O
partido ecologista Os Verdes (PEV) realiza entre segunda e terça-feira jornadas
parlamentares nos distritos de Castelo Branco e Portalegre dedicadas, entre
outros temas, aos riscos decorrentes da central nuclear de Almaraz.
"Ouvir
e debater os riscos que a central nuclear de Almaraz representa para Portugal,
nomeadamente para as populações e para os territórios localizados na raia e na
zona ribeirinha do Tejo, e a forma como estamos preparados para enfrentar esta
ameaça", é o principal objetivo do PEV para estas jornadas.
O
tema da central de Almaraz será discutido na terça-feira, em Portalegre, numa
audição pública.
O
PEV é representado no parlamento por Heloísa Apolónia e José Luís Ferreira e
concorreu nas últimas legislativas, como é habitual, coligado com o Partido
Comunista Português (PCP).
Hoje,
os parlamentares do PEV terão reuniões com a administração da Unidade Local de
Saúde de Castelo Branco, com os bombeiros voluntários e efetuarão uma visita às
instalações do Comando Distrital de Operações de Socorro.
Uma
viagem de barco entre Vila Velha de Ródão e barragem do Fratel, e uma conversa
com pescadores do Tejo encerram o primeiro dia das jornadas.
Na
terça, reúnem-se com a direção do agrupamento de Escolas de Nisa, visitam o
centro de formação da GNR de Portalegre e, às 14:00, realiza-se a audição
pública sobre a Central Nuclear de Almaraz.
Na
semana passada, Portugal enviou uma nova carta a Espanha a insistir que o país
deve ser ouvido se o executivo espanhol decidir prolongar a vida da central
nuclear de Almaraz.
O
processo para a construção do Armazém Temporário Individualizado da Central
Nuclear Almaraz teve início em 18 de novembro de 2015, quando foi solicitada a
autorização para a construção do armazém de resíduos nucleares, com o objetivo
de resolver as necessidades de armazenamento do combustível gasto nos reatores.
A
funcionar desde o início da década de 1980, a central está situada junto ao
Tejo e faz fronteira com os distritos portugueses de Castelo Branco e
Portalegre, sendo Vila Velha de Ródão a primeira povoação portuguesa banhada
pelo Tejo depois de o rio entrar em Portugal.
A
decisão de Espanha deu origem a protestos, tanto da parte das associações
ambientalistas, portuguesas e espanholas, como dos partidos políticos na
Assembleia da República.
Lusa,
em Notícias ao Minuto - ontem
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