Expresso
Curto quando está a terminar a manhã. Despachar esta “abertura” é o que vai ter
de ser, para assim a bota condizer com a perdigota e o “bom dia” corresponder à
manhã. Esta manhã, véspera de sábado. Por cá, neste cadinho à beira.mar prostrado, acontece o mesmo de sempre: andam por aí os mastins da direita ressabiada a rosnar e a ladrar… enquanto a caravana
passa. “Deixós ladrar!"
A "conversa" deste Curto traz à cabeça o tal Novo Banco dos roubos e outras falcatruas dos Espíritos Santos. O Sérgio Monteiro saca aos milhares de ordenados e mordomias para vender o pseudo Novo Banco. Foi o tal jeitoso do Banco de Portugal que nomeou o Sérgio, as más línguas dizem por aí que nomeou-o à comissão... Não acredito. Essa é gente muito honesta. Olhem o Cavaco. Do Banco de Portugal... E foi o que foi. Ai, mas que honesto! Como a PIDE, de que fez parte e por isso foi para presidente da República e por aí adiante... Ele há coisas. Sorte de mastins. Ou povinho estupidificado por tanta manipulação? Pois.
A "conversa" deste Curto traz à cabeça o tal Novo Banco dos roubos e outras falcatruas dos Espíritos Santos. O Sérgio Monteiro saca aos milhares de ordenados e mordomias para vender o pseudo Novo Banco. Foi o tal jeitoso do Banco de Portugal que nomeou o Sérgio, as más línguas dizem por aí que nomeou-o à comissão... Não acredito. Essa é gente muito honesta. Olhem o Cavaco. Do Banco de Portugal... E foi o que foi. Ai, mas que honesto! Como a PIDE, de que fez parte e por isso foi para presidente da República e por aí adiante... Ele há coisas. Sorte de mastins. Ou povinho estupidificado por tanta manipulação? Pois.
Bom
fim-de-semana, se conseguirem tal proeza. (MM / PG)
Bom
dia, este é o seu Expresso Curto
João
Vieira Pereira – Expresso
E
o Novo Banco vai para...
Há
histórias que começam pequenas. Quando em setembro de 2013 o Expresso publicou esta notícia estava longe de imaginar o que iria
acontecer ao Banco Espírito Santo. O castelo considerado um dos
maiores bastiões do poder financeiro e económico português ruiu, carta
após carta.
Hoje só restam dívidas e processos judiciais. E nas cinzas há um banco que do original manteve a sede, a cor e pouco mais. Até às 17 horas têm de ser entregues as propostas vinculativas dos vários interessados em comprar o Novo Banco. É a segunda vez que tentam vender aquele que foi um dos ícones do mercado bancário nacional. O mais provável é que a escolha tenha de ser entre capital espanhol, americano ou chinês.
Vamos ter de esperar mais algumas horas para saber quem está de facto interessado em comprar a cadeira de Ricardo Salgado, mas este será um dos temas que vai marcar a agenda noticiosa dos próximos dias.
Já que comecei em tom de agenda não esqueça que a Web Summit está quase aí. Amanhã, sábado, em jeito de preparação, arranca a Surf Summit, um evento que irá reunir 200 executivos mundiais da área de tecnologia que terão a oportunidade de surfar as ondas da primeira Reserva Mundial de Surf. O Expresso estará em ambos os eventos e irá trazer-lhe todas as novidades.
E já agora não esqueça também que faltam apenas quatro diaspara uma das mais mediáticas eleições para a presidência dos Estados Unidos da América. E Trump está a ganhar fôlego suplementar no sprint final. Numa eleição onde as sondagens mostram que 8 em cada 10 pessoas dizem que a campanha lhes causou repulsa, a vantagem de Hillary Clinton caiu para apenas 3 pontos.
De forma surpreendente, Donald Trump está a ganhar terreno nos chamados 'swing states', aqueles que oscilam entre republicanos e democratas, como é o caso de Ohio, onde agora aparece à frente, e da Florida, onde deverá estar empatado.
Esta subida do candidato republicano está a alarmar os mercados, a fazer cair a cotação do peso mexicano e a fazer subir o valor do ouro.
Não é só do outro lado do Atlântico que reina algum desnorte. Ontem foi a vez do Reino Unido ser apanhado numa intricada teia jurídica e política em torno do Brexit. O High Court britânico decidiu que Theresa May não pode acionar o Artigo 50, que levaria ao início do processo de saída do Reino Unido da União Europeia, sem uma votação no Parlamento. A primeira ministra já avisou que vai recorrer da decisão para o Supreme Court, mas já se esperam meses de debate parlamentar sobre este tema.
