Muitos
emigrantes continuam nas listas em Portugal. O mesmo acontece com algumas
pessoas falecidas. Assim, a abstenção sobe consideravelmente.
Os
números da abstenção nos atos eleitorais não refletem apenas os portugueses que
decidem, por livre vontade, não ir às urnas.
Além
desse fator, há ainda vários outros indicadores que fazem com que a abstenção
(a que se chama de abstenção técnica) seja bem mais elevada do que aquilo que é
na realidade.
Os
emigrantes registados nos cadernos eleitorais são um desses indicadores, como
evidencia o Público deste domingo. Apesar de residirem no estrangeiro, são
muitos os que continuam nas listas. A desatualização dos cadernos eleitorais
leva a que não se contemplem algumas das 395 mil pessoas que saíram do país
entre 2011 e 2014.
De
acordo com o mesmo jornal, os portugueses que emigram podem inscrever-se no
consulado e recensear-se no país de destino, mas não são obrigados a isso, pelo
que muitos não o fazem.
Segundo
o diretor técnico do centro de sondagens da Aximage, Jorge de Sá, a abstenção
real nas últimas legislativas deverá rondar os 34%. Os números oficiais dão
conta de um valor recorde: 43%.
É
ainda de referir que as estimativas mais recentes do INE dão conta de que a
população residente com 17 anos ou mais é composta por 8,6 milhões de pessoas,
nem menos do que os que constam nos cadernos eleitorais: 9,4 milhões.
A
isto há que somar casos como o que aconteceu este ano no Brasil. Uma greve de
correios levou a que os boletins de voto antecipado não chegassem atempadamente
aos eleitores portugueses.
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