“O
mundo não é uma máquina e governar não é seguir um plano muito detalhado”,
entende Porfírio Silva.
Um
dos principais conselheiros de António Costa disse, em entrevista ao
Observador, não acreditar muito na hipótese de PS, PCP e Bloco de Esquerda
constituírem um governo coligados.
“Não
me parece. Acho que o PS tem a sua identidade. O PCP é um partido com muitas
décadas, não vai ser consumido por nenhum outro partido, o BE é mais jovem”,
admitiu Porfírio Silva, justificando que “o PS ter 80% do eleitorado seria
mau”.
Certo
de que “o PS é o partido moderado de que o país precisa neste momento” e que um
acordo à Esquerda traria estabilidade política, o membro do secretariado
nacional critica aqueles que querem, neste momento, conhecer planos concretos
para os próximos quatro anos. “O nosso horizonte é o horizonte de uma
legislatura. Dizer ‘ah, é para um orçamento, dois orçamentos’. O que se pode
dizer é que certamente ninguém espera que nós vamos agora desenhar quatro
Orçamentos do Estado. Ninguém espera”, atirou.
“O
mundo não é uma máquina, a realidade política não é determinística e portanto
governar não é seguir um plano muito detalhado, desenhado previamente. É ter
rumo, objetivos, balizas e ter método para enfrentar as contingências e para
enfrentar as circunstâncias inesperadas. É isso que o acordo terá”, acrescentou
o socialista, como justificação.
O
agora responsável pelas Relações Internacionais do PS reiterou ainda que, ainda
que haja “assuntos que não são completamente coincidentes” entre PS, BE e PCP,
“há uma base para um programa de governo em que todos aqueles que estão
envolvidos nesse trabalho concordam”.
Notícias
ao Minuto
Sem comentários:
Enviar um comentário