domingo, 1 de janeiro de 2017

FACEBOOK vs MARTINHO JÚNIOR: CHECK POINT BLOCK. BLOQUEIOS CONTINUAM


Demorou menos de uma semana a nova página que abri com meu nome próprio e com um pedido de identidade final por parte do Facebook, pedido esse que correspondi enviando cópia do meu Bilhete de Identidade.

Estava a colocar os comunicados da ASPAR, quer na minha página, quer na página do fantoche Luaty Beirão e isso foi insuportável para quem manda, até por causa da forma como os fui colocando; recordo a introdução:

POR CAUSA DO LUATY BEIRÃO O FACEBOOK BANIU A PÁGINA DA ASPAR, ACÇÃO SOCIAL PARA APOIO E REINSERÇÃO!...

... e apagou isto:


Por conseguinte não vou perder mais tempo no Facebook e regresso aos procedimentos anteriores, enviando o que produzir para o Página Global, na espectativa que ela também não seja fechada no Facebook, pois enquanto Blogspot a audiência não é a mesma.

Por conseguinte é possível angariar pelo menos uma parte dos meus amigos no Facebook em benefício da audiência no Página Global, onde poderão recolher as intervenções que eu fizer... livrando os participantes de quaisquer comentários meus.

Bloquearam-me quando estava a colocar na minha página o texto abaixo, tendo surgido em branco e com o último link que referencio:


Boas entradas para 2017 e a Luta Continua.

Aquele abraço

UM PASSO MAIS PARA O CAOS


O ano de 2016 representou, em todo o Médio Oriente, mais um passo em direcção ao caos que os estrategos de Washington e do poder absoluto dos Estados Unidos sobre a globalização – independentemente do ocupante da Casa Branca – dizem ser construtivo.

José GoulãoAbrilAbril, opinião

Nos anos 90 do século passado, sobre os escombros da União Soviética e quando a unipolaridade sob tutela norte-americana reinava, com poder absoluto, em quase todo o mundo, o Dr. Paul Wolwovitz cavalgou as nuvens do tempo e sentenciou: «O nosso principal objectivo é evitar o ressurgimento de qualquer rival que signifique uma ameaça semelhante à da anterior União Soviética, tanto na ex-URSS como em qualquer outro lugar. Esta é a base da nossa nova estratégia de defesa regional, e exige o nosso esforço para evitar que uma potência hostil domine uma região cujos recursos, sob um poder consolidado, sejam suficientes para gerar a energia global».

O Dr. Wolfowitz não foi apenas o secretário adjunto da Defesa de Bush filho na preparação da tragédia do Iraque, na verdade a mãe de todas as situações dramáticas que, país após país, território sobre território, enformam o Médio Oriente de hoje, sem dúvida a tal região «cujos recursos, sob um poder consolidado, sejam suficientes para gerar a energia global».

O Dr. Wolfowitz, um discípulo da autêntica seita do filósofo neoconservador Leo Strauss, que trabalhou sobre a «teoria do caos construtivo», é um ideólogo que está por trás de todas as últimas administrações norte-americanas, Bill Clinton e Obama incluídas, seja em pessoa, seja através das correias de transmissão da CIA. O Dr. Wolfowitz é, desde os anos 60, um incansável teorizador em torno da ideia de que não existe verdadeira política que não esteja geminada com os cérebros da inteligência, isto é, sem ser guiada pelos serviços de informações e espionagem.

Pois o ano de 2016 representou, em todo o Médio Oriente, mais um passo em direcção ao caos que os estrategos de Washington e do poder absoluto dos Estados Unidos sobre a globalização – independentemente do ocupante da Casa Branca – dizem ser construtivo. Com isso querem dizer: «esqueçam tudo o que existia antes e que tenha sido traçado pelos acordos Sykes-Picot: os Estados Unidos e Israel ditarão sobre a nova ordem regional que estão a delinear».

