quinta-feira, 16 de março de 2017

NAZIS NÃO, OBRIGADO. NEM MEXIA, NEM DÍVIDA, NEM PASSOS SUICIDA… POR FAVOR




Mário Motta, Lisboa

Na falta de Expresso Curto e umas quantas “bocas” que são do inferno aproveitemos o que há do dia de hoje para fazer aqui uma abertura para o que vai encontrar mais em baixo, em notícias nacionais e estrangeiras. Estrangeiro, de país da UE, que é a Holanda. Como sabemos por aqui e por aí foi ontem dia de eleições na Holanda. Havia o temor de ser eleito o candidato nazi-fascista Geert Wilders. Tal não se concretizou. Mesmo assim ficou comprovado que há muitos eleitores holandeses que tendem para aquela espécie de Hitler. Ficou comprovado nos resultados. O governo do primeiro-ministro Mark Rutte não se saiu bem nos resultados. Os Verdes avançaram. Partidos à disputa eram 31. Agora espera-se que uns quantos se aliem para formarem governo. Sem o nazi-fascista, a que chamam populista, atrás referido, Wilders, líder do Partido da Liberdade.

Não se considere que o perigo da extrema-direita nazi está afastado da Holanda ou da Europa. Costuma-se dizer e é certo: “Tantas vezes vai a cantarinha à fonte que algum dia perde a asa”. O mesmo é dizer que a extrema direita (nazi) avança na Europa e que os poderes esperam-na. Esclarecimento é o que os povos europeus e do mundo carecem, para que não sejam enganados por políticos sem escrúpulos. E desses, em cada dia que passa, são o que há mais. Não só na Europa mas em todo o mundo.

Bem, mas relativamente à Holanda respirámos fundo. Não muito. Importa ficarmos atentos. Assim como às eleições em França, onde a madame Le Pen, outra nazi-fascista, está a ser temida por poder obter resultados eleitorais avantajados. Eles prometem tudo para se instalarem nos poderes, depois não cumprem com o prometido e lá vão as liberdades, a democracia de facto, e tudo que gerações pós-guerra conquistaram na Europa.

Em Portugal temos um exemplo de aldrabão impar: Passos Coelho. Outro exemplo lastimável foi Cavaco Silva, um PIDE. Um elemento que decerto não teria rebuço algunm em servir Hitler se acaso fosse desses tempos. Mas, tanto quanto se sabe, foi um salazarista adulador. Para fascista o que lhe faltaria? Evidentemente que nos seus cargos não teve a possibilidade de se “esticar” e sim submeter-se à Constituição e regras democráticas. Mesmo assim com falhas, muitas falhas.

Agora por Portugal: sabem que existe um Mexia que continua a mexer nos bolsos dos portugueses por via da EDP? Pois leiam a seguir. Roam-se até aos cotovelos com aquilo que António Mexia recebeu. Uma enormidade. Uma imoralidade. Um nojo. Principalmente num país como o nosso, de pobres quase a cada esquina. Chineses, são os seus patrões. Chineses da escola de Mao Tsé Tung. O tanas e às urtigas o livro vermelho de Mao, desse estuporado de olhos rasgados que dominou centenas de milhões de chineses e assassinou muitos milhares. E no fim… há este Mexia e outros mexilhões de baixa índole humana. Não sei classificar de outro modo.

Portugal está empenhadíssimo e não há como pagar a divida. Diz Louçã. Outra notícia mais em baixo. “Quem não pode, arreia”. Diz-se popularmente. Pois é isso mesmo que vai ter de acontecer. Os usurários vão ter de “ter paciência” e serem eles a aguentar, porque a dívida é insustentável. E impagável. Solução rápida, precisa-se.

Mais um tiro de Passos Coelho, o líder PSD falido. Um tiro nele próprio. Escolheu para as eleições autárquicas a candidata a Lisboa: Teresa Leal Coelho. Leal, só se for a Passos. Não sabem quem é esta Teresa? Pergunte-se aos portugueses, principalmente aos lisboetas – que é o que agora interessa. Dirão alguns, os que a reconhecem: “Sim, sei quem é. É uma deputada do PSD que se sobressai nas “peixeiradas”. Pois é mesmo essa. Resultados eleitorais previstos são inferiores em votos aos de Assunção Cristas. Grande tiro deu Passos nele próprio. O sujeito está desesperado e enveredou pelo suicídio. Está visto. Tadinho.

E agora sigam. Passem ao que se segue no PG. Boa noite ou outra coisa que lhe soe a algo agradável como saudação. Têm a nossa estima. Bazem.

Portugal. ANTÓNIO MEXIA RECEBEU 1,38 MILHÕES EM REMUNERAÇÃO DA EDP EM 2016


O presidente executivo da EDP, António Mexia, recebeu 1,38 milhões de euros ilíquidos relativos à remuneração fixa e variável, em 2016, de acordo com o relatório e contas divulgado hoje ao mercado.

Segundo o documento, o montante global ilíquido, pago pela EDP, aos membros do Conselho de Administração Executivo em 2016 foi de 10,87 milhões de euros, sendo a remuneração variável anual relativa à avaliação de desempenho em 2015.

Já o administrador financeiro (CFO) da EDP, Nuno Alves, auferiu em 2016 um milhão de euros ilíquidos e o administrador Manso Neto, que preside à EDP Renováveis, cerca de 974 mil euros.

Os acionistas da EDP reúnem-se em assembleia-geral em 19 de abril, pelas 15:00, para aprovação das contas relativas a 2016 bem como da proposta de distribuição de dividendos.

