sexta-feira, 31 de março de 2017

A TRUMPLÂNDIA, O MUNDO, E O BRASIL


Será preciso um esforço hercúleo para reconstruir nossa capacidade de planejamento e nos colocar de novo à altura dos nossos imensos desafios.

Sebastião Velasco – Carta Maior

Não sei se você, caro leitor, mas de minha parte jamais imaginei que viveria o bastante para assistir ao espetáculo hoje exibido ao mundo pelos Estados Unidos.

A sequência é estonteante. Descontada a fase preparatória – a campanha eleitoral --, ela começa na cerimônia de transmissão de cargo, em 20 de janeiro, com o discurso pronunciado pelo novo Presidente logo depois de seu juramento.

Quem viu, há de lembrar. Feitos os agradecimentos convencionais, Trump abre sua fala com um ataque à elite política de seu país, cuja brutalidade não poupa nenhum dos presentes. Na sequência, define sua vitória como a devolução do poder ao povo americano, e reafirma seus compromissos de campanha, sintetizados no slogan “Make America Great Again”: reerguer a indústria, trazer de volta os empregos, reconstruir a infraestrutura devastada por décadas de descaso, reequipar as Foras Armadas. Com a sua contrapartida, mudar as relações com os parceiros comerciais, defender as fronteiras nacionais; cobrar dos aliados o custo de sua segurança.  Os Estados Unidos buscarão amizade e boa vontade em toda parte – assevera o orador --  mas colocarão os seus interesses em primeiro lugar, como fazem – ou devem fazer – todas as nações do mundo.

OFENSIVA DA HEGEMONIA UNIPOLAR EM DOIS PILARES DA AMÉRICA LATINA E DE ÁFRICA, EM CURSO



A Venezuela está a sofrer múltiplos impactos de desestabilização e, em África, um crescendo de instabilidade está já a varrer também a República Democrática do Congo.

Tendo em conta as experiências históricas acumuladas década a década nos dois continentes, só há uma potência capaz de simultaneamente realizar ofensivas do género: ESTADOS UNIDOS! (MJ)

Chanceler Rodríguez: Almagro faz parte de um plano para intervir na Venezuela

Boletim informativo semanal da Republica Bolivariana de Venezuela – N° 37. 28 Março 2017

Washington, 27 de março de 2017 (MPPRE).- Da sede principal da Organização de Estados Americanos (OEA), a chanceler da República Bolivariana da Venezuela, Delcy Rodríguez, denunciou as graves ações intervencionistas que vem desenvolvendo o Secretário-Geral da OEA, Luis Almagro, contra a Venezuela. 

Rodríguez sublinhou que Almagro está atuando de forma unilateral, ilícita, desviada e parcializada procurando prejudicar a imagem internacional da Pátria de Bolívar, afetar suas relações com os outros países e qualifica-la como um país problemático.

PARA ISRAEL, SOLUÇÃO É UMA TERRA SEM PALESTINOS


No maior campo de concentração a céu aberto, 1,8 milhões de palestinos vivem espremidos nos 48 quilômetros de largura por quatro quilômetros de comprimento da Faixa de Gaza, em alguns pontos atingindo um máximo de sete quilômetros, fazendo com que a região compreenda não menos de cinco mil habitantes por quilômetro quadrado, a maior densidade demográfica do planeta sobre a qual é imposto, pelas forças de ocupação, um regime diário de ingestão de calorias (abaixo do necessário à saúde humana). Trafegar livremente pela própria região, sob permanente vigilância, também é proibido ainda que seja por razões médicas ou escolares.

Os 360 quilômetros quadrados da faixa de Gaza possuem somente três saídas: um ao sul, na fronteira com o Egito, e as outras a norte e a leste, na fronteira com Israel. Do outro lado, palestinos vivem separados de Gaza na Cisjordânia, fronteira com a Jordânia, onde as forças sionistas avançam indiscriminadamente as colonizações á base de demolições de residências, de muita violência e de sumários assassinatos praticados pelas forças sionistas. Para que o Exército israelense - oitavo mais potente exército do mundo (financiado em grande parte por Washington) e portador de alguns dos mais potentes armamentos - mate um cidadão por toda a terra palestina, é tão fácil (e impassível de punição) quanto se matar um pássaro.

