quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

"DEUS TE FADOU, ALGUM DEFEITO TE ACHOU"



Bernardo Ferrão abre o Expresso Curto referindo-se a Schäuble. Estamos conversados. Sabemos que daquele porteiro do fascismo económico implantado na UE só sai o que diz respeito ao fascismo. Pobre Schäuble, que se fosse apanhado por Hitler numa cadeira de rodas ia de imediato levar a injeção para o exterminar porque na raça requerida pelo regime nazi dos fracos e deficientes a história não rezava. Era a raça superior ariana que devia ser preservada. Tudo de compleição física, motora e mental… superior. Com Hitler, Schäuble já era. Mas nem por isso o hominídeo das rodinhas abandona  o que traz nos genes, o fascismo da era moderna que aperta o garrote nas finanças para eliminar os mais fracos… na carteira e outras coisas. Os pobres que passaram a miseráveis e a cadáveres por causa destes Schäubles com e sem rodinhas.

Basta desse hominídeo Schäuble que só fala de Costa depois de contas feitas. Disse. Que trampa têm os alemães a representá-los. É isso que querem? Pois, provavelmente. Nem precisam de desenterrar o Hitler porque desses têm por lá aos montes. É o que esses Schäuble, Hitlers de Meia Tijela, nos mostram. Pintem as caras de preto e heil!

"Deus te fadou, algum defeito te achou", Wolfgang Schäuble.

Dito isto, para aliviar a figadeira, vamos lá ao Expresso Curto. Ali tudo é destacado. Tudo o que Bernardo consegue mencionar numa chávena de prosa, expressamente.

Bom dia e arranque. Cuidado, arranque mas não faça pó, por causa da poluição. O COP21 está reunido… Para nada de diferente ou importante, como de costume. Ora, que conversa. Isso dava pano para mangas de fato de macaco, arregaçadas. Não mangas de alpaca, como as que abundam no COP21. Por lá estão os parasitas dos povos a deslumbrarem-se uns aos outros… e mais nada. Heil!

Para acabar. Falta aqui referir um fulano que vai ser presidente dos EUA. Outro fascista, um parvalhão, xenófobo, racista, machista... Um cancro do tamanho do mundo que vai arrasar no terrorismo global em que os EUA é perito, como podemos ver na história daquele país que era para ser de liberdade mas que rodou 180 graus e deu no que é, uma merda que infesta e empesta o mundo. Adeus Obama, foste uma desilusão, devolve o Nobel da Paz! Vem ai o Donald Trampa. Vergonha, norte-americanos! Heil também para vós!

Redação PG / MM

Bom dia, este é o seu Expresso Curto 

Bernardo Ferrão - Expresso

Schäuble “BFF” de Costa? Depois das contas, logo se vê

Uma das imagens que guardo dos anos de brasa da troika é a da conversa entre o ex-ministro das Finanças Vitor Gaspar e o alemão Wolfgang Schäuble, em fevereiro de 2012. Ali vimos tudo. Mais do que o então “curvado” Gaspar (o alemão está numa cadeira de rodas), vimos sobretudo como na Europa nada se fazia sem o acordo de Schäuble. O poder não estava em Bruxelas. Nem na Comissão Europeia. Nem no Eurogrupo. O poder estava na Alemanha de Schäuble. O que ficou ainda mais claro com a Grécia de Tsipras/Varoufakis.

Agora, referindo-se ao caso português, e ao encontro com Mário Centeno, o alemão quis usar a palavra “confiança”. Mas não deixou de falar também em “manter a palavra”: "Antes dele [António Costa] ser Presidente da Câmara de Lisboa, fomos os dois ministros e eu recordo uma relação de confiança muito boa. Ele enviou-me os seus cumprimentos através do meu novo colega [Mário Centeno]. E se o meu colega mantiver a sua palavra [na primeira tradução aparecia “cumprir aquilo que disse”], ele também vai receber os meus cumprimentos", disse o ministro de Merkel numa declaração que deu azo a várias interpretações (e traduções).

