São
as conclusões de relatório encomendado pelo Ministério da Administração Interna
à Universidade de Coimbra sobre o incêndio de Pedrógão Grande.
Uma
linha de média tensão da EDP esteve na origem do grande incêndio de Pedrógão
Grande e um dos dois fogos que esteve na origem dessas chamas nem sequer
aparece nos registos oficiais. A conclusão é do relatório encomendado pelo
Ministério da Administração Interna à Universidade de Coimbra.
O
documento com quase 250 páginas (que está a ser lido pela TSF) é muito critico
quanto ao combate a este fogo que matou 64 pessoas. Um incêndio que segundo
estes especialistas começou numa linha elétrica.
A
equipa da Universidade de Coimbra garante que o incêndio mais grave daquele
dia, 17 de junho, nasceu de duas ignições que terão sido causadas por contactos
entre a vegetação e uma linha elétrica de média tensão. E logo aí começa o tom
critico do relatório ao sublinhar que essa origem das chamas revela, desde
logo, "uma deficiente gestão de combustíveis na faixa de proteção da
linha, por parte da entidade gestora"a EDP.
Os
especialistas são claros a dizer que as faixas de proteção da rede elétrica de
média tensão EDP não estão "devidamente cuidadas" pelo que a empresa
deve aumentar a fiscalização.
Outro
problema grave foi o combate inicial ao fogo que afinal nasceu de duas
ignições. Uma, já se sabia, em Escalos Fundeiros e outra em Regadas, sendo em
Regadas que está um dos maiores mistérios deste fogo.
O
relatório garante que este fogo foi "menosprezado", "tendo até à
junção com o incêndio de Escalos Fundeiros, apenas um meio pesado de combate
terrestre", ou seja, um camião dos bombeiros. Ainda mais estranho: o
relatório garante que não há qualquer registo oficial deste incêndio que
segundo os especialistas foi de grande relevância para a devastação causada em
Pedrógão Grande.
"Várias
entidades desconheciam mesmo que o incêndio de Regadas tivesse existido".
Nuno
Guedes | TSF
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