O regime de apartheid, reconhecido pela própria ONU e imposto pelo Estado de Israel aos palestinos, trata-se da maior violação ao direito internacional contemporâneo financiada diretamente pelos Estados Unidos, e apoiada pelas grandes potências ocidentais. Tudo isso acobertado e distorcido pela grande mídia de propaganda internacional, exitosa manipuladora do imaginário coletivo em todo o mundo, neste caso com clara tendência sionista.

POÇO SEM FUNDO


Rafael Barbosa – Jornal de Notícias, opinião

1. Em agosto de 2014, eram Passos Coelho primeiro-ministro e Maria Luís Albuquerque ministra das Finanças, o BES implodia e nascia o Novo Banco, devidamente expurgado dos chamados ativos tóxicos e vitaminado com 4,9 mil milhões de euros, quase todos eles saídos dos cofres do Estado. A ideia era fazer uma limpeza e vender quanto antes, recuperando o dinheiro dos contribuintes, até ao último cêntimo. Um ano e meio depois, já com António Costa a primeiro-ministro e Mário Centeno a ministro das Finanças, veio o primeiro grande sinal de que o poço não tinha fundo, com a decisão do Banco de Portugal de desviar obrigações do "banco bom" para o "banco mau", o que equivalia a uma injeção suplementar de dois mil milhões de euros no Novo Banco. Tudo somado, sete mil milhões de recapitalização, o que parecia, a qualquer cidadão, mais do que suficiente para que lhe arranjassem comprador. E arranjaram de facto. A Lone Star está prestes a fechar negócio e propõe-se pagar zero euros (ou um valor simbólico qualquer que entretanto se arranje, para não parecer mal) por 75% do capital. O Estado (ou o Fundo de Resolução em seu nome) fica com os outros 25%, mas sem administradores e sem direito a voto. Se bem me lembro, foi Carlos César, líder parlamentar do PS, quem melhor definiu o que se estava a passar e o que já se adivinhava: "um fiasco". Se a bancada socialista for consequente, chumba o negócio. Mas convém não ter demasiada fé.

2. Um perdão fiscal é sempre uma medida controversa. Desde logo, porque penaliza os cidadãos e as empresas que pagaram impostos a tempo e horas, muitas vezes à custa de grandes sacrifícios. Ao contrário, premeia os caloteiros e sobretudo os que têm os meios e o poder de contestar a fatura do Fisco e litigar contra ela nos tribunais. Depois, porque é sempre usado pelas piores razões: fazer receita imediata e tapar buracos nas contas públicas, abrindo mão de uns quantos milhões pelo caminho (por exemplo, em coimas e juros). Uma das provas de que é uma péssima medida reside no facto de os governos, todos eles, esconderem o perdão fiscal debaixo de um eufemismo. O Governo atual, por exemplo, batizou o seu como Peres. E jurou que o objetivo não era o encaixe financeiro, antes ajudar cidadãos e empresas. Um objetivo bastante piedoso e rapidamente aproveitado por uma série de empresas em dificuldades. Exemplos? A Corticeira Amorim, a Jerónimo Martins, a Galp e a EDP. Só estes quatro potentados económicos somaram, no ano passado, lucros líquidos de mais de dois mil milhões de euros. Parte deles graças ao perdão fiscal. Faz todo o sentido.

* Editor-executivo

PORTUGAL “VENDE” NOVO BANCO MAS TEM DE PAGAR PARA O “VENDER”. VENDE?


Podemos dizer que a fatura será apresentada aos portugueses “dentro de momentos”. Esses momentos estão nos segredos dos “vendedores”, o Estado – que é gerido pelos governos. Os portugueses só vão ficar a saber sobre a “venda” quando forem chamados a pagar mais do que aquilo que já pagaram. Entretanto os banqueiros assobiam para o lado e continuam nos seus negócios. A impunidade é quase que exclusivamente sua. Julgamentos não há, arrestos aos seus bens também não há. Ricardo Salgado está impregnado numa lavagem de imagem inconcebível, outros banqueiros e gestores fazem par e grupo com ele. Os portugueses já pagaram muito com língua de palmo e tudo indica que vão continuar a pagar. Hoje é a “venda” do “banco bom”? Bom, só se for para os que lucram com a “compra”, a Lone Star - que vai vender o banco às peças e lucrar desmedidamente. Bom, para Salgado e afins, que em vez de estarem a ver o sol aos quadradinhos andam no laru por onde querem e lhes dá na real gana. Dinheiro não lhes falta, que é vantagem dos que roubam e vigarizam impunemente. Muito do que não se sabe pode configurar mais um barrete. Novo barrete, Novo Banco. António Costa fala aos portugueses pelas 19 horas de hoje. Não se tema pelo que vai dizer mas sim pelo que não dirá e que teremos a sina de descobrir depois via factos consumados. Um trabalho a que se devem dedicar os do jornalismo investigativo, que é coisa rara em Portugal. (PG)

