domingo, 26 de março de 2017

NADA TENHO CONTRA ELE. ELE TEM TUDO CONTRA MIM


O político de pacotilha é fértil em imaginação, principalmente se bajuladora a favor de um bajulado, obtusamente maldoso, ao ponto de considerar ser alguém capaz, de no seu juízo perfeito, de atentar contra a própria vida. “Estes dois acidentes você forjou para prejudicar o camarada Presidente e o Governo do MPLA, junto do teu governo americano. Você como agente da CIA tens muita capacidade e treinamento para fazer isso”, disse um acólito bajulador do reino da Segurança de Estado de sua majestade.

William Tonet* - Folha 8

Na realidade não sabia ser detentor de uma capacidade fora do normal, para simular acidentes de viação, todos correndo o risco de perder a própria vida, quando não tenho duplos, como nos filmes… ou até mesmo na vida…

O do dia 07 de Março, na estrada nacional Luanda/Benguela, no marco Kikombo/Canjala, pela violência do abalroamento do atrelado, conduzido por um camionista chinês ao serviço e com guarda, na cabine, da Casa de Segurança da Presidência da República, não gostaria de o recordar, tão pouco textualizar, mas já que forçado, não vou acobardar-me como tem sido a prática das acções do Palácio Presidencial.

O camionista ao serviço do general Kopelipa invadiu a faixa contrária, em direcção ao nosso Jeep, roçando-o na lateral, levando-o a sair da estrada, num acto premeditado e doloso de tentativa de homicídio.

Angola. WILLIAM TONET, O HEROI VIVO NUMA ANGOLA DOS QUE A FAZEM PROSTITUTA


Fernando Vumby, opinião

Este texto serve também como um apelo meu á todos os angolanos de bem que são pelo fim da injustiça social, política e que lutam por um país (Angola).

Sem governantes criminosos e esquemáticos do pior que existe no continente africano alimentados e estimulados por uma presidência da republica nojenta e agoniante para que se solidarizem em torno das causas defendidas por W.T e outros tantos jovens nossos verdadeiros heróis nacionais vivos.

"WILLIAM TONET" O ALVO (NR. 71) DA CASA MILITAR?

William Tonet tal qual todos vocês angolanos com nomes e idades, que têm suportado ao longo dos mais de 40 anos os horrores de um regime repressivo, manipulador, corrupto e assassino são para mim os meus verdadeiros e grandes heróis nacionais.

Mas por aquilo que tem passado desde que forjou uma amizade revolucionária rara com todos os angolanos sofredores, sem vozes, sem luz e sem liberdade, W.T. acabou por se tornar para mim, num homem especial, entre outros tantos que não vale pena mencionar seus nomes pois eles sabem quem são, cuja suas contribuições em prol de Angola e dos angolanos ficará para sempre na historia de Angola assim como ate mesmo da humanidade.

Impressiona-me pela positiva a visão profundamente anti - injustiça social, corrupção e política defendida por W.T. que lhe fez ganhar grande simpatia, admiração e respeito de uma grande parcela da sociedade angolana e fez dele num dos políticos mais populares que enfrenta sempre de peito aberto um regime que raramente não reserva a morte certa a quem os enfrenta com essa coragem e valentia ímpar.

COMO A CGD CONTINUA A SER ARRUINADA


A central sindical amarela, conhecida como UGT, recebeu um financiamento de 1,5 milhão de euros da CGD, a ser pago em 25 anos mediante módicas prestações mensais de 7.500 euros . O referido financiamento destina-se a reembolsar dívidas antigas da UGT para com a UE, decorrente das trafulhices cometidas pela mesma com dinheiros do Fundo Social Europeu. 

Sabe-se que este banco público atravessa dificuldades devido aos empréstimos ruinosos que efectuou no passado, com incumprimento de credores. 

Assim, cabe perguntar:   Que garantias tem a CGD de bom pagamento por parte da UGT?   Terá a UGT dado garantias reais?   Como é possível que as tenha dado se até foi despejada da sua sede por falta de pagamento ao senhorio?   Por que a nova administração da CGD resolveu fazer este frete à UGT?   Não será lícito suspeitar que o governo PS a persuadiu a acudir à UGT?   Como é possível agravar ainda mais a saúde financeira do único banco público que ainda resta em Portugal?   Tais questões deveriam ser respondidas.

