domingo, 3 de dezembro de 2017

Guiné-Bissau: Chefe das Forças Armadas pede que militares se afastem da política



Para o general Biaguê Na Ntan, os militares guineenses devem submeter-se à Constituição, evitando assuntos ligados à política, criminalidade e corrupção.

O chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) da Guiné-Bissau, general Biaguê Na Ntan, pediu neste sábado (02.12) aos militares para se submeterem à Constituição e para se afastarem dos assuntos políticos, de criminalidade e de corrupção.

"A ética e deontologia profissional, o cumprimento das normas constantes do regulamento da disciplina militar devem merecer a atenção de um militar, devendo cada um afastar-se dos assuntos políticos, da criminalidade e da corrupção, pautando sempre pelo que possa contribuir para o bem-estar do povo", afirmou o general.

O CEMGFA falava no centro de instrução de Cumuré, a cerca de 50 quilómetros de Bissau, durante a cerimónia de juramento de bandeira de 1.103 recrutas.

"O povo guineense, as Forças Armadas e a sociedade em geral esperam de vós altos padrões de conduta, responsabilidade e caráter singulares, preservando os valores éticos e cívicos para o cumprimento, com sucesso, das vossas obrigações", sublinhou.

Fazer face aos desafios 

No discurso, proferido na presença de milhares de pessoas que se deslocaram a Cumeré, o general Biaguê Na Ntan salientou também que a cerimónia representa um "passo gigantesco no que respeita ao apetrechamento das Forças de Defesa e Segurança com recursos humanos habilitados para fazer face aos desafios impostos às Forças Armadas".

Mas também, acrescentou, um "contributo para a reestruturação e reorganização das Forças Armadas no quadro da implementação de reformas que se querem nos setores da defesa e segurança".

A cerimónia de juramento de bandeira inclui também os novos elementos da Guarda Nacional. Para as Forças Armadas foram recrutados 642 elementos do sexo masculino e 178 do sexo feminino. Os novos soldados vão ser agora distribuídos pelos vários quartéis do país. O último recrutamento militar obrigatório na Guiné-Bissau foi feito em 1992.

Lusa | em Deutsche Welle

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