O Telegraph diz que há uma conspiração para travar o Brexit, que gira à volta de três juízes que querem frustrar a vontade de mais de 17 milhões de pessoas. E não pode deixar de conhecer Gina Miller, a empresária que está na origem desta decisão. “Eu defendi aquilo em que acredito e tornei-me muito impopular. Mas isto não é uma questão de popularidade, mas sim de fazer o que está correto”.
Hoje só restam dívidas e processos judiciais. E nas cinzas há um banco que do original manteve a sede, a cor e pouco mais. Até às 17 horas têm de ser entregues as propostas vinculativas dos vários interessados em comprar o Novo Banco. É a segunda vez que tentam vender aquele que foi um dos ícones do mercado bancário nacional. O mais provável é que a escolha tenha de ser entre capital espanhol, americano ou chinês.
Vamos ter de esperar mais algumas horas para saber quem está de facto interessado em comprar a cadeira de Ricardo Salgado, mas este será um dos temas que vai marcar a agenda noticiosa dos próximos dias.
Já que comecei em tom de agenda não esqueça que a Web Summit está quase aí. Amanhã, sábado, em jeito de preparação, arranca a Surf Summit, um evento que irá reunir 200 executivos mundiais da área de tecnologia que terão a oportunidade de surfar as ondas da primeira Reserva Mundial de Surf. O Expresso estará em ambos os eventos e irá trazer-lhe todas as novidades.
E já agora não esqueça também que faltam apenas quatro diaspara uma das mais mediáticas eleições para a presidência dos Estados Unidos da América. E Trump está a ganhar fôlego suplementar no sprint final. Numa eleição onde as sondagens mostram que 8 em cada 10 pessoas dizem que a campanha lhes causou repulsa, a vantagem de Hillary Clinton caiu para apenas 3 pontos.
De forma surpreendente, Donald Trump está a ganhar terreno nos chamados 'swing states', aqueles que oscilam entre republicanos e democratas, como é o caso de Ohio, onde agora aparece à frente, e da Florida, onde deverá estar empatado.
Esta subida do candidato republicano está a alarmar os mercados, a fazer cair a cotação do peso mexicano e a fazer subir o valor do ouro.
Não é só do outro lado do Atlântico que reina algum desnorte. Ontem foi a vez do Reino Unido ser apanhado numa intricada teia jurídica e política em torno do Brexit. O High Court britânico decidiu que Theresa May não pode acionar o Artigo 50, que levaria ao início do processo de saída do Reino Unido da União Europeia, sem uma votação no Parlamento. A primeira ministra já avisou que vai recorrer da decisão para o Supreme Court, mas já se esperam meses de debate parlamentar sobre este tema.
O Telegraph diz que há uma conspiração para travar o Brexit, que gira à volta de três juízes que querem frustrar a vontade de mais de 17 milhões de pessoas. E não pode deixar de conhecer Gina Miller, a empresária que está na origem desta decisão. “Eu defendi aquilo em que acredito e tornei-me muito impopular. Mas isto não é uma questão de popularidade, mas sim de fazer o que está correto”.
OUTRAS
NOTÍCIAS
De Camões a Bush. Eis o percurso de citações de Mário
Centeno no debate sobre o Orçamento do Estado. Se na quarta-feira tinha
sacado de “aquela cativa que me tem cativo” para dizer que o PSD estava refém
de uma tabela, ontem, confrontado com a acusação do PSD: “pode dizer 100 vezes
que não há aumentos de impostos. Mas há!”, Centeno respondeu com um firme “não
há aumento de impostos!”, acrescentando: “teria possibilidade de ouvir 101
vezes da minha boca que não há aumento de impostos. E se lesse nos meus lábios,
seria dois em um". À melhor maneira de George Bush “Read my lips: no
new taxes”.
O debate sobre o OE para 2017 continua hoje, mas fica aqui um resumo, em poucas linhas, do que se passou ontem.
A reestruturação da dívida foi o elefante na sala. Caldeira Cabral disse “não contem comigo”. Centeno gritou que “afinal há sempre uma alternativa”. O Bloco quer ver um relatório e diz não pagamos. O PCP concorda e adianta que é preciso rutura com a Europa. O PS diz que recebeu a educação suborçamentada. Cristas disse que o OE é uma fatura e que Costa não dá a cara. João Almeida é épico no falhanço. E Montenegro perdeu-se na estagnação e agonia de mais austeridade. Confuso? Hoje há mais. Começa às 10 horas.
