sábado, 5 de agosto de 2017

A “DEMOCRACIA” NA ARÁBIA SAUDITA - AMIGOS DOS EUA, DA UE E DOS SEUS ESBIRROS



GOVERNO PORTUGUÊS E MÍDIA SÓ “TÊM OLHOS” PARA A VENEZUELA?


Mário Motta, Lisboa

Os democratas da treta manifestam-se e declaram críticas e sanções políticas e económicas contra a Venezuela, à cabeça são os EUA a fazer o mal e a caramunha. Ou seja, são os EUA a desestabilizar a Venezuela e a tomar medidas pseudo-democratas pelos “horrores da ditadura de Maduro”, a UE cola-se aos EUA e os esbirros dos governos dos países da UE aplaudem e aderem a essa colagem. No caso de Portugal temos o democrata de pacotilha Augusto Santos Silva, António Costa, e o restante governo de Portugal a alegarem que é aviltante e anti-democrático “o regime de Maduro” e os venezuelanos aprovarem a Constituinte. Que é ilegal, dizem. Só não declaram frontalmente é que é legal os EUA insistirem há mais de uma década em desestabilizarem a Venezuela. Tais operações ianques já vêm do tempo de Hugo Chávez, que indubitavelmente foi sempre eleito democraticamente pelos venezuelanos, tal como esta recente Constituinte. Pese embora que aqueles que se dispuseram a fazer parte da oposição vendida aos EUA e seus interesses discordem da Constituinte. São oposição em sintonia com as ordens do Tio Sam.

Espantosamente – olhem que não - os pseudo-democratas do chamado “mundo-livre”, EUA, UE, países e políticos esbirros, já nada têm a dizer em defesa da democracia e dos direitos humanos relativamente aos criminosos do reino da Arábia Saudita. Relevo para o dito rei. Esse, um aliado dos EUA e dos países da UE, não é alvo de sanções nem de críticas e governa ditatorialmente o país. Condena à morte quem se atreva a criticar e a manifestar-se contra o governo. É assim que foram mandados executar 14 desses manifestantes. Muitos outros já tiveram o mesmo destino, a morte por assassínio. Mas o quê?! Para os EUA, para a “democrática” UE e respetivos esbirros (governo português incluído), para o ilusoriamente chamado “mundo livre e democrático”, nem o rei nem as políticas ditatoriais impostas no país merecem críticas, muito menos sanções.

Sobre a notícia que nos mostra o que acontece na Arábia Saudita e a matança de contestatários ao regime não temos memória que exista por via da mídia em Portugal. Recorremos à mídia de Espanha. Notícia que nos fizeram chegar mostra a sanha ditatorial e assassina do reino amigo da “democracia ocidental”. E agora comparemos o que diz sobre a Venezuela Augusto Santos Silva, e o que decide o governo de Portugal, com o que nem por sombras aborda relativamente ao denominado aliado do ocidente, a Arábia Saudita.

Esclarecendo os que se interessam dispomos a seguir notícia do jornal espanhol Publico. É que por Portugal, em português, não temos memória de ver tal notícia. Porque será? Mas sobre a Venezuela é um fartum de notícias… Porque será? Umas merecem trato de brutal destaque e outras nem por isso… Silêncio. Pois.

Saberá mais… se continuar a ler. (MM)

QUEM PODE DAR LIÇÕES DE DEMOCRACIA



A Venezuela Bolivariana não precisa receber lições de democracia de ninguém. Ela pode é dar lições ao sr. Augusto Santos Silva e seus emulos da UE. O servilismo da UE ao diktat imperial dos EUA é cronico. Os seus dirigentes estão bem amestrados – mesmo quando as sanções imperiais ferem interesses europeus. Assim como estão bens amestrados os comentaristas presstitutos que actuam nos media portugueses, todos eles bem alinhados com a orquestração anti-Venezuela organizada em Washington pela NED, CIA e as demais 27 agências de segurança e espionagem dos EUA.

Não há nada de novo nesse processo. Campanhas como esta organizadas pelo império levaram ao golpe de 1964 no Brasil, ao golpe de 1973 no Chile, ao golpe no Irão contra Mossaegh em 1953, ao golpe na Guatemala contra Jacobo Arbens na década de 50, aos golpes recentes nas Honduras e no Paraguai, ao golpe na Ucrânia há um par de anos, às sucessivas "revoluções coloridas" na Europa do Leste. A lista poderia continuar. O imperialismo hoje tem um enorme know-how acumulado quanto à desestabilização de países. 

Quanto às eventuais "sanções" à Venezuela consideradas pelo ministro Augusto Santos Silva, ele que não se esqueça que Portugal tem interesses naquele país – petrolíferos inclusive.


Mais lidas da semana