O PROCESSO DIALÉTICA ESTÁ A
TORNAR-SE DISJUNTIVO
Martinho Júnior | Luanda
À medida que a Rússia consegue
fazer a Síria vencer sobre o caos, o terrorismo e a desagregação,
multiplicam-se as manobras de intoxicação da propaganda e contrapropaganda
dos “maus perdedores” (Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Arábia
Saudita, Israel e outras monarquias arábicas, bem como alguns dos membros da
NATO)!...
A pista das "fake
news" produzidas pela contrapropaganda do império anglo-saxónico
relaciona-se com esse “mau perder” e é aí que se inserem as
orquestrações de acusação de uso de armas químicas por parte da Rússia e da
Síria: sempre que uma ofensiva é bem-sucedida assim surgem esse tipo de medidas
de contrapropaganda, de que está especialmente encarregue a Grã-Bretanha, