Educação
2030. Já ouviu falar disso? Pois então fique sabendo que é um programa da OCDE que
reúne professores, alunos, investigadores e responsáveis políticos de mais de
30 países. Curioso é que não têm abertura aos pais dos alunos. A não ser que
tratem somente do ensino dos maiores e dos recém-adultos. Pois é, os pais ficam de
fora… E são esses que têm também tanto a dizer. Porquê a exclusão? Para não “incomodarem”?
Pois. Os senhores dos “canudos”, a coberto das suas sapiências, é que sabem. Os
pais são os tais broncos que produzem com os órgãos genitais a matéria com que depois os encanudados trabalham. Isto está “grosso”, mas merecem esta fórmula. Se
não gostam de ser assim tratados podem ter a certeza que os pais também não
gostam de ser assim excluídos em coisa tão importante, que é a instrução dos
filhos. É que educação dão eles em casa mas depois nas escolas é-lhes
proporcionada outra, pior, na generalidade. Pelo menos em Portugal nas escolas
públicas. A instrução é dada nas escolas, a educação vem do berço e da vivência.
Que há escolas que também educam, pois há. Mas quais?
É
evidente que tudo o que aqui atrás é referido destina-se a ser considerado vão
ou até estúpido para os que “estudaram superiormente” longe das dificuldades da
maioria da sociedade constituída por trabalhadores mal remunerados e a trabalhar para o fausto de muitos grandes
patrões parasitas e negreiros. Mas a realidade do quotidiano mostra que sem
pais participativos não há educação e que por isso eles devem de ter mais tempo destinado aos
filhos em vez de aos empresários para quem trabalham por uma tuta-e-meia
durante um ror de horas e de abusos patronais (há também professores vítimas disso). De exploração pura e dura. Pois é,
viver em sociedade implica que está tudo encadeado. As horas de trabalho, os
transportes, o tempo de percurso, as remunerações esclavagistas, os filhos, as escolas, a instrução,
a cultura, o lazer, a saúde mental e intelectual, etc..
É
salientado no título da peça que se segue, na TSF, que “os alunos chumbam
demais e passam horas em excesso nas aulas”. Está tudo ligado novamente. A
saturação pelo abuso de horas de aulas talvez se destine a “treinar” os alunos
para depois também estarem preparados para trabalhar, trabalhar, trabalhar… A
troco de vencimentos de miséria. Claro que isto pode ser ironia… No caso de
Portugal nem tanto.
O
tema tem pano para mangas mas o insucesso escolar talvez seja fruto de como
esta sociedade portuguesa é miserável nos rendimentos familiares e também na própria
cultura de alguns pais. Há milhentos portugueses que mal sabem ler e escrever,
são produto de uma iletracia impressionante. E assim se fazem novos broncos que
servem quase somente para escravos de patronato sem escrúpulos, muitas vezes
sem condições para serem empresários por falta de quase tudo, principalmente de
respeito e consideração pelos seus empregados e famílias.
O
melhor, por agora, é terminar. Não cabe aos professores resolverem estes
problemas da sociedade, mas cabe aos políticos. Cabe principalmente a ambos os
profissionais, resolver o que devem resolver em prol de o melhor para as famílias,
para as empresas, para as escolas, para os alunos, para os professores, para o
país e respetivas sociedades – presente e futura. Em tudo isso, têm, devem,
englobar os pais, em vez de somente os classificar como objetos de fornicação e reprodução das próximas vítimas daquilo a que chamam educação.
MM
/ PG
"Os
alunos portugueses chumbam demais e passam horas em excesso nas aulas"
O
Diretor da OCDE para a Educação e Competências, Andreas Schleicher, defende que
Portugal precisa de apostar na qualidade e não na quantidade do ensino.
Andreas
Schleicher está no país para o quinto encontro da OCDE sobre o programa
"Educação 2030" - que visa perceber as competências que o mundo vai
necessitar, em 2030, para poder adaptar o ensino nesse sentido.
O
evento decorre até 18 de maio e reúne professores, alunos, investigadores e
responsáveis políticos de mais de 30 países. Em destaque vai estar o projeto
português "A Voz dos Alunos", lançado em novembro, e que passa por
incluir a opinião dos estudantes na criação dos currículos escolares.
O
projeto foi recebido com entusiasmo pela OCDE, que pretende divulgá-lo nas
escolas dos outros Estados-membros.
Apesar
disso, o responsável pela área da Educação, na OCDE, considera que ainda há
muitos problemas por resolver no sistema educativo português.
Alunos
formatados, sobrecarregados de matéria e de tempo de aulas, e que chumbam
demasiado. É o retrato que Andreas Schleicher faz da Educação em Portugal.
Um
cenário piorado pela estadia da Troika em Portugal. O responsável da OCDE não
tem dúvidas de que os cortes da austeridade vão ter repercussões no futuro do
país.
Um
tema que pode ser discutido já hoje, pelas dezenas de alunos dos mais de 20
países da OCDE, que vão participar na sessão de debate da "Voz dos Alunos",
em Lisboa.
Rita
Pereira | TSF | Foto: Arquivo Global Imagens
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