Estado pode ter de voltar a dar dinheiro para recapitalizar o Novo Banco

A venda do 'banco bom' do antigo BES ao Lone Star poderá não ser o capítulo final na história atribulada do processo Novo Banco com o Estado.

Nas horas que antecedem a explicação da venda do Novo Banco aos norte-americanos do Lone Star por Mário Centeno e Carlos Costa, a informação sobre o negócio vão sendo reveladas a conta-gotas.

Depois de ter sido revelada a alegada garantia que o Estado terá de prestar indiretamente devido aos empréstimos de risco, a SIC garante agora que o negócio também poderá obrigar o Estado a investir dinheiro no futuro, para garantir que os rácios de capital ficam equilibrados.

Segundo a SIC, o acordo obriga ambos os sócios, Estado português e Lone Star, a investirem até 3,8 mil milhões de euros se os níveis de capital do Novo Banco descerem para valores instáveis.

Tendo em conta que o Estado português deverá manter uma percentagem do Novo Banco após a venda ao Lone Star, o investimento seria equivalente à posição detida.

Os contornos do negócio deverão ser conhecidos em detalhe nas conferências de imprensa de Mário Centeno e Carlos Costa, durante a tarde desta sexta-feira.

Bruno Mourão, em Notícias ao Minuto

CARAS DA VIOLÊNCIA NOS LOIOS/CHELAS, UM DOS GUETOS DE LISBOA - JORNALISTAS... LEVAM


RTP avança com queixa-crime contra culpados de agressões a jornalistas

A Direção de Informação da RTP condenou hoje "com veemência" as agressões a dois jornalistas do canal público, adiantando que já avançou com uma queixa-crime na expetativa que os culpados sejam identificados e punidos.

Em comunicado, a Direção de Informação da RTP considera que "a agressão a um jornalista é um ato inaceitável e cobarde", acrescentando que "não pode deixar de condenar com veemência as agressões, atentatórias da liberdade de informação, que mais não visam do que condicionar o exercício do jornalismo".

Um repórter de imagem da RTP foi hoje agredido no exterior de uma escola em Marvila, em Lisboa, alegadamente por familiares de uma criança envolvida num suposto caso de violação entre alunos, disse anteriormente à Lusa fonte policial.

Segundo o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis), a equipa da RTP, composta por uma jornalista e um repórter de imagem, foi agredida na quinta-feira no exterior da Escola Básica dos Lóios, na freguesia de Marvila, onde se deslocou para realizar uma reportagem na sequência de suspeitas relacionadas com "a eventual violação de um menor por outro menor", alunos daquele estabelecimento de ensino.

Pouco tempo depois de chegar ao local, a equipa da RTP terá sido abordada por familiares do aluno suspeito da violação, tendo "agredido o repórter de imagem" que teve de receber tratamento no Hospital de São José, relatou o Cometlis.

Neste contexto, a Direção de Informação da RTP adianta que já solicitou ao departamento jurídico que acionasse uma queixa-crime, porque "é de um crime que se trata, esperando que os culpados sejam identificados e punidos".

Já na quinta-feira, o Sindicato de Jornalistas (SJ) condenou veementemente a agressão sofrida hoje por dois jornalistas da RTP.

Lusa, em Notícias ao Minuto

O AGRESSOR DO REPÓRTER DE IMAGEM DA RTP

Um dos agressores, à direita, indicado pela seta, a caminhar em direção à câmera
O agressor, no movimento a seguir, já com o braço levantado pronto para a agressão
 O vídeo RTP, em Jornal Económico

Agressões a trabalhadores da RTP repetem-se demasiadas vezes

A Comissão de Trabalhadores da RTP denunciou hoje "que se repetem as agressões a trabalhadores" da empresa pública de televisão, após dois jornalistas terem sido agredidos na quinta-feira durante uma reportagem junto a uma escola, em Lisboa.