Isto é, para todos os efeitos, a França, o Reino Unido, a Alemanha, a União Europeia e todos aqueles que se julgam importantes mais não são do que piões de uma estratégia da qual receberão muito mais facturas e sofrimento do que migalhas: «o nosso principal objectivo é evitar o ressurgimento de qualquer rival (incluindo, claro, a União Europeia), sentenciou o Dr. Wolfovitz; a Arábia Saudita, as petroditaduras do Golfo e a Turquia funcionam como financiadores e instrumentos operativos da estratégia, executada através do cada vez mais multifacetado aparelho imperial da NATO; e o terrorismo islâmico é uma arma útil e disponível consoante as circunstâncias, com a vantagem acrescida de manter a Europa amarrada ao medo, à crise migratória, à crise financeira, de identidade e respectivas sequelas, reduzida a um parceiro dócil e dependente.

Restam a Rússia e os seus laços internacionais, sobretudo com a China, como eventual «rival a ressurgir». Daí o golpe na Ucrânia, o cerco do território russo por uma NATO tão «defensiva» que se transformou no mais poderoso sistema agressivo de sempre; por isso a operação de guerra, terrorismo e mentira montada na Síria; aí onde, pela primeira vez, a estratégia de «caos construtivo» esbarrou num obstáculo sério.

O que aconteceu então no Médio Oriente, em 2016, no caminho para o caos?

Na Palestina, ainda e sempre o problema central de direito internacional e direitos humanos da região, o mundo e as suas instituições, com realce para a ONU, continuam a dar cobertura à gradual ocupação de todo o território por Israel, através do processo ilegal de colonização. Constrói-se assim o Estado-âncora do novo mapa em elaboração, à medida que o regime sionista se enraíza na sua versão autoritária, racista e fundamentalista religiosa; enquanto a Autoridade Palestiniana se afunda através da marginalidade institucional – e por vezes colaboracionista – do poder de Mahmmud Abbas; e Gaza definha por causa do cerco israelo-egípcio e nas mãos do sistema autoritário e retrógrado do Hamas, uma sequela da Irmandade Muçulmana. Ao mesmo tempo, a ONU atinge o seu nível historicamente mais degradante ao colaborar, na prática por omissão, no processo ilegal de colonização e ao emprestar a sua tutela à grande mistificação internacional que é o «quarteto para a paz», encabeçado por essa figura repugnante chamada Tony Blair.

O Iraque já não existe. No território que definia o país acumulam-se poderes religiosos, tribais e de entidades terroristas, compondo um mosaico de protectorados sectários que evolui tendencialmente para a partilha prevista com a invasão norte-americana em 2003, então temporariamente abandonada e agora retomada em registo mais lento. Um poder xiita em Bagdad, uma entidade colaboracionista curda com sede em Arbil, e um Sunistão em construção através da operação da conquista de Mossul, com base em minorias turcomanas teleguiadas por uma Turquia islamo-fascista, são as três regiões planificadas para o território, embora o caos reinante esteja longe de garantir a ordenação desejada pelos «cartógrafos». Al-Qaida, Daesh e os seus múltiplos tentáculos, conduzidos por senhores da guerra obedecendo a influências várias, formam uma constelação que, a par dos serviços úteis que vai cumprindo, provoca incómodas entropias à sistematização pretendida em Washington e Telavive. Por exemplo, Estados Unidos e Israel pretendem uma transferência dos grupos terroristas mais poderosos, de modo a concentrarem a capacidade operacional na Síria, mas os últimos episódios militares, tanto em Alepo como em Palmyra, têm corrido muito mal à Al-Qaida e ao Daesh, apesar de este ter sido reforçado pelos efectivos recolocados a partir de Mossul.

No Afeganistão, tal como em 2001, a guerra e a ocupação da NATO continuam, agora à entrada de 2017. Neste território, onde os poderes fácticos garantem o mais proveitoso e global tráfico de ópio e heroína de que há memória, a NATO tem testado a integração de novos ramos operacionais, sejam eles exércitos privados com as chancelas de empresas de segurança transnacionais, ou grupos de mercenários criados para contornar os esforços militares governamentais e privatizar, a par da guerra, as baixas por ela provocadas.