Ainda na senda fiscal o Diário de Noticias escreve que há um perdão fiscal que beneficia um ex-dirigente do Bloco. Tudo porque com os votos a favor do BE, PSD e CDS e abstenção do PCP foi possível aprovar a redução do IVA de 25% para 0% cobrado aos profissionais que praticam medicinas alternativas. Só que a lei é retroativa e portanto o Estado vai ter de devolver o IVA que antes foi cobrado e o DN escreve que um dos principais beneficiados é Pedro Choy, ex-bloquista e que detém 19 clínicas em todo o país. Fica a pergunta: se o IVA é suportado pelo cliente, porque é o profissional que vende o serviço a receber o imposto de volta?
Eu estou aqui mas ninguém me liga. A distinção vai para Costa Andrade, presidente do Tribunal Constitucional, que a respeito de os administradores da Caixa terem ou não de entregar as declarações de património disse: “O Tribunal tem que ser estimulado e até agora ninguém o estimulou". Ainda sobre o assunto, o Negócios escreve hoje que os gestores da CGD dizem que mostram o património, mas só no fim do mandato.
Américo Amorim vendeu 10% da Corticeira, numa oferta particular que lhe permitiu arrecadar €105 milhões. Desconhece-se quem comprou esta participação.
Está ao rubro a polémica entre o ministro da Educação (que sabia, não sabia, interferiu, não interferiu na nomeação do chefe de gabinete que acabou por se demitir por prestar declarações falsas) e o ex-secretário de estado João Wengorovius Meneses. O Público conta-lhe o folhetim patético.
A rede de militares da Força Aérea que alegadamente tinha montado um esquema de fraude nas messes pode ter desviado mais de €10 milhões. O Expresso conta-lhe os pormenores de uma operação sofisticada que durava há anos.
Paris é o novo Calais. Já há pelo menos 3 mil migrantes a viver nas ruas de Paris depois do desmantelamento da selva. Por isso começou hoje nova evacuação do acampamento de refugiados de Stalinegrad, em Paris. O primeiro de 82 autocarros fretados para o transporte dos refugiados chegou ao local do acampamento às 6:10 e partiu às 6:20, conduzindo-os para centros de acolhimento na île-de-France. Esta operação continuará a decorrer durante a manhã, percorrendo os restantes acampamentos onde se acomodaram os milhares de refugiados que tiveram de abandonar Calais.
O Bataclan reabre no dia 12 de novembro, na véspera da trágica data e quando se cumpre um ano sobre os atentados de Paris, com um concerto de Sting. Na ocasião será colocada uma placa na presença dos Eagles of Death Metal, a banda que atuava na noite do massacre.
A ofensiva sobre Mossul, o bastião do autoproclamado estado islâmico, por parte do exército iraquiano está a deixar novo rasto de desolação. A Unicef alerta que mais de 21 mil pessoas foram obrigadas a deixar as suas casas, 9.700 são crianças.
A operação militar parece ter como desfecho a derrota dos extremistas sunitas, mas retomar Mossul pode significar pouco para garantir a paz na região. Não só porque vai ser difícil impedir nova rebelião num país dominado pela maioria xiita, como não há nada que garanta um entendimento entre as várias fações que se uniram apenas para lutar contra o Isis.
Uma última referência, já tardia, para a vitória histórica dos Chicago Cubs, que, 108 anos depois, conseguiram voltar a ganhar a World Series. Tive a oportunidade os ver jogar no mítico campo de Wrigley Field. Acredite, é um espetáculo a não perder.
O QUE DIZEM OS NÚMEROS
6%. É a descida do valor das ações do facebook depois de anunciar que não pode gerar mais receitas de publicidade devido ao elevado número de anúncios que proliferam na sua plataforma.
€615 milhões. O lucro da EDP, nos primeiros nove meses do ano, caiu 16% em relação ao ano passado. A empresa só lucra agora cerca de €2,2 milhões por dia.
250 mil. É o número de bebés que nasceram no último ano no Reino Unido com recurso a tratamentos de fertilidade.
21. É o total de hotéis portugueses que integram a conceituada lista Condé Nast Johansens de hotéis de luxo.
