A
poucos dias da ida às urnas, o Notícias ao Minuto recorda-lhe os principais
momentos do XIX Governo Constitucional, que resultou de um acordo assinado a 16
de junho de 2011, entre o PSD, liderado por Passos Coelho, e o CDS-PP, de Paulo
Portas, e que tomou posse a 21 de junho de 2011.
Depois
de eleito, em março de 2010, o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, assumiu em
julho de 2011 ‘os comandos’ do país, com 38,66% dos votos contra 28,05% do PS
de Sócrates. Mas não o fez sozinho. Convidou o CDS-PP de Paulo Portas
a juntar-se a si, garantindo assim um aliado e uma maioria parlamentar
que, ao contrário do que muitos pensavam, resistiu a polémicas e casos que
poderiam ter ditado a sua queda.
Falamos,
por exemplo, da “irrevogável” demissão de Portas, dos factos do passado
profissional de Passos Coelho na Tecnoforma ou das suas dívidas à Segurança
Social, até à saída do Governo do seu braço direito Miguel Relvas e de outros
ministros que tutelavam importantes pastas, tais como Finanças (Vítor Gaspar),
Economia (Álvaro Santos Pereira) e Administração Interna (Miguel Macedo).
A
juntar a estes factos políticos e pessoais, Passos enfrentou durante os últimos
quatro anos uma forte contestação social, ficando para a história a maior
manifestação nacional desde 1974. Ao de cima vieram, várias vezes, as promessas
feitas durante a campanha eleitoral de 2011 e deitadas por terra após a chegada
ao poder. A herança socialista foi sempre a resposta.
“Nunca
ninguém me ouviu dizer que ia ser pera doce”, “quando fui eleito
primeiro-ministro nunca pensei que tivesse de anunciar ao país medidas tão
severas e tão difíceis de aceitar”, disse Passos Coelho após ser eleito chefe
do XIX Governo Constitucional e aquando da apresentação aos portugueses do
primeiro pacote de austeridade.
O
Tribunal Constitucional revelou-se a ‘grande pedra no sapato’ do Governo
PSD/CDS, com vários chumbos ao longo da legislatura. Mas o que marcou estes
últimos anos de governação foi, sem dúvida, a presença da troika em Portugal,
que impôs um “enorme aumento de impostos” aos portugueses.
Em
maio de 2014, na hora do adeus ao FMI, BCE e Comissão Europeia, cronometrado ao
segundo pelo CDS de Portas, o primeiro-ministro anunciou que não era “hora para
voltar atrás” porque “o que já conseguimos custou muito e não seria aceitável
deitar tudo a perder”.
Esta
tem sido, aliás, a palavra de ordem na campanha da coligação Portugal à Frente
(PàF), que uniu PSD e CDS na corrida às eleições legislativas de 4 de outubro.
Notícias
ao Minuto
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