
Quatro
anos para acusar um português, é crime? Mas ainda não o acusou com base em
provas. Ainda mais crime quando esse português esteve preso preventivamente
durante um ano sem culpa formada? Suspeições carregadas de partidarismo e
politiquices valem para encarcerar um português e dar trato de polé ao segredo
de justiça abrindo as portas ao diz que diz e ao disse que disse, às
trapalhadas? E o juiz que tem posse plena do processo é um super? Super quê?
Este é o caso “Operação Marquês”. Sócrates como fito. Não só o juiz mas o setor
da Justiça estão como devem estar na fotografia que lhes tira a opinião pública:
esborratados. Quatro anos, senhores. E agora querem mais tempo. Os prazos
legais vencem-se e lá vem mais prorrogações dos mesmos. Foras da lei? E os
executores também são foras-da-lei? Triste espetáculo que todos nós,
contribuintes, estamos a pagar. Não só neste caso mas sim em milhentos. Dinheiro
deitado à rua que vai engordar as contas bancárias de fulanos do direito, os
tais que também estão em maioria como deputados na Assembleia da República. Um lobie.
Os tais que legislam em proveito próprio, sem escrúpulos. E tecem alçapões nas
leis. E… Estamos fartos! E eles totalmente descredibilizados. Mas o ouro e o
mel vai escorrendo para todos e é isso mesmo que eles querem. Nós vamos
pagando. Contrariados, mas pagamos. Tal como prostitutas que mantêm os seus
chulos por já não saberem o que fazer para erradicar de vez a negritude e
atavismo que lhes invade o quotidiano. Como para ganhar o céu, no estádio do além, os portugueses vão aquiescendo, acobardando-se, como as prostitutas perante os
seus chulos. Grupo que se alarga a tantos misteres que já parecem incontáveis. Estamos
fartos de “marqueses” e dos que deixam "marqueses" à solta, dir-se-ia que
coniventes com o sistema, para fazerem cegadas de casos que aparentemente lhes
convém, porque sim. Como nos encornamentos, o encornado(a) é sempre o último a
saber. Agora sabemos. E o que fazemos? Pagamos e assistimos. Mais vantagem têm
os rebanhos de carneiros, que assistem, obedecem, mas não pagam – a não ser com
a lã e com a vida. O que já não é pouco. Também nós. Mé.
A
técnica de fazer de um país Terra de Cegos para ascenderem a Reis é o que
temos, é o que vivenciamos, graças a uma parte especifica de medíocres que se
fizeram elite. Ora porra!
Bom
dia, se possível. Esta é a abertura a propósito do quotidiano. Tenha um
fim-de-semana de descanso e devidamente alimentado, o que é difícil.
No
Expreso Curto, a seguir, tirado por Miguel Cadete, com espuma anã, as abordagens vão sucedendo-se.
E começa com a tal “Operação Marquês”. O costume. E os prazos, senhores. E as
cegadas? E a promoção do tal dito super-juiz que afinal é uma banalidade? Pois.
Sigam
para bingo, digo: para o conteúdo que vale sempre a pena ler e meditar. É o jornalismo
que temos. Como os coelhos: “é tão bom, não foi?” (MM / PG)