Um repórter de imagem foi agredido no exterior da Escola Básica dos Lóios, na freguesia de Marvila, no decorrer de uma reportagem relacionada com "a eventual violação de um menor por outro menor", alunos daquele estabelecimento de ensino, supostamente atacado por familiares de uma criança envolvida na alegada violação.

"Hoje [quinta-feira] não foi infelizmente um dia anormal: quer verbalmente, quer fisicamente repetem-se demasiadas vezes as agressões a trabalhadores da RTP. O jornalista repórter Ricardo Mota foi violentamente agredido, tendo recebido assistência hospitalar", refere um comunicado da CT, enviado às redações na noite de quinta-feira.

A equipa de reportagem era composta pelos jornalistas Lavínia Leal e Ricardo Mota.

"A CT vai exigir junto do Conselho de Administração (CA) que a RTP se constitua assistente no processo-crime, que decerto se seguirá e que proceda depois ao respetivo processo cível. Esperamos que sejam apuradas responsabilidades até às últimas consequências. Até ao fim. Se o CA não o fizer, fá-lo-emos nós, os trabalhadores", indica o comunicado.

Os representantes dos trabalhadores da RTP afirmam que, "seja por questões políticas ou pela demagogia com que os assuntos da RTP são tratados, hoje, sair à rua num carro com a marca RTP é um risco" que conhecem, mas, dizem, "não têm" de aceitar.

"Em Portugal, claques desportivas, juventudes partidárias, presidente de clubes, autarcas, idiotas e criminosos escolhem sistematicamente os trabalhadores desta empresa para descarregar as suas frustrações, e para nós, já chega. Estamos fartos", sublinha a CT, alertando para que este crime "não fique impune".

Anteriormente, já o Sindicato de Jornalistas (SJ) tinha condenado "veementemente" este episódio de violência.

"Esta situação é absolutamente inadmissível num Estado onde o direito à informação é constitucionalmente garantido. É absolutamente reprovável que dois cidadãos sejam agredidos no exercício da sua profissão, mais ainda quando a sua missão profissional é informar imparcialmente um determinado acontecimento", disse o SJ, em comunicado enviado à agência Lusa.

Um repórter de imagem da RTP foi hoje agredido no exterior de uma escola em Marvila, em Lisboa, alegadamente por familiares de uma criança envolvida num suposto caso de violação entre alunos, disse à Lusa fonte policial.

Segundo o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis), a equipa da RTP, composta por uma jornalista e um repórter de imagem, tinha-se deslocado para junto da Escola Básica dos Lóios, na freguesia de Marvila, para realizar uma reportagem na sequência de suspeitas relacionadas com "a eventual violação de um menor por outro menor", alunos daquele estabelecimento de ensino.

Pouco tempo depois de chegar ao local, a equipa da RTP terá sido agredida por familiares do aluno suspeito da violação.

Outra fonte policial adiantou na noite de quinta-feira que, até àquele momento, não havia nenhum detido nem suspeitos, acrescentando que o homem anteriormente detido foi libertado, pois não tinha nada a ver com a ocorrência.

Esta fonte relatou ainda que a polícia está a investigar a "eventual violação" ocorrida entre os alunos menores.

Lusa, em Notícias ao Minuto

ALDEIA DOS MACACOS ERA MAIS CIVILIZADA DO QUE NA BANCARIA E EM CHELAS


Expresso Curto com Ricardo Costa na máquina da cafeína. Que vamos vender um banco, escreve ele. E quanto é que essa “venda” nos vai custar, ilustre Ricardo? Pois. A fatura vai ser apresentada depois? Então não está bem. Então não vamos vender um banco. Vamos doar. Aliás, como todos os outros em que tivemos de pagar as desbundas da ladroagem dos gestores, administradores e outras dores causadas pela ladroagem da bancaria mafiosa que abunda por todo o mundo. Ah! Mas existem os honestos, dirão. Pois. É suposto que existam. Convém acreditar nisso até que se conclua que afinal não é bem assim. Tempo passado vamos concluir algumas meias-verdades e conclusão de factos. Então sim. Concluiremos que estamos a pagar, a pagar, a pagar… Mas eles é que são donos dos bancos e donos disto tudo. Nós somos os trouxas do costume. Os que pagam mas passam fome, até da dignidade que nos andam sempre a roubar.