Resistir.info

SESSENTA ANOS DEPOIS – A RESERVA DE SOBERANIA E O FUTURO DE PORTUGAL


João Ferreira do Amaral [*]

A União Europeia não é um mero prosseguimento da CEE sob outro nome. A União é algo de novo e o seu estabelecimento, em 1992, com a ratificação do tratado de Maastricht, representou um corte em relação ao que tinha sido até aí a evolução da integração europeia ocidental pós-II Guerra Mundial.

1. O modelo federal-neoliberal europeu 

Comemora-se este mês o 60.º aniversário do Tratado de Roma. Ou, como muitos acrescentam, os 60 anos da União Europeia, anteriormente designada como Comunidade Económica Europeia (CEE).

Nada mais errado que este acrescento. De facto, a União Europeia não é um mero prosseguimento da CEE sob outro nome. A União é algo de novo, e o seu estabelecimento, em 1992, com a ratificação do tratado de Maastricht, representou um corte em relação ao que tinha sido até aí a evolução da integração europeia ocidental pós-II Guerra Mundial. Por isso, mais do que a comemoração dos 60 anos da CEE, o que deveríamos estar a assinalar (não a comemorar) são os 25 anos do Tratado de Maastricht.

Foi a partir deste tratado que a União entrou numa via federalista induzida pelo objectivo do alargamento do mercado tanto no que respeita ao mercado interno europeu como no que decorre do avanço da globalização económica e financeira que, surgida ainda nos anos oitenta se acelerou fortemente nos anos noventa do século passado.

É POSSÍVEL JUSTIÇA SALARIAL


Manuel Carvalho da Silva* – Jornal de Notícias, opinião

Está confirmado, em Portugal e na generalidade dos países da União Europeia (UE), que as respostas à "crise financeira" de 2007/2008, em particular as políticas de austeridade e o reforço da financeirização da economia, agravaram as desigualdades sobretudo dentro de cada país. O aprofundamento das desigualdades salariais fomentou esse agravamento e constatou-se - através de estudos feitos em Portugal, em Espanha e noutros países - que o enfraquecimento da negociação coletiva contribuiu muito para a desigualdade salarial.

A evidência de que os gestores de topo usufruem de chorudas retribuições e tiveram significativos aumentos durante o período em que a generalidade dos trabalhadores viu os seus salários serem reduzidos, tem levado ao surgimento de iniciativas políticas que denunciam este escândalo e procuram travar estas injustiças.

É neste contexto que surgem em preparação, na Assembleia da República (AR), propostas do PS e do BE com vista à discussão de uma limitação do leque salarial nas empresas e serviços. Trata-se de iniciativas positivas. Mas só atingirão êxito se propiciarem uma abordagem que vá muito para além do objetivo de estabelecer um limite razoável na relação entre os que auferem mais e os que têm salários mais baixos. São três as razões fundamentais para a debilidade de um debate centrado apenas nesse objetivo: primeira, existem hoje múltiplas formas de contornar a aplicação de uma norma desse tipo nas empresas e serviços (privados e públicos), através de subcontratações e da "externalização de serviços"; segunda, os leques salariais pornográficos hoje existentes alimentam-se de (e alimentam) conceções e práticas sobre a organização da economia e da sociedade, que subjugam a maioria dos cidadãos no trabalho e fora dele, naturalizando as desigualdades salariais e outras; terceiro, só com o crescimento médio e mediano dos salários se poderá atingir uma política salarial globalmente mais justa.

PORTUGAL DO PIOR: SEIS PESSOAS ASSASSINADAS. BANQUEIROS SEMPRE A ROUBAR



Mário Motta, Lisboa

A senda assassina reporta-se a sexta-feira (24) com quatro pessoas mortas à facada, havendo a acrescentar um aborto de grávida assassinada. Foi então que muitos perguntaram ao mais recôndito de seu âmago, às suas consciências, o que leva um ser humano a assassinar naquelas circunstâncias por motivos que em nada justificam a ação criminosa.