Ao referir-se à importância de manter a palavra houve quem entendesse que o alemão estava a falar das garantias deixadas por Centeno no Eurogrupo. Mas também houve quem dissesse que o alemão estava simplesmente a dizer que se Centeno cumprisse a palavra os cumprimentos iam ser entregues a Costa. Enfim…lost in translation!?

Em Bruxelas, Mário Centeno - “Mário” como foi tratado por Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo - deixou duas certezas: o esboço do Orçamento para 2016 será entregue no início de janeiro. E o défice de 3% para este ano “é muito importante para o país”– e decisivo para que Portugal deixe o procedimento por défice excessivo -, mas com a ressalva de que o Governo ainda está a “apurar a informação” e que não pode afirmar nenhum “número em definitivo”.

Se internamente a questão do défice se tornou parte de um dispensável (e repetitivo) jogo político entre o Governo que entra e o que sai, na frente externa, Schäuble e as instituições europeias querem ver para crer e “esperam que Portugal cumpra as suas obrigações do Pacto de Estabilidade” (a crise do euro não está esquecida, como lembrava no sábado o Ricardo Costa). Numa lógica “rei morto, rei posto”, mais do que os protagonistas que vão implementar as políticas, para Bruxelas o que verdadeiramente importa é que as contas batam certo. Para o “poder europeu” é preciso “dar continuidade às políticas económicas de sucesso”, leia-se ao caminho seguido até aqui (e que nos levou à saída limpa,“resultado pequeno” para Mário Centeno). Mas lembre-se que os2,7% de défice previstos por Passos já foram à vida. E que pelo quarto ano consecutivo o seu Governo falhou as metas orçamentais por si definidas.

A tarefa também não será fácil para António Costa. O PM caminhará sobre gelo fino, e num dificílimo equilíbrio entre Bruxelas e o exigente caderno de encargos das esquerdas (que até já reclamam o fim das portagens da Via do Infante). E, ironicamente, as palavras de Schäuble chegam na mesma altura em que Jerónimo de Sousa carrega na pressão. Se no fim-de-semana já tinha avisado o PS que “não faria favores a ninguém”, ontem veio deixar claro que oGoverno de Costa não é uma “coligação de esquerdas”, mas do PS.

Treze dias depois da tomada de posse, ficou evidente que naquadratura de António Costa, além de Jerónimo e Catarina, Schäuble também tem lugar marcado. E o alemão já mostrou que consegue ser muito pouco “BFF”.

Por falar em quadratura, Pacheco Pereira (que hoje apresenta no Forte de Peniche, o quarto volume de Álvaro Cunhal, Uma Biografia Política) foi ontem “convidado” a abandonar o PSDpelo deputado social-democrata Duarte Marques: “António Costa é menos raivoso contra o PSD do que Pacheco Pereira”. Marques, que falava na SIC Notícias, mostrava-se chocado com osuposto apoio de Pereira à candidatura de Marisa Matias, do Bloco de Esquerda, às presidenciais. A polémica surge depois do Expresso ter noticiado no sábado que Pacheco Pereira será um dos oradores de um Fórum organizado pela candidatura de Matias. O historiador e comentador já veio entretanto esclarecer na Antena 1 que “uma coisa é participar em sessões programadas, outra diferente é apoiar essas candidaturas”. E pelo meio deixou elogios a Marcelo Rebelo de Sousa.

Aproveito a deixa para lhe dizer que no próximo fim-de-semana oExpresso publica, na sua edição em papel, uma importante entrevista com Marcelo Rebelo de Sousa. O Correio da Manhã revela hoje uma sondagem que o dá a vencer à 1ªvolta (54,6%). O estudo mostra que Marcelo vai buscar votos a todo o eleitorado da direita à esquerda, com exceção do PCP.

FRASES

“Pessoa que não seja conhecida terá acesso à Presidente”, Maria de Belém ao Jornal de Negócios.

“São os recordes que vêm ter comigo”, Cristiano Ronaldo depois de se tornar o primeiro jogador a marcar 11 golos numa fase de grupos da Champions.