Todos as crianças que há muitos anos frequentaram o Jardim Zoológico de Lisboa, talvez há uns 60 anos, tinham um local do referido local a visitar como num santuário: a Aldeia dos Macacos. Ali podíamos ver como eles viviam em comunidade. Funcionavam no toma lá dá cá. Parecia que diziam “tens amendoins e eu tenho uma maçã”. Ora toma lá, dá cá. Trocavam. Se um deles fizesse batota a trupe perseguia-o, dava-lhe uma surra e deixava-o solitário, num canto. Retirava-lhe a maçã e os amendoins, ao Chico Esperto. Afinal, pelo que víamos, eles tinham códigos de comportamento, de honra, de justiça. Quem estivesse atento percebia isso. Atualmente talvez ainda seja assim, se lá ainda existir a Aldeia dos Macacos.

É sabido que os banqueiros não se iam dar bem nessa Aldeia dos Macacos ao quererem ficar com as maçãs e os amendoins e deixarem os outros depenados. Na miséria, ou perto.

Também na Aldeia dos Macacos existiam elementos ordinários, atrevidos, zaragateiros, e até criminosos, na sistemática postura de parasitas. Esses estavam nos cantos, digamos que nos guetos… Mas eram controlados. Se pusessem uma pata em riste, se pisassem o “risco”, não lhes faltava castigo pela certa, em defesa da civilidade macacal. Dos primatas.

Recordar aquela aldeia dá para perceber que tinha regras e que tinham de ser cumpridas. Percebia-se que afinal os símios possuíam a sua própria noção de civismo comportamental. Ainda acontecerá assim no Jardim Zoológico?

Bem, lá por esse jardim e por essa tal aldeia não sabemos. O que sabemos é que em Chelas isso não acontece, entre supostos… humanos.

Bairros sociais: guetos em que pessoas civilizadas fazem os possíveis por manter a pacatez e normalidade por entre incivilizados que se estivessem na Aldeia dos Macacos seriam limitados aos cantos em vez de fazerem do todo habitacional um gueto. Zonas de má-fama onde muitos nada têm que ver com os comportamentos criminosos, ilegais e incivilizados de uns quantos bandos.

Podemos concluir que, afinal, a Aldeia dos Macacos era mais civilizada que a bancaria em Chelas?

Pelo visto naquilo que foi manchete ontem numa escola do gueto Chelas – em que jornalistas foram agredidos – podemos concluir que melhor era a referida aldeia símia. O mesmo se conclui relativamente à bancaria e afins, que ficam com maçãs e amendoins impunemente. Ladrões de colarinho branco com o fito de lucrarem por via dos prejuízos de toda a restante comunidade. E lucram.

Na foto: a Aldeia dos Macacos, deserta. (PG)

ESPERTOS: NÃO QUERIAM “SAIR” NA TELEVISÃO NEM SER NOTÍCIA… SÃO MANCHETE NACIONAL


Cavaco Silva faltou hoje no bairro de Chelas para dizer a uns quantos “deixem-me trabalhar”. Os portugueses bem conhecem a famosa frase dirigida aos jornalistas que queriam “espremê-lo” sobre assuntos relacionados com o seu cargo e desempenho de primeiro-ministro. Já lá vão quase duas décadas. Pois. Deixem trabalhar os profissionais de informação…

Provavelmente também os jornalistas que se deslocaram a uma escola em Chelas disseram aos que os surraram “deixem-nos trabalhar”, mas de nada valeu. Foram agredidos. 

Cabeças de uma inteligência e esperteza ímpar decidiram que não queriam ser notícia. Melhor: que o caso que levou os jornalistas àquela escola não fosse notícia. Vai daí agrediram os jornalistas, da RTP, outros da profissão refugiaram-se e escaparam incólumes mas com o ânus apertadinho como à nascença. Para quem não queria que houvesse notícia… conseguiu, ou conseguiram, passar a manchete nacional. A esperteza ímpar redundou em saloia. A inteligência foi para o béu-béu, cano abaixo. O civismo, esse, é coisa que por aqueles sítios existe mas não toca a todos. Aliás, é coisa muito rara.

A notícia está a seguir, o mais completo que conseguimos complementar. Em duas partes, não sabemos que haja mais, por agora. Decerto haverá mais, e consequências... Não? Um recado, para o Sérgio Godinho: gente assim, quer se queira, quer não queira… não é bela. (PG)

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