Também na Líbia, onde o caos continua a reinar, sem afectar a indústria petrolífera e garantindo, por outro lado, o tráfico de seres humanos que procura alargar esse caos humanitário à Europa, se expõem os resultados da integração de novos tipos de ramos operacionais na NATO. Neste caso, trata-se de grupos terroristas salafitas, aparentados com o Daesh e a Al-Qaida, que disputam entre si a Tripolitânia e a Cirenaica, registando-se até o caso penoso de a ONU ter dado o seu apoio a facções que transitoriamente pretendem invocar legitimidade em Trípoli.

O Egipto, remilitarizado depois da «primavera» e da Irmandade Muçulmana, transformou-se num importante braço às ordens da Arábia Saudita e de Israel; parceiros estes que estabeleceram relações diplomáticas pudicamente clandestinas em 2016, e que colaboram intimamente na instauração do caos e do terror no Iémen, com o aval de Washington.

Os partidários e obreiros do caos no Médio Oriente juntaram-se em força contra a Síria, onde têm obtido êxitos – destruição e caos propriamente dito – mas depararam com uma barreira que não encontraram em mais nenhum lado na região: resistência aguerrida da legitimidade nacional e institucional.

A guerra dos Estados Unidos, Israel, União Europeia, Turquia e petroditaduras do Golfo contra a Síria tem sido acompanhada por uma tenebrosa campanha de mentiras e propaganda, que teve o seu auge em 2016 com as mistificações em torno da batalha de Alepo. A comunicação social mainstream finge chorar pelas vítimas da região leste de Alepo como nunca chorou pelos destroços humanos provocados em Damasco e arredores, em Raqqa, em Latáquia, em tantas comunidades junto à fronteira com a Turquia ou mesmo na pequena e mártir Maalula, a aldeia cristã onde se fala o aramaico do tempo de Jesus Cristo. O que a propaganda chora em Alepo, na verdade, é a derrota da Al-Qaida, apresentada como «oposição síria», responsável pela tragédia humanitária na segunda maior cidade do país, surdamente apoiada por todas as potências estrangeiras envolvidas na agressão. Alepo demonstrou que o objectivo principal da invasão estrangeira não é combater os grupos terroristas verdadeiramente operacionais – e que tutelam os ditos «moderados» –, mas sim mudar o regime em Damasco e dividir o território em entidades sectárias, a exemplo do Iraque. Liquidando-se assim o maior adversário militar de Israel.

Os acontecimentos na Síria trazem um esboço do pior pesadelo do Dr. Wolfowitz, o «ressurgimento de um rival», e logo a Rússia. Entrou um pauzinho na engrenagem do caos.

Apesar disso, grande parte do Médio Oriente herdado do acordo de Sykes-Picot passou à história; porém, a estratégia do «caos construtivo» esbarrou num braço-de-ferro que significa a ameaça de um conflito de grandes proporções. Esse braço-de-ferro e as tragédias multiplicadas pelas situações caóticas no Médio Oriente são as heranças deixadas por 2016, o ano em que a deriva do capitalismo globalizado abriu as portas da Casa Branca à incógnita Donald Trump.

Foto: Alepo antes da libertação (bairro de al-Shaar, Outubro de 2016)Créditos/ sputniknews

ONU. “A PAZ DEPENDE DE NÓS”



António Guterres fez a sua primeira mensagem de Ano Novo enquanto secretário-geral das Nações Unidas e deixou uma palavra para 2017: Paz.

A mensagem começa com uma inquietação: "Como ajudar os milhões de seres humanos vítimas de conflitos e que sofrem enormemente em guerras que parecem não ter fim?".

António Guterres diz que "neste primeiro dia como secretário-geral das Nações Unidas" é essa a pergunta que lhe "assalta a consciência".

"Populações civis em vários pontos do globo são destroçadas sob a mais letal violência. Mulheres, crianças e homens são mortos ou feridos, vendo-se forçados a abandonar os seus lares, tudo perdendo. Até mesmo hospitais e comboios humanitários são atingidos sem contemplação", sublinha Guterres.

Por isso, o novo secretário-geral das NU deixa "a todos" o repto: "Façamos da Paz a nossa prioridade".

