segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Portugal. RECORDANDO A IRREVOGÁVEL HISTÓRIA DE UM GOVERNO “ENTROIKADO”



A poucos dias da ida às urnas, o Notícias ao Minuto recorda-lhe os principais momentos do XIX Governo Constitucional, que resultou de um acordo assinado a 16 de junho de 2011, entre o PSD, liderado por Passos Coelho, e o CDS-PP, de Paulo Portas, e que tomou posse a 21 de junho de 2011.

Depois de eleito, em março de 2010, o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, assumiu em julho de 2011 ‘os comandos’ do país, com 38,66% dos votos contra 28,05% do PS de Sócrates. Mas não o fez sozinho. Convidou o CDS-PP de Paulo Portas a juntar-se a si, garantindo assim um aliado e uma maioria parlamentar que, ao contrário do que muitos pensavam, resistiu a polémicas e casos que poderiam ter ditado a sua queda.

Falamos, por exemplo, da “irrevogável” demissão de Portas, dos factos do passado profissional de Passos Coelho na Tecnoforma ou das suas dívidas à Segurança Social, até à saída do Governo do seu braço direito Miguel Relvas e de outros ministros que tutelavam importantes pastas, tais como Finanças (Vítor Gaspar), Economia (Álvaro Santos Pereira) e Administração Interna (Miguel Macedo).

A juntar a estes factos políticos e pessoais, Passos enfrentou durante os últimos quatro anos uma forte contestação social, ficando para a história a maior manifestação nacional desde 1974. Ao de cima vieram, várias vezes, as promessas feitas durante a campanha eleitoral de 2011 e deitadas por terra após a chegada ao poder. A herança socialista foi sempre a resposta.

“Nunca ninguém me ouviu dizer que ia ser pera doce”, “quando fui eleito primeiro-ministro nunca pensei que tivesse de anunciar ao país medidas tão severas e tão difíceis de aceitar”, disse Passos Coelho após ser eleito chefe do XIX Governo Constitucional e aquando da apresentação aos portugueses do primeiro pacote de austeridade.

O Tribunal Constitucional revelou-se a ‘grande pedra no sapato’ do Governo PSD/CDS, com vários chumbos ao longo da legislatura. Mas o que marcou estes últimos anos de governação foi, sem dúvida, a presença da troika em Portugal, que impôs um “enorme aumento de impostos” aos portugueses.

Em maio de 2014, na hora do adeus ao FMI, BCE e Comissão Europeia, cronometrado ao segundo pelo CDS de Portas, o primeiro-ministro anunciou que não era “hora para voltar atrás” porque “o que já conseguimos custou muito e não seria aceitável deitar tudo a perder”.

Esta tem sido, aliás, a palavra de ordem na campanha da coligação Portugal à Frente (PàF), que uniu PSD e CDS na corrida às eleições legislativas de 4 de outubro.

Notícias ao Minuto

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