Tanto quanto parece o dia de sexta-feira acabou sem mais notícias de assassinatos em Portugal ou envolvendo portugueses. No dia anterior havia sido baleado um jovem numa discoteca de Lisboa, a Luanda, em Alcântara. O costume naquela discoteca ou nas suas imediações.

Ontem, sábado, logo pela manhã, ficámos a saber que um jovem assassinou a sua mãe a tiro. Portugueses no Luxemburgo. O que é preciso para se ser capaz de matar a própria mãe? O que move aqueles que assim agem? O que lhes vai na cabeça?

Mas no dia de sábado (25) a senda dos assassinatos não acabou com portugueses no Luxemburgo. Pela tarde chegava a notícia de um homem em Esmoriz, Barcelos, que matou à facada a sua própria companheira.

Nada justifica cabalmente estas mortes. São crimes puros e duros que devem ser punidos com o máximo das armas judiciais que a lei permite. Só a autodefesa justifica que se mate ser humano ou animal que nos ataque. Assim, nos moldes das ocorrências em relato, a loucura poderia ser um justificativo, mas isso, nos casos expostos, só pode ser assacado à ira ou à premeditação, aos instintos assassinos dos que foram protagonistas desses crimes. Quanto à ira sabemos que é um dos apêndices que possuímos mas que devemos saber controlar e dominar, o mais possível e nunca ao ponto de tirar a vida a quem quer que seja. Há a dizer que os crimes deste inicio de primavera foram hediondos, repugnantes. Tudo aconteceu por dá cá aquela palha. Por coisas de nada.

Ciclicamente acontece em Portugal e com portugueses estas ondas de assassinatos. O que leva a tal só os especialistas no comportamento humano estão habilitados a explicar. Porquê, em dois dias, esta onda de crimes? Terá que ver com o início da primavera? Existe quem acredite nisso. Ou no pico do verão, com o calor e o álcool a mais. Mas, então, nessas circunstâncias tem que ver com o álcool ou droga e pode acontecer em qualquer momento, em qualquer estação do ano.

Portugal e portugueses do pior, é o que foi.

Aos interessados, para melhor se documentarem e esclarecerem, fornecemos os títulos das notícias com as respetivas ligações. Basta clicar para acederem aos originais.

Punição adequada aos criminosos. Paz e solidariedade pelas vítimas e seus familiares. (PG)


Um homem é suspeito de ter esfaqueado hoje mortalmente a mulher em Esmoriz, concelho de Ovar, num contexto de violência doméstica, disse à agência Lusa fonte da Guarda Nacional Republicana (GNR).


Uma mulher de nacionalidade portuguesa terá sido, alegadamente, morta a tiro pelo próprio filho o Luxemburgo.


O suspeito já foi detido, indica a GNR. Uma das mulheres mortas estava grávida.

PARA ASSALTAR PESSOAS E BANCOS IMPUNEMENTE CONVÉM SER BANQUEIRO

O que dá o título a esta parte da prosa é já dito popular, tal é a respeitabilidade e a idoneidade que os portugueses reservam aos banqueiros, gestores e afins.

No dia de hoje, escarafunchando o Notícias ao Minuto ou qualquer outro jornal de Portugal, encontramos a chamada de atenção da defesa dos consumidores, a DECO, sobre a cobrança da banca “aos clientes de comissões indevidas”. 

Estes alertas são useiros e vezeiros, os banqueiros roubam mas a impunidade é o seu prémio. Se necessário argumentam isto e aquilo para justificarem os roubos que praticam e ainda se dizem ofendidos por lhes chamarem ladrões, que é o que são. Podem não ser todos, mas é certo que são demasiados. E porque nunca se apura e responsabiliza ao milímetro quem é quem, quem são os ladrões e os honestos, porque não são punidos os que devem ser exemplarmente punidos, porque o legislador via lobie armadilha as leis com os chamados “alçapões de fuga” nada lhes acontece apesar dos roubos a que nem sequer lhes chamam abusos sistemáticos que dessem para irradiar tais Al Capones das “artes” bancárias.

