segunda-feira, 13 de março de 2017

MPLA: OS GARGALOS DE JOÃO LOURENÇO (Parte I)


Raul Diniz, opinião

A componente de maior risco na campanha estridente do MPLA, é o próprio candidato João Lourenço, escolhido a dedo pelo chefe do regime e, autor confesso do estado de calamidade institucional e de miséria moral que o país vivência.

De facto João Lourenço é o mais profundo gargalo mediático, que pôde colocar em risco a vitalidade do MPLA no poder há 41 anos ininterruptos. A mania das grandezas e do chicoespertismo enviesado, são a marca registada do MPLA, agora usada orgulhosamente por João Lourenço, o candidato escolhido para ocupar o poleiro presidencial.

Não se pôde constranger infindavelmente mentindo-lhe sistematicamente, que estamos a construir uma nação, quando na verdade, sequer conseguimos construir uma república qualquer. Não existe nenhuma nação, temos o país muitíssimo mal administrado, e dividido em duas grandes franjas desiguais. Em 15 anos, o MPLA conseguiu atirar 90% dos angolanos para o estado de miséria calamitosa, onde vegetam milagrosamente com menos de USD 2 dólares por dia. Do outro lado da balança encontram-se os nutridíssimos muito ricos, nesse grupinho se incluem a ladra bilionária Isabel dos Ovos Santos, e seus apaniguados multimilionários meios irmãos, e demais familiares, e amigos diletos do ditador, estes juntos somam apenas 10% de convivas iluminados com direito a viver faustosamente a nossa custa.

Por outro lado, no país existem vários partidos, muitos deles novíssimos, fica incompreensível, e inaceitável ou até mesmo incabível, que numa república, o partido no poder há 41 anos.

Afronte descaradamente a estabilidade institucional, numa clara violação da lei.

Numa demonstração de forças, o candidato João Lourenço percorre várias capitais provinciais do país, incluindo Luanda, sem que as eleições tenham sido decretadas nem definitivamente aprazadas oficialmente. É vergonhosa a forma como o candidato do MPLA exaure ríspidos recados mal direcionados, e observado a rigor nos seus horripilantes pronunciamentos hostis.

Porém, os gargalos do MPLA e de João Lourenço não se ficam por aqui, eles são inúmeros, e permanecem como feridas profundas e incuráveis. Essa demonstrada arrogância da parte dos donos de Angola, podem causar arrelias graves aos demais atores, que eventualmente possa retirar legitimidade ao processo eleitoral em causa.  Não adianta JL tentar branquear a realidade com discursos aleivosos, dos quais nenhum angolano no seu perfeito juízo acredita. Aliás, nem mesmo JL acredito na sonoridade de seus injuriosos discursos que em nada são profícuos em matéria credível de produtividade.

Senão vejamos, João Lourenço afirmou que fará um cerco apertado contra a corrupção, mais tarde deu-nos a conhecer que combaterá sem tréguas os traficantes de drogas, por fim veio a promessa baluarte das promessas, onde afirmou baixar os preços das obras públicas, como também os preços excessivos dos materiais de construção. Felizmente a mentira em Angola já não prospera. Afinal o que se pôde esperar de um candidato subalternizado?

O candidato a presidência do partido-estado há 42 anos no poder, tem consciência que os presidentes nesses partidos são considerados pelos seus adjutores como semideuses de um limbo “olimpo” qualquer, seja da kimbandaria e/ou da feitiçaria afro-ancestral, tanto faz. A força de regimes ditatoriais por outro lado, firma-se na ação multiforme do absolutismo ortodoxo político-partidária-disfuncional.

Como poderia JL apertar o cerco a corrupção, quando o dono do país e seu patrão, é o corrupto mor, ladrão e branqueador de capitais ilícitos, sem esquecer que JES juntamente com suas filhas e filhos são os principais exportadores internacionais da corrupção para o ocidente.  

Como poderia JL estancar o tráfico de drogas, quando se sabe, que os principais barões da droga, são os generais e empresários nacionais, e estrangeiros, que de certo modo ajudam a desenvolver a parca economia do país. Já está mais que comprovado, que essas altas patentes, são prósperos lavadores de dinheiro. Como acreditar que João Lourenço, vai baratear os materiais de construção, quando a cimenteira maior de África, outrora pertencente do estado angolano, passou por artes magicas para as mãos da filha do PR, Isabel dos Ovos Santos?

Que razões estão na base do impedimento de JL vir a público falar verdade, sobretudo dissertar acerca do fim do monopólio da informação do estado angolano, há 41 anos controladas pelo MPLA-partido-estado?

Qual é afinal o posicionamento de João Lourenço acerca à permanência ou não da Isabel dos Ovos Santos na Sonangol? Essa visão é de todo fantasmagórica, assistirmos impávidos a raposa Isabel dos Santos, assenhorar-se do Galinheiro desprotegido, no caso a Sonangol.

Qual é o pensamento político de JL, acerca da permanência de Filomeno dos Santos Zenú, afrente do fundo Soberano angolano? Diga-se de passagem, que de “ANGOLANO” o fundo soberano apenas tem o nome.

Outra pergunta que não quer calar é acerca do canal 2 da televisão pública do estado, que se encontra ilegalmente nas mãos de outros dois dos filhos do presidente da ditadura, vai tudo ficar na mesma meu camarada João Lourenço, tudo fica como está agora?

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