Milhares
de manifestantes desfilaram hoje (23.09.2017) nas ruas de Paris contra a
revisão do Código do Trabalho do Presidente francês, Emmanuel Macron, incitados
pelo chefe da esquerda radical Jean-Luc Mélenchon.
"Contra
o golpe no Estado social", "Queremos viver, não sobreviver" e
"Não há nada de bom com Macron" são algumas palavras de ordem nos
cartazes do desfile que decorre entre a Praça da Bastilha e a Praça da
República e que conta com o apoio de vários sindicatos e estruturas sindicais.
O
líder da França Insubmissa (esquerda radical) tem previsto falar aos
manifestantes na Praça da República pelas 17:00 locais (16:00 em Lisboa) e já
prometeu um “ciclone social” da parte da oposição à reforma defendida por
Macron.
A
reforma laboral de Macron prevê a definição de um limite máximo para as
indemnizações em caso de litígio, a redução dos prazos de recurso dos
assalariados ou ainda a possibilidade de negociar sem sindicato quando se tem
menos de 50 funcionários, quando as pequenas e médias empresas empregam quase
metade dos assalariados em França.
O
objetivo apontado pelo chefe de Estado francês é dar mais flexibilidade às
empresas e encorajá-las a contratar, numa altura em que o desemprego se mantém
em níveis muito elevados, atingindo 9,5% da população ativa, contra uma média
de 7,8% na Europa.
A
organização do protesto espera uma participação igual à da Marcha pela
Republica, realizada em 18 de março, na qual estiveram cerca de 130 mil
pessoas.
Os
protestos contra a revisão da lei do trabalho começaram no dia 12 deste mês com
várias manifestações por todo o país e que contaram com centenas de milhares de
franceses.
Lusa
| em Expresso | Foto: Yoan Valat
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