sobre as privatizações a deputada abordou os casos das privatizações da EDP, REN, Tranquilidade, Novo Banco.

“Talvez nada marque tanto o Estado da nação do que ter tornado Portugal o país das compras low-cost e dos negócios milionários para a finança internacional”, declarou Catarina Martins.

A porta-voz do Bloco apontou então que “as privatizações, que o Tribunal de Contas já denunciou como lesivas do interesse público, são a imagem da gigantesca venda de garagem em que este governo transformou o país”.

Catarina Martins concluiu com o caso do Novo Banco, apontando que “o défice público pode chegar aos 6% com os mais de 2.000 milhões de prejuízo com a venda do Novo Banco”.

Esquerda.net

1 comentário:

José Gonçalves Cravinho disse...

Eu,filho de pobres trabalhadores do campo e um simples operário emigrante na Holanda onde resido desde 1964 e já velhote,91 anos de idade,digo que só vendi a minha fôrça de trabalho ao estrangeiro,não vendi a minha alma que é portuguesa até morrer.Mas os filhos da pata que os amassou em má hora e que desgovernam o País é que vendem Portugal aos bocados aos interesses estrangeiros.A Pátria-Mãe p'ra mim madratsa/empurrou-me p'rà emigração/e maldita seja a Governação/que Portugal p'rà miséria arrasta.Usando as adversativas que aprendi na Instrução Primária,direi:-Mas,porém,todavia,contudo.. Com populismo e demagogia/muita mentira,verdade parece/ mas em liberdade e «democracia»/cada Povo tem o Governo que merece.

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