OUTRAS NOTÍCIAS

Nos EUA, a campanha de Donald Trump, para as primárias republicanas, está a ser um colossal desvario. Nas últimas horas o bilionário defendeu que a América devia fechar as portas aos muçulmanos (“WTF!”, disseram muitos nas redes sociais). E que a solução para acabar com o radicalismo é “fechar a Internet”. A Casa Branca considerou que as declarações de Trump o desqualificam. Apelidando-o de "barbeiro carnavalesco" com "cabelo falso" e de ser "cínico" nas suas tomadas de posição. O porta voz da White House considerou ainda que a campanha do republicano tem a qualidade de um "lixo da história". Além de unirem democratas e republicanos na crítica, as palavras de Trump motivaram também condenações de vários líderes mundiais. Mas mesmo contestado, o pré-candidato republicano continua a liderar as sondagens, está agora com 15% de vantagem sobre Ted Cruz.

Manuel Valls, primeiro-ministro francês, apelou entretanto à união contra a extrema-direita. Depois dos resultados na 1ª volta das regionais, e para tentar evitar vitórias de Marine Le Pen, o PS francês dá ordem aos seus candidatos para desistirem e recomendarem o voto noutro partido. A estratégia está a merecer muitas críticas.

O preço do petróleo tocou ontem no mínimo. Há quase sete anos que o barril de brent não caía abaixo dos 40 dólares. Mas hoje já abriu em alta, a valer 40,84 dólares.

Na Champions, a derrota do Benfica (2-1) frente ao Atlético de Madrid deixou os encarnados no segundo lugar do grupo. Hoje é a vez do F.C. Porto tentar fazer história em Londres.

O QUE ANDO A LER

O ambiente político na vizinha Espanha está escaldante. Basta visitar os sites dos principais jornais para se perceber a importância das eleições (como tantas semelhanças com o caso português) que acontecem daqui a 11 dias. E olhando para as muitas sondagens parece certo que nenhum partido irá conseguir maioria absoluta. E que a Espanha caminha para o fim do bipartidarismo e da alternância entre o PP e o PSOE.

Nos vários cenários traçados, há um que está a causar acesa polémica:uma “coligação” Ciudadanos, PSOE e Podemos. A tese ganhou fôlego com o título do La Razon deste domingo: “Sería presidente con el apoyo de Sánchez e Iglesias”. A frase, atribuída ao líder do Ciudadanos, Albert Rivera, deu bronca no partido (e com o jornal) por não ser uma citação direta mas uma interpretação do jornal. O El Español explica tudo e explora com pormenor as soluções que podem sair das eleições de 20D: desde o “fantasma do pacto dos perdedores” (onde é que já ouvíamos isto?), o “fantasma de ‘salvar o soldado Sanchez’” ou o “fantasma do pacto das direitas” etc.

Deixe-me ainda sugerir este artigo do El Confidencial que sublinha astransformações na imagem dos candidatos. Pablo Iglesias do Podemos que já tinha deixado o piercing, abandonou a suapulseira republicana ao mesmo tempo que moderou o discursoquando fala do modelo de Estado. E nas últimas semanas “intensificou o uso de camisa branca”. Pedro Sanchez, líder do PSOE, usa cada vez menos gravata e aposta nas mangas arregaçadas. E sublinha-se também o ar jovem e “yuppie” que quer passar com a sua mochila (a tiracolo) em vez da tradicional mala. Mas ainda não arrisca os ténis de Iglesias. Sobre Rivera diz-se pouco até porque raramente dispensa o fato completo. E de Rajoy, destaca-se a barba como marca de distância geracional.

O El Confidencial faz ainda uma análise à penetração dos candidatos e partidos nas redes sociais – o novo “campo de batalha”. O artigo conclui que há de facto um gap geracional e que o Ciudadanos e o Podemos “reinventam o bipartidarismo” no twitter, já que são os campiões nas trending topics muito à frente do PP e PSOE.

É tudo. Bom dia e bom resto de semana.

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