Primeiro-ministro
promete proteção dos direitos dos portugueses residentes no Reino Unido e
admite que “o caminho não é a desintegração”.
“Temos
com o Reino Unido a mais antiga aliança do mundo, muito anterior à entrada de
Portugal para as comunidades europeias e que prosseguirá muito além da saída da
União Europeia”, começou por realçar o primeiro-ministro português, em reação
ao resultado do referendo que ditou a saída do Reino Unido da União Europeia.
Em
conferência de imprensa, António Costa deixou claro que o Governo “tudo fará
para assegurar todos os direitos da comunidade portuguesa no Reino Unido, as
melhores condições para as relações económicas com o Reino Unido e os
britânicos que residem, visitam ou investem em Portugal”.
“Hoje
é um dia triste para a Europa”, admitiu, salvaguardando que “esta pode ser uma
oportunidade para os 27 países da UE reafirmem a sua vontade de prosseguir
juntos, refletindo sobre o que significam estes resultados”. Porque “a questão
não é termos mais ou menos Europa, mas termos melhor Europa”.
Já
no que toca à volatilidade dos mercados, António Costa garantiu que “temos as
necessidades de financiamento asseguradas até 2017”.
“Amizade
com o Reino Unido e o povo britânico” é o que promete o chefe do Executivo
português, ciente de que o caminho “não é a desintegração, mas perceber as
necessidades dos cidadãos e dar-lhes uma resposta”.
“Esta
decisão dos britânicos não deve ser interpretada para uma depressão coletiva,
para multiplicar movimentos de divisão na Europa, mas para perceber a mensagem
que os cidadãos europeus repetidamente têm dado”, explicou, elencando o que, a
seu ver, os europeus precisam: “reforçar o sentimento de segurança sob ameaça
terrorista, conseguir ser um espaço de liberdade dentro de fronteiras
devidamente geridas, ter uma economia que assegure a prosperidade e recuperar
os valores próprios da União Europeia”.
Goreti
Pera – Notícias ao Minuto
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