Franceses
elegeram há poucos meses Macron para a presidência de França, alinharam à
direita. Deram a Marine Le Pen a maior votação que alguma vez teve, alinharam à
direita. Agora andam escandalizados por constatarem que votaram num neoliberal
sem escrúpulos (haverá algum que os possua?) que é serviçal da alta finança e
do patronato. De surpresa e de desilusão em desilusão os eleitores de Macron
concluem que votaram também num grande aldrabão, que faz exatamente o contrário
do que havia prometido.
Até em pequenos pormenores Macron demonstra ter mentido
para se ver eleito. Inqualificavelmente o pantomineiro gasta à grande e à
francesa milhares de euros em… maquilhagem. Os franceses limitam-se a pagar o “embelezamento”
da sua figura (talvez gay não assumido). Pagam e nem bufam. Cá se fazem, cá se
pagam. Votaram nele e elegeram-no presidente apesar de saberem as suas ligações à alta finança, não foi? (CT | PG)
Macron gastou mais de €26 mil em maquilhagem
Apesar
de não ser o primeiro Presidente francês a gastar muito com a imagem, a verba é
revelada numa altura em que Emmanuel Macron está em plena perda de
popularidade, acusado de não cumprir as promessas eleitorais
esde
que foi eleito, o Presidente francês, Emmanuel Macron, já gastou mais de 26 mil
euros em maquilhagem. Isso significa que foram mais de 8500 euros por cada um
dos três meses que passou no Palácio do Eliseu. Mas a sua maquilhadora,
identificada como Natacha M., entregou apenas duas faturas: uma de dez mil
euros e outra de dezaseis mil euros, segundo o jornal francês “Le Point”. Tanto
dinheiro a saír dos cofres do Estado podia até não incomodar os franceses, o
problema é ele não estar a cumprir as promessas feitas antes de ocupar o cargo,
afirma o jornal.
Segundo
o Palácio do Eliseu, as faturas correspondem não só ao trabalho de maquilhagem
efetuado, mas também a despesas por causa de conferências de imprensa e
deslocações ao estrangeiro, onde a maquilhadora teve que acompanhar o
Presidente. O porta-voz do Palácio garante que os valores vão “reduzir
drásticamente”, já que a verba resultou da necessidade de efetuar uma contração
de “última hora”.
Ainda
assim, os gastos do atual Presidente revelam-se inferiores aos do seu
antecessor, François Hollande, que ultrapassou os 30 mil euros em períodos de
quatro meses. Hollande tinha uma maquilhadora profissional a tempo inteiro, com
um salário líquido de seis mil euros por mês. Também gastava mensalmente 10 mil
euros em cabelereiro.
A
situação está a contribuir para deixar os franceses ainda mais desiludidos com
o Presidente Macron. Como candidato, prometeu promover reformas inovadoras e
garantiu que diminuiria o défice público e cortaria alguns impostos, medidas
que tardam em ser executadas. Anunciou apenas um corte de 870 milhões de euros
no orçamento militar e tentou criar para sua esposa o cargo oficial de
primeira-dama, proposta que deixou cair depois de os franceses terem somado 300
mil assinaturas numa petição contra a ideia, em menos de três semanas. (Apesar
disso e sem cargo oficial, Brigitte Macron continua a ocupar um gabinete no
Palácio do Eliseu).
Com
uma carreira brilhante no mercado financeiro, e uma passagem pouco feliz como
ministro da Economia, Macron não estará a começar da melhor forma como Presidente,
apesar da boa imagem garantida por Natacha M.
Expresso (notícia em julho 2017)
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