E de que forma? Guterres deixa pistas: "Seja através da solidariedade e da compaixão nas nossas vidas quotidianas, seja através do diálogo e do respeito independentemente das divergências politicas. Seja por via de um cessar-fogo num campo de batalha ou mediante entendimentos conseguidos à mesa de negociações para obter soluções políticas".

"A Paz depende de nós", insiste António Guterres, para terminar com o apelo:"Façamos de 2017 um ano de Paz".

Bárbara Baldaia - TSF

O PRIMEIRO DIA DE GUTERRES


Afonso Camões* - Jornal de Notícias, opinião

Os desejos e as resoluções da passagem do ano fazem-me lembrar aquela conversa do casal. Diz ele: "Querida, as coisas não têm estado a correr muito bem, seria bom cortarmos algumas despesas. Por exemplo, podíamos dispensar a cozinheira e tu aprendias a cozinhar". Ao que ela responde: "Concordo, querido. Até poderíamos prescindir do chofer se tu aprendesses a fazer amor".

Entre casais, como entre nações, convém afinar os desejos e concertar o interesse. E, mesmo assim, há resoluções possíveis, outras improváveis, muitas não passam da promessa. São para levar a sério, porém, aquelas de que se falará hoje, Dia Mundial da Paz, em todos os noticiários do Mundo, por entre os ecos do foguetório. Trata-se de duas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, ambas a marcar a agenda no primeiro dia de 2017, que é também o primeiro de António Guterres como secretário-geral da ONU. No primeiro caso, a resolução em que se exige de Israel o fim "imediato" e "completo" da política de colonatos nos territórios palestinianos, num diferendo que se arrasta há mais de 50 anos. No segundo, a proposta da Rússia e da Turquia que visa apoiar o cessar-fogo e as negociações de paz na Síria, previstas para os próximos dias, procurando pôr termo ao conflito que dura há cinco anos e já fez mais de 500 mil mortos e 12 milhões de deslocados em fuga.

Uma e outra resoluções dirigem-se, é certo, a essas partes do Mundo em carne viva, que só parecem doer-nos nos noticiários. Mas valem para todos nós, porque os estilhaços dessas guerras nos atingem por dentro, por vezes em atos de terror, ou dão todos os dias à costa de uma Europa dividida e amedrontada. E são esses assuntos, mais os assomos de populismo e xenofobia associados às desigualdades, e também a fome e a subnutrição de milhões, ou ainda o combate às alterações climáticas os principais encargos de António Guterres, naquele que é, segundo o seu antecessor como secretário-geral das Nações Unidas, "o trabalho mais difícil do Mundo".


Espera-se dele que chame à conversa as partes desavindas, que abra vias de diálogo e procure concertar interesses num condomínio de 193 nações que todos desejamos mais humano e frequentável. Num tempo em que a única certeza é a incerteza dos dias que nos esperam, honra-nos que seja um português a quem o Mundo confia tamanha empreitada. A revista Notícias Magazine, que hoje dedicamos integralmente a Guterres, é também a nossa forma de partilharmos convosco a esperança e votos de bom ano.

*Diretor

AUMENTOS – SAIBA O QUE FICA MAIS CARO A PARTIR DE HOJE


Rendas das casas, eletricidade, transportes públicos e portagens ficam mais caros a partir de hoje e outras subidas de preços chegam ao longo do ano, como os refrigerantes e o tabaco.

Eis os aumentos que entram em vigor este ano:

Rendas - O valor das rendas deverá aumentar 0,54% em 2017, o que representa a maior subida desde 2014, tendo em conta dos números da inflação dos últimos 12 meses até agosto, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Nos últimos 12 meses até agosto, a variação do índice de preços excluindo a habitação foi de 0,54%, valor que serve de base ao coeficiente utilizado para a atualização anual das rendas, ao abrigo do Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU), e que representa mais 54 cêntimos por cada 100 euros de renda.

O aumento de 0,54% das rendas, aplicável tanto ao meio urbano como ao meio rural, segue-se à subida de 0,16% registada em 2016 e ao congelamento ocorrido em 2015 na sequência da variação negativa do índice de preços excluindo a habitação registado nesse ano.

