quinta-feira, 30 de março de 2017

O POPULISMO É RESULTADO DO FRACASSO ECONÓMICO MUNDIAL




A aversão à política é inevitável, num mundo onde os empregados são escravos assalariados e os chefes são super-ricos.

Larry Elliott, The Guardian, em Carta Maior

A ascensão do populismo chacoalhou o establishment político global. O Brexit causou verdadeiro choque, assim como a vitória de Donald Trump. Enquanto muitos ainda estão de queixos caídos, alguns líderes tentam descobrir por que grandes fatias de seus eleitorados estão tão furiosos.

A resposta parece bem simples. O populismo é resultado do fracasso econômico. Os dez anos desde o início da crise financeira mostraram que o sistema de governança econômica que tem imperado nas últimas quatro décadas está defeituoso. Alguns chamam esta abordagem de neoliberalismo. Talvez uma melhor descrição seria impopulismo.

Foi o impopulismo que fez pender o equilíbrio de poder no trabalho para o lado da gestão, passando a tratar os empregados como escravos assalariados. O impopulismo foi manipulado para garantir que os frutos do crescimento fossem para poucos, jamais para a maioria. O impopulismo decretou que os responsáveis pela crise financeira global sairiam impunes, enquanto os inocentes dividiriam o peso da austeridade.

Qualquer um que procure entender por que Trump ganhou as eleições presidenciais dos EUA deve dar uma olhada no que vem acontecendo com a divisão dos espólios econômicos. A proporção da renda nacional que chegou nas mãos dos 90% da população na base da pirâmide manteve-se estável, em cerca de 66%, entre 1950 e 1980. Ali começou um declínio acentuado, caindo para pouco mais de 50% quando a crise financeira estourou, em 2007.

MATURAÇÃO DA AMIZADE AFRO-CUBANA


"Ser internacionalista es saldar nuestra propia deuda con la humanidad. Quien no sea capaz de luchar por otros, no será nunca suficientemente capaz de luchar por sí mismo."
Fidel Castro, discurso en el acto por el 32º Aniversario del
Desembarco del "Granma", el 5 de diciembre de 1988.


1- No momento em que se vão apagando fisicamente do mundo dos vivos, os Comandantes da Revolução Cubana, há muitos dos seus companheiros que continuam a dar visibilidade à luta de décadas que advém sobretudo desde os tempos da guerrilha na Sierra Maestra e cujas águas caudalosas decorrem como um poderoso rio até aos dias de hoje, através de imensas iniciativas vocacionadas na direcção do homem e do planeta, que têm tudo a ver com a lógica com sentido de vida que está a ser transmitida por via do socialismo ao povo cubano e a todos os povos carentes de vencer o subdesenvolvimento crónico de séculos, a que têm sido votados, em especial nas duas margens do Atlântico sul!

As pontes comuns entre a América e África encarregaram-se os europeus de começar a lançar nos seus caboucos, por via do “comércio triangular” que envolvia o tráfico negreiro, determinando-se numa conjuntura que exauriu da forma mais perversa, o tecido humano autóctone dos dois continentes.

Enquanto os autóctones da América eram dizimados pela guerra ou pela doença, a África, em contínuas operações de rapina, iam buscar a mão-de-obra escrava que careciam para as suas plantações, muito antes do surgir das máquinas da Revolução Industrial.

Todos os processos de luta contra o colonialismo, o “apartheid”, o neocolonialismo e o imperialismo, lutas pela independência, pela soberania, pela efectiva democracia, pela dignidade das nações, dos estados e dos povos, pelos equilíbrios humanos que há a construir, pelo respeito para com a Mãe Terra, resultaram e resultam em grande parte desse choque primeiro que ocorreu na metade ocidental do planeta e afinal correspondia aos primeiros passos duma globalização que se tem vindo a acelerar com os parâmetros das Revoluções Industrial e mais recentemente com o aditivo das Novas Tecnologias.

UNIÃO AFRICANA E NOVOS DESAFIOS


O continente africano tem sido cenário de diversos problemas, entre os quais avultam as crises humanitárias provocadas por conflitos armados e pela fome e o terrorismo. A Organização das Nações Unidas tem apelado reiteradas vezes para que a comunidade internacional vá em socorro de milhões de africanos, que podem morrer de fome, se não for organizada uma campanha de ajuda urgente a pessoas que nada têm para se alimentar.

Perante o cenário de crise humanitária, espera-se que a União Africana (UA) tome medidas adequadas, de modo a conciliar esforços da ONU, no sentido de se salvarem milhões de africanos que passam fome por motivo da seca que assola várias regiões do continente.

Que a União africana continue a apresentar ao mundo a situação catastrófica de muitos africanos, de modo a mobilizar recursos financeiros destinados àqueles que neste momento precisam de ajuda internacional. 

A união tem de fazer força. A União Africana tem de ter força suficiente para conseguir a ajuda internacional necessária, de modo a acudir as vítimas da seca. Se nós africanos estivermos unidos, melhores resultados obteremos no campo da ajuda humanitária. 

Temos de ser nós, africanos, a manifestar preocupação, com a má sorte dos nossos irmãos que sofrem nas regiões afectadas pela seca ou por conflitos armados. Tem de se fazer sentir mais a presença da União Africana nas situações de crise. 

Que haja vontade política dos líderes africanos que estão no poder para traçarem estratégias que possam viabilizar acções destinadas a pelo menos, atenuar o sofrimento de muitos africanos vítimas da seca. Num momento em que podem morrer de fome milhões de pessoas, os africanos, em particular, os estadistas dos diferentes países do continente, não devem ficar indiferentes. As crises humanitárias, por mais complexas que sejam, devem preocupar todo o mundo. A vida humana é um bem fundamental. Todo o esforço que se faça para salvar vidas humanas é sempre bem-vindo.

Angola. UMA CONSTANTE LUTA PELA VIDA!



1- Uma grande parte da comunidade de associados da ASPAR, Acção Social Para Apoio e Reinserção, entrou na derradeira fase de sua vida, com destinos diversos:

Uns foram patenteados pelas FAPLA, pelas mais diversas razões de seus curriculuns e vão ingressando, em função do tempo, na Caixa de Segurança Social das FAA, pois estes beneficiam da cobertura específica nos termos previstos nos Acordos de Paz;

Outros ainda, como trabalharam em empresas privadas após a prestação de seu serviço, beneficiam de pensão de reforma paga pelo Instituto Nacional de Segurança Social;

Muitos recebem também pensões, (os antigos combatentes e veteranos da pátria) pagas pelo Ministério dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, ou estão ainda beneficiados de pensões do Fundo de Pensões;

Há contudo uma franja importante que tendo sido Oficiais Operativos, não foram patenteados nem pelas FAPLA, nem pela Polícia Nacional e não beneficiam de qualquer tipo de pensão, apesar de alguns, precisamente o da faixa etária mais avançada, terem recebido pensões em 2012, pagas pela Caixa de Protecção Social do MININT, pensões essas que foram suspensas até hoje.

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