sábado, 7 de novembro de 2015

Portugal. PS. "Ninguém espera que vamos agora desenhar quatro Orçamentos do Estado"



“O mundo não é uma máquina e governar não é seguir um plano muito detalhado”, entende Porfírio Silva.

Um dos principais conselheiros de António Costa disse, em entrevista ao Observador, não acreditar muito na hipótese de PS, PCP e Bloco de Esquerda constituírem um governo coligados.

“Não me parece. Acho que o PS tem a sua identidade. O PCP é um partido com muitas décadas, não vai ser consumido por nenhum outro partido, o BE é mais jovem”, admitiu Porfírio Silva, justificando que “o PS ter 80% do eleitorado seria mau”.

Certo de que “o PS é o partido moderado de que o país precisa neste momento” e que um acordo à Esquerda traria estabilidade política, o membro do secretariado nacional critica aqueles que querem, neste momento, conhecer planos concretos para os próximos quatro anos. “O nosso horizonte é o horizonte de uma legislatura. Dizer ‘ah, é para um orçamento, dois orçamentos’. O que se pode dizer é que certamente ninguém espera que nós vamos agora desenhar quatro Orçamentos do Estado. Ninguém espera”, atirou.

“O mundo não é uma máquina, a realidade política não é determinística e portanto governar não é seguir um plano muito detalhado, desenhado previamente. É ter rumo, objetivos, balizas e ter método para enfrentar as contingências e para enfrentar as circunstâncias inesperadas. É isso que o acordo terá”, acrescentou o socialista, como justificação.

O agora responsável pelas Relações Internacionais do PS reiterou ainda que, ainda que haja “assuntos que não são completamente coincidentes” entre PS, BE e PCP, “há uma base para um programa de governo em que todos aqueles que estão envolvidos nesse trabalho concordam”.

Notícias ao Minuto

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