Eletricidade - As tarifas de eletricidade no mercado regulado vão subir 1,2% para os consumidores domésticos a partir de hoje, o que representa um aumento de 57 cêntimos numa fatura média mensal de 47 euros.

As tarifas transitórias para os consumidores que ainda não migraram para o mercado liberalizado, que vigoram até ao final de 2020, têm a variação mais baixa desde 2006, ano em que o aumento foi igualmente de 1,2%.

Já a tarifa social da eletricidade continuará a representar um desconto de 33,8% face às tarifas transitórias de venda a clientes finais (antes do IVA e outras taxas), isto é, os preços de referência do mercado regulado, mas os consumidores que já estão no mercado livre beneficiam da mesma redução.

Portagens - Uma em cada cinco portagens nas autoestradas portuguesas terá um aumento de 5 ou 10 cêntimos a partir de hoje, existindo três vias portajadas com subidas mais acentuadas.

A autoestrada Lisboa-Porto vai ficar 35 cêntimos mais cara este ano para a classe 1, passando a viagem a custar 21,60 euros, e a A2 Lisboa-Algarve 25 cêntimos, com o percurso a chegar aos 20,45 euros com o novo tarifário.

O terceiro maior aumento - de 15 cêntimos - acontece na A22, conhecida como Via do Infante, no Algarve, que passa a custar 8,7 euros.

As portagens das pontes 25 de Abril e Vasco da Gama, em Lisboa, terão um aumento que varia entre os 5 (classe 1, em ambas as pontes) e os 15 cêntimos (classe 4, na Vasco da Gama).

Assim, os utentes com veículos de classe 1 vão passar a pagar 1,75 euros para atravessar a ponte 25 de Abril e 2,75 euros na ponte Vasco da Gama.

Transportes públicos - Os preços dos transportes públicos vão aumentar 1,5% este ano, o que em Lisboa significa uma subida entre 0,10 e 1,30 euros, por exemplo.

Por seu lado, os estudantes universitários até aos 23 anos vão, a partir do ano letivo 2017/2018, poder aceder a um desconto de 25% do valor do passe mensal.

Em 2015 e 2016 não houve aumentos dos transportes públicos e o aumento previsto para 2017 acompanha a previsão para a inflação.

As famílias vão poder deduzir à coleta do IRS um montante equivalente a 100% do IVA suportado na aquisição de passes mensais, que é de 6%.

Automóvel - Este ano, o Imposto Único de Circulação (IUC) aumenta em média 0,8%, mas as subidas poderão atingir um teto máximo entre 6,5% e 8,8% para os veículos mais poluentes.

Assim, se os automóveis tiverem emissões entre os 180 e os 250 gramas por quilómetro corresponde a um aumento de 38,08 euros, o que traduz uma subida de 6,5%, enquanto se a marca dos 250 gramas por quilómetro for ultrapassada a fatura terá um acréscimo de 65,24 euros, o equivalente a mais 8,8%.

Já o Imposto sobre Veículos subirá em redor dos 3,2%, segundo as contas da Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (ANECRA).

Tabaco - O preço do maço de tabaco vai aumentar 10 cêntimos para refletir a subida do Imposto sobre o Tabaco (IT).

À Lusa, André Marques, dirigente da Associação Nacional de Grossistas de Tabaco, confirmou recentemente este aumento, mas indicou que só deverá acontecer depois de concluído o primeiro trimestre do ano, uma vez que ainda há 'stock' para escoar.

A tributação que recai sobre o tabaco é feita por via de duas componentes de imposto (um sobre o elemento específico e outro sobre o valor do tabaco) e o Orçamento do Estado para 2017 definiu um aumento da tributação referente ao elemento específico em cerca de um cêntimo, disse à Lusa o fiscalista da Deloitte Afonso Arnaldo.

No entanto, explicou o fiscalista, o aumento será superior porque as tabaqueiras repercutem o imposto no maço de tabaco arredondando o preço aos cinco ou aos dez cêntimos, o que significa que, no final, o aumento do preço depende das margens que as tabaqueiras entendam aplicar.

