A Assembleia da República exprime
“a mais veemente condenação pela violência e pelos crimes políticos e de ódio
que aumentam de dia para dia no Brasil”.
O parlamento português condenou
esta sexta-feira a morte da vereadora e ativista dos direitos humanos Marielle
Franco, do Rio de Janeiro, Brasil, "brutalmente assassinada a tiro na
passada quarta-feira".
O voto de pesar e condenação foi
anunciado logo na quarta-feira pela líder do Bloco de Esquerda, Catarina
Martins, durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro, e é subscrito pelo
presidente do parlamento, Ferro Rodrigues, BE, PS, PCP, PSD, PEV e pelo
deputado André Silva, do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN).
O CDS informou, mais tarde, que
também subscreveu o documento e juntou-se aos restantes partidos na votação.
O texto aprovado por unanimidade
pelos deputados refere que Marielle Franco era relatora da comissão de
acompanhamento da Intervenção Federal no Rio de Janeiro e, "nos últimos
dias, havia denunciado o assassinato de jovens negros pela Polícia Militar do
estado".
"Socióloga, feminista,
militante dos direitos humanos e crítica da recente ocupação de vastas áreas
urbanas pela intervenção militar do governo federal no Rio de Janeiro, Marielle
Franco empenhou-se na luta pelos direitos humanos, especialmente em defesa dos
direitos das mulheres negras e dos moradores de favelas e periferias, e na
denúncia da violência policial", acrescenta o voto.
No texto, a Assembleia da
República exprime "a mais veemente condenação pela violência e pelos
crimes políticos e de ódio que aumentam de dia para dia no Brasil".
O carro em que a vereadora viajava
foi alvejado com tiros na quarta-feira à noite quando saía de um evento no
bairro da Lapa, na zona central da capital carioca.
O crime, que tem indícios de ter
sido uma execução, está a ser investigado pelas autoridades policiais locais.
A Organização das Nações Unidas
(ONU) já pediu que as investigações "sejam feitas o mais rápido
possível" e de forma "completa, transparente e independente",
para que os resultados "possam ser vistos com credibilidade".
Lusa | em Expresso
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