É assim. É a vida. Os políticos, os legisladores, as maiorias eleitas que não protegem os interesses dos cidadãos em imensos aspetos, promovem-se e progridem nas suas vidas a dar as mãos e a servirem os senhores mafiosos… mas banqueiros - com e sem o epíteto de DDTs, de donos disto tudo

A podridão anda a carcomer a democracia, a justiça, as liberdades fundamentais dos cidadãos, a decência. Cada dia que passa apercebemo-nos ainda mais dessa realidade.

Resta fazer aqui constar o título e um parágrafo da peça, assim como a ligação:


A Deco acusa a banca de cobrar comissões aos clientes sem prestar qualquer serviço, como por processamento de prestação de crédito ou manutenção de conta, e de querer compensar as perdas da intermediação financeira com a atividade de comissionamento.

NEOLIBERALISMO, ORDEM CONTESTADA




Sistema sofre pressão inédita – da esquerda e da direita – mas resiste, apoiando-se no medo. Por que o populismo retrógrado ainda é mais forte. Como mudar o jogo

Perry Anderson, no Le Monde Diplomatique – em Outras Palavras - Tradução: Antonio Martins

O termo “movimentos anti-sistêmicos” era comumente usado, há 25 anos1, para caracterizar forças de esquerda, em revolta contra o capitalismo. Hoje, ele não perdeu relevãncia no Ocidente, mas seu sentido mudou. Os movimentos de revolta que se multiplicaram na última década não se rebelam mais contra o capitalismo, mas contra o neoliberalismo – os fluxos financeiros desregulados, os serviços privatizados e a desigualdade social crescente, uma variante específica do domínio do capital adotada na Europa e América desde aos anos 1980. A ordem econômica e política resultante foi aceita indistintamente por governos de centro-direita e centro-esqueda, de acordo com o princípio central do pensamento único e do dito de Margareth Thatcher, segundo o qual “não há aloternativa”. Dois tipos de movimento agora mobilizam-se contra este sistema; e a ordem estabelecida estigmatiza-os – sejam de direita ou de esquerda – como a “ameaça populista”.

Não por acaso, ests movimentos emergiram antes na Europa que nos Estados Unidos. Sessenta anos após o Tratado de Roma, a razão é clara. O mercado comum europeu de 1957, um desdobramento da comunidade de carvão e aço do Plano Schuman – concebido tanto para prevenir o retrocesso a um século de hostilidades franco-alemãs quanto para consolidar o crescimento econômico pós-guerra na Europa Ocidental – foi produto de um período de pleno emprego e aumento dos rendimentos populares, a consolidação da democracia representativa e dos sistemas de Bem-estar Social. Seus arranjos comerciais pesavam muito pouco na soberania dos Estados-Nações que o compunham – e à época, foram fortalecidos, não enfraquecidos. Os orçamentos e as taxas de câmbio eram determinadas internamente, por parlamentos que prestavam contas a seu eleitorado nacional, e nos quais políticas contrastantes eram debatidas com vigor. Tentativas da Comissão de Bruxelas para tornar-se mais poderosa foram notoriamente rechaçadas em Paris. Não apenas a França de Charles de Gaulle mas também a Alemanha Ocidental de Konrad Adenauer, ainda que de forma mais discreta, perseguia políticas externas independente dos Estados Unidos e capazes de desafiá-los.

MARROCOS: POLÍCIA CERCA FAMÍLIAS, JORNALISTAS E OBSERVADORES




Familiares dos Presos Políticos Saharauis do grupo de Gdeim Izik, jornalistas e observadores internacionais cercados pela polícia marroquina.

Isabel Lourenço – Jornal Tornado

Nota PG: O despacho da reportagem de Isabel Lourenço foi publicado em 26 de Março no Jornal Tornado. No original pode encontrar dois vídeos, um dos quais é o que vê aqui publicado. A repressão continua em Marrocos e carece de mais e maior acompanhamento da imprensa mundial.

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