O
PAIGC, partido no poder na Guiné-Bissau diz que apenas eleições gerais
antecipadas podem tirar o país da "situação caótica" em se encontra
devido ao bloqueio das instituições, indicou hoje Bilone Nhasse, dirigente da
organização das mulheres do partido.
Em
conferência de imprensa, Nhasse, antiga ministra da Solidariedade Social e
atual secretária-geral adjunta da UDEMU (União Democráticas das Mulheres) disse
que perante o impasse no país "apenas as eleições gerais antecipadas
poderão desbloquear o país".
Falando
no final de uma reunião daquela estrutura do Partido Africano da Independência
da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Bilone Nhasse notou que perante o "bloqueio
das instituições", pelo facto de a Constituição do país não prever um
governo de iniciativa presidencial, coligação pós-eleitoral ou a figura de
deputado independente, apenas as eleições gerais poderão desbloquear a situação
política, disse.
"Nós
(UDEMU) congratulamo-nos com isso", defendeu Nhasse, apontando o dedo
acusador ao Presidente guineense, José Mário Vaz e ao Partido da Renovação
Social (PRS), líder da oposição, de serem os autores "do bloqueio do
país".
"Se
o Presidente da República e o PRS continuarem a única saída será a realização de
eleições antecipadas gerais, presidenciais e legislativas, porque o país está
numa situação caótica", observou a dirigente do PAIGC.
Bilone
Nhasse sublinhou que as instituições do país não funcionam ao ponto de as
ajudas internacionais prometidas na mesa redonda de Bruxelas, Bélgica, estarem
já comprometidas bem como a campanha da comercialização da castanha de caju,
principal produto de exportação da Guiné-Bissau.
A
dirigente da UDEMU disse ainda que "a situação do país piora a cada dia
que passa", o que, disse, se vê nas greves nos setores da saúde e na educação.
MB
// EL - Lusa
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