A EDP fechou 2016 com lucros atribuíveis aos acionistas de 961 milhões de euros, um acréscimo de 5% face aos 913 milhões de euros em 2015.

PORTUGAL NÃO TEM “NENHUMA POSSIBILIDADE” DE SUSTENTAR A DÍVIDA


O economista Francisco Louçã disse hoje que Portugal "não tem nenhuma possibilidade de sustentar os juros da dívida", se a mesma não for reestruturada, estando a ser exigido o que nenhum outro país europeu alguma vez conseguiu.

"Portugal está hoje numa situação que não tem sentido, porque não tem nenhuma possibilidade de sustentar os juros da dívida. Estão a pedir a Portugal que responda à dívida que foi acumulada pelo aumento dos juros, com uma política que nenhum outro país conseguiu fazer", afirmou o antigo coordenador do Bloco de Esquerda

Louçã falava na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda sobre "Os riscos da economia portuguesa e os remédios possíveis", tendo considerado a dívida e o sistema financeiro os dois grandes riscos para a economia portuguesa.

Portugal. TERESA LEAL COELHO É APOSTA DE PASSOS PARA LISBOA


A decisão já terá sido comunicada à Distrital do PSD de Lisboa pelo líder do partido Pedro Passos Coelho, avança a SIC Notícias.

A confirmação, avançada pela SIC Notícias, surge horas depois de o presidente do partido, Pedro Passos Coelho, ter afirmado que o nome para Lisboa já estava definido e que se tratava de "uma boa escolha".

"Julgo que será uma boa escolha e que permitirá ao PSD ter uma afirmação em Lisboa de acordo com aquilo que é a nossa tradição, ter um projeto para a capital e poder mobilizar as pessoas, não apenas para uma campanha, mas para um mandato que nós gostaríamos que fosse muito diferente daquele que tem existido até aqui", indicou Passos, em declarações aos jornalistas durante uma visita à Bolsa de Turismo de Lisboa esta quinta-feira.

Eleições. SURPRESA VERDE NA HOLANDA


Ameaça fascista derrotada nas eleições. À esquerda, cresce um partido ambientalista que quer ampliar tributação dos mais ricos. Composição do novo governo é incerta

Nuno Ramos de Almeida – Outras Palavras

A montanha parece ter parido um rato: o Partido “da Liberdade” – de extrema direita – de Geert Wilders, que chegou a estar nas sondagens com 42% dos votos em 2016, ficou-se pelos 13,1%, elegendo 20 deputados em 150. Ficou muito longe do Partido Liberal e Democrático (VVD) do primeiro-ministro Mark Rutte, que declinou ligeiramente obteve 21,6% e perdeu 8 deputados e fica com 33 lugares no parlamento.

Apesar deste alívio para os apoiadoress da União Europeia, os principais derrotados nestas eleições são os partidos que formavam o governo: liberais de direita e sociais-democratas perdem 32 deputados. Os sociais democratas de Ascher perdem 24 lugares, ficando com apenas 9 deputados. Os grandes vencedores destas eleições são os ecologistas que passam de 4 deputados para 14. Entram no parlamento holandês mais dois novos partidos: o Denk, um partido de esquerda para os descendentes de imigrantes (3 cadeiras) e o FvD, populista de direita (2). Vão estar 13 partidos representados no parlamento, e para formar governo serão precisos quase meia dúzia de partidos.

ELEIÇÕES NA HOLANDA: O MAL JÁ ESTÁ FEITO



Geert Wilders, o líder do Partido da Liberdade, declaradamente xenófobo e anti-islâmico, não venceu as eleições na Holanda. Dir-se-ia que essa é razão suficiente para se respirar de alívio, no entanto, não creio que assim seja. 

Na verdade, o mal já está feito e não estou certa que Wilders fique particularmente aborrecido por ter saído derrotado das eleições até porque o seu discurso colhe particularmente bem fora de uma governação que tão mal está a correr, por exemplo, a Donald Trump. Wilders teria dificuldades acrescidas num contexto em que a negociação faz parte do jogo político, jogo esse que o líder do Partido da Liberdade não saberia jogar.

Com efeito, sem partidos para se coligar, desde logo Wilders teria poucas hipóteses de conseguir governar e mesmo se conseguisse vencer poderia sempre jogar a cartada da vitimização por mais ninguém estar interessado numa eventual coligação.

Seja como for, repito, o mal está feito: Wilders cresceu, ganhou ainda mais notoriedade, e veio trazer à luz do dia as divisões no seio de uma sociedade que, aparentemente, estaria no bom caminho da integração.

Quanto ao resto da Europa, designadamente as acéfalas lideranças europeias, não será prudente respirarem de alívio. O recrudescimento do populismo e até da extrema-direita não são indissociáveis de políticos apostados em fazer da Europa uma Europa a várias velocidades ao mesmo tempo que manifestam uma exasperante incapacidade de resolver os problemas sócio-económicos e de integração que assolam a Europa. Wilders, tal como Le Pen, e outros que por aí pululam, não são efémeros e alimentam-se do ódio, da exiguidade inerente à ideia de futuro, da intolerância e da incapacidade dos partidos tradicionais abordarem os problemas - ingredientes que, tal como no passado, contribuem para um receita desastrosa.

*Ana Alexandra Gonçalves, em Triunfo da Razão

Na foto: Mark Rutte pode escolher coligar-se com os democratas-cristãos e os liberais MICHAEL KOOREN/REUTERS, em Público

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