O QUE EU ANDO A LER
Não sei se sou eu que estou a caminhar para a esquerda. Prefiro pensar que é Francisco Louçã que está a vir ter comigo à direita. A verdade é que dou por mim a defender algumas das coisas que ele defende. Com outro enquadramento, com outros objetivos, mas a mesma coisa. Também eu defendo défice zero, defendo que os bancos nos devem muito dinheiro, a nós contribuintes, e acho que é um escândalo termos vendido algumas das principais empresas estratégicas nacionais ao Partido Comunista Chinês.
Vem tudo isto a propósito do livro Negócios da China. A minha escolha. Pelo tema e pelas autoras. Não só considero a Anabela Campos e a Isabel Vicente duas das melhores jornalistas que conheço, com as quais tenho o privilégio de trabalhar há mais de 10 anos, como o tema não podia ser mais premente.
O livro revê vários negócios que acabaram por entregar a propriedade ou o controlo de algumas das maiores empresas portuguesas a capital estrangeiro. Casos como a Cimpor ou a PT e que vale a pena ler.
A economia portuguesa precisa de capitais estrangeiros, mas também precisa de empresas fortes que tenham a capacidade de investir, criar emprego e fazer crescer a economia. Nos últimos anos não fomos invadidos por investimento estrangeiro produtivo, mas sim por tomada de posições acionistas que são meras participações financeiras que trouxeram pouco mais do que repatriação de lucros. Ou pior. Pela venda de empresas que detêm monopólios naturais que nunca deviam ter saído das mãos do Estado, quanto mais irem parar às mãos de empresas públicas de outros países. Há alguma razão para que a REN, que gere a rede elétrica nacional, e a EDP, que é a maior produtora nacional, serem dominadas pelo Estado chinês?
Esta é uma das questões mais pertinentes levantadas por esta obra. A não perder. O livro vai ser apresentado no dia 21 de novembro na livraria Buchholz, em Lisboa.
Este Expresso Curto termina por aqui. Tenha uma ótima sexta-feira e um excelente fim de semana.
O debate sobre o OE para 2017 continua hoje, mas fica aqui um resumo, em poucas linhas, do que se passou ontem.
A reestruturação da dívida foi o elefante na sala. Caldeira Cabral disse “não contem comigo”. Centeno gritou que “afinal há sempre uma alternativa”. O Bloco quer ver um relatório e diz não pagamos. O PCP concorda e adianta que é preciso rutura com a Europa. O PS diz que recebeu a educação suborçamentada. Cristas disse que o OE é uma fatura e que Costa não dá a cara. João Almeida é épico no falhanço. E Montenegro perdeu-se na estagnação e agonia de mais austeridade. Confuso? Hoje há mais. Começa às 10 horas.
Ainda na senda fiscal o Diário de Noticias escreve que há um perdão fiscal que beneficia um ex-dirigente do Bloco. Tudo porque com os votos a favor do BE, PSD e CDS e abstenção do PCP foi possível aprovar a redução do IVA de 25% para 0% cobrado aos profissionais que praticam medicinas alternativas. Só que a lei é retroativa e portanto o Estado vai ter de devolver o IVA que antes foi cobrado e o DN escreve que um dos principais beneficiados é Pedro Choy, ex-bloquista e que detém 19 clínicas em todo o país. Fica a pergunta: se o IVA é suportado pelo cliente, porque é o profissional que vende o serviço a receber o imposto de volta?
Eu estou aqui mas ninguém me liga. A distinção vai para Costa Andrade, presidente do Tribunal Constitucional, que a respeito de os administradores da Caixa terem ou não de entregar as declarações de património disse: “O Tribunal tem que ser estimulado e até agora ninguém o estimulou". Ainda sobre o assunto, o Negócios escreve hoje que os gestores da CGD dizem que mostram o património, mas só no fim do mandato.
Américo Amorim vendeu 10% da Corticeira, numa oferta particular que lhe permitiu arrecadar €105 milhões. Desconhece-se quem comprou esta participação.
Está ao rubro a polémica entre o ministro da Educação (que sabia, não sabia, interferiu, não interferiu na nomeação do chefe de gabinete que acabou por se demitir por prestar declarações falsas) e o ex-secretário de estado João Wengorovius Meneses. O Público conta-lhe o folhetim patético.
A rede de militares da Força Aérea que alegadamente tinha montado um esquema de fraude nas messes pode ter desviado mais de €10 milhões. O Expresso conta-lhe os pormenores de uma operação sofisticada que durava há anos.