Por outro lado, o Orçamento do Estado define que o imposto sobre os cigarros eletrónicos seja reduzido para metade, para 30 cêntimos por mililitro de líquido contendo nicotina.

Refrigerantes - A partir de fevereiro, as bebidas com açúcar vão aumentar até 30 cêntimos por cada garrafa de 1,5 litros, segundo estimativas da consultora Deloitte.

Em causa está o alargamento do Imposto sobre o Álcool e as Bebidas Alcoólicas (IABA), o imposto que até aqui tributava as bebidas consoante o álcool, mas que com o Orçamento do Estado vai começar a taxá-las consoante também o nível de açúcar.

A Lusa contactou as associações do setor para perceber como será acomodada esta nova tributação nos preços finais para o consumidor, que recusaram falar sobre o assunto por razões de concorrência.

Contactadas pela Lusa, a Coca-Cola e Pepsi não comentaram se vão aumentar preços dos refrigerantes no próximo ano, apesar do novo imposto aplicado às bebidas açucaradas.

Jornal de Notícias - Foto: Arquivo/Global Imagens

ANO NOVO VIDA NOVA?


Rafael Barbosa – Jornal de Notícias

É oficial, já estamos em 2017. O ano ainda é novo, as resoluções tomadas antes da meia-noite ainda são válidas, ainda podemos sonhar com uma vida nova. Sendo igualmente certo que hoje, como em todos os dias de cada ano, terá um novo JN para ler. Seja a edição impressa, para quem não dispensa o toque do papel, seja a versão digital, ideal para ler no pc, no tablet ou no smartphone.

E é neste jornal diariamente renovado que poderá ler tudo sobre a nova vida de António Guterres. A revista Notícias Magazine é inteiramente dedicada ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas, que hoje mesmo inicia funções. Um número especial de 82 páginas com reportagens nos bastidores da ONU e na cidade de Nova Iorque, uma entrevista ao antigo primeiro-ministro, e até alguns dos seus segredos e intimidades deste lisboeta com costela beirã. Pode ficar com uma ideia aqui, mas para ter acesso a todos os conteúdos, só comprando o seu JN.

Partilho consigo mais duas histórias que vai encontrar hoje no JN. Desde logo a notícia que faz a manchete da nossa primeira página, sobre um casal confrontado com uma situação que considera "inexplicável": a Segurança Social recomenda que dois dos seus quatro filhos sejam adotados contra a sua vontade. Uma menina de seis anos e um menino de cinco foram-lhes retirados há quatro, depois de uma suspeita de negligência, e vivem desde então numa instituição a 40 quilómetros de casa. Os pais, Gabriel e Vera, não compreendam porque os consideram inaptos para cuidar deles, e simultaneamente aptos para cuidar dos irmãos de 14 e um ano. Igualmente desesperante é a situação do casal que, no verão passado, e durante um incêndio, distribuiu água, paga do seu próprio bolso, por centenas de pessoas encurraladas na A1. Lucinda e Paulo passaram o Natal mais triste de que têm memória, sem dinheiro para dar ao menos um presente à filha: ela adoeceu, ele perdeu o emprego.



Talvez encontre notícias mais otimistas num trabalho preparado pelo Dinheiro Vivo, a nossa marca de economia, sobre as mudanças que 2017 trará para o seu bolso. É verdade que será confrontado com aumentos de preços, mas também com reduções de impostos (sobretaxa de IRS) e aumentos no salário mínimo e nas pensões. Feitas as contas, talvez fique a ganhar alguma coisa no Ano Novo, ainda que não o suficiente para uma vida nova.

Finalmente, e apesar de estarmos, já o disse, no início de um Ano Novo, talvez valha a pena espreitar as escolhas que a Redação do JN fez a propósito do ano velho. Ficará certamente com a sensação que os principais acontecimentos e figuras de 2016 voltarão a dar que falar em 2017, provando que, afinal, Ano Novo, vida velha.

Seja como for, novo ou velho, que seja bom. Ou pelo menos melhor. Bom ano!

Mais lidas da semana