Paris é o novo Calais. Já há pelo menos 3 mil migrantes a viver nas ruas de Paris depois do desmantelamento da selva. Por isso começou hoje nova evacuação do acampamento de refugiados de Stalinegrad, em Paris. O primeiro de 82 autocarros fretados para o transporte dos refugiados chegou ao local do acampamento às 6:10 e partiu às 6:20, conduzindo-os para centros de acolhimento na île-de-France. Esta operação continuará a decorrer durante a manhã, percorrendo os restantes acampamentos onde se acomodaram os milhares de refugiados que tiveram de abandonar Calais.
O Bataclan reabre no dia 12 de novembro, na véspera da trágica data e quando se cumpre um ano sobre os atentados de Paris, com um concerto de Sting. Na ocasião será colocada uma placa na presença dos Eagles of Death Metal, a banda que atuava na noite do massacre.
A ofensiva sobre Mossul, o bastião do autoproclamado estado islâmico, por parte do exército iraquiano está a deixar novo rasto de desolação. A Unicef alerta que mais de 21 mil pessoas foram obrigadas a deixar as suas casas, 9.700 são crianças.
A operação militar parece ter como desfecho a derrota dos extremistas sunitas, mas retomar Mossul pode significar pouco para garantir a paz na região. Não só porque vai ser difícil impedir nova rebelião num país dominado pela maioria xiita, como não há nada que garanta um entendimento entre as várias fações que se uniram apenas para lutar contra o Isis.
Uma última referência, já tardia, para a vitória histórica dos Chicago Cubs, que, 108 anos depois, conseguiram voltar a ganhar a World Series. Tive a oportunidade os ver jogar no mítico campo de Wrigley Field. Acredite, é um espetáculo a não perder.
O QUE DIZEM OS NÚMEROS
6%. É a descida do valor das ações do facebook depois de anunciar que não pode gerar mais receitas de publicidade devido ao elevado número de anúncios que proliferam na sua plataforma.
€615 milhões. O lucro da EDP, nos primeiros nove meses do ano, caiu 16% em relação ao ano passado. A empresa só lucra agora cerca de €2,2 milhões por dia.
250 mil. É o número de bebés que nasceram no último ano no Reino Unido com recurso a tratamentos de fertilidade.
21. É o total de hotéis portugueses que integram a conceituada lista Condé Nast Johansens de hotéis de luxo.
O QUE EU ANDO A LER
Não sei se sou eu que estou a caminhar para a esquerda. Prefiro pensar que é Francisco Louçã que está a vir ter comigo à direita. A verdade é que dou por mim a defender algumas das coisas que ele defende. Com outro enquadramento, com outros objetivos, mas a mesma coisa. Também eu defendo défice zero, defendo que os bancos nos devem muito dinheiro, a nós contribuintes, e acho que é um escândalo termos vendido algumas das principais empresas estratégicas nacionais ao Partido Comunista Chinês.
Vem tudo isto a propósito do livro Negócios da China. A minha escolha. Pelo tema e pelas autoras. Não só considero a Anabela Campos e a Isabel Vicente duas das melhores jornalistas que conheço, com as quais tenho o privilégio de trabalhar há mais de 10 anos, como o tema não podia ser mais premente.
O livro revê vários negócios que acabaram por entregar a propriedade ou o controlo de algumas das maiores empresas portuguesas a capital estrangeiro. Casos como a Cimpor ou a PT e que vale a pena ler.
A economia portuguesa precisa de capitais estrangeiros, mas também precisa de empresas fortes que tenham a capacidade de investir, criar emprego e fazer crescer a economia. Nos últimos anos não fomos invadidos por investimento estrangeiro produtivo, mas sim por tomada de posições acionistas que são meras participações financeiras que trouxeram pouco mais do que repatriação de lucros. Ou pior. Pela venda de empresas que detêm monopólios naturais que nunca deviam ter saído das mãos do Estado, quanto mais irem parar às mãos de empresas públicas de outros países. Há alguma razão para que a REN, que gere a rede elétrica nacional, e a EDP, que é a maior produtora nacional, serem dominadas pelo Estado chinês?
Esta é uma das questões mais pertinentes levantadas por esta obra. A não perder. O livro vai ser apresentado no dia 21 de novembro na livraria Buchholz, em Lisboa.
Este Expresso Curto termina por aqui. Tenha uma ótima sexta-feira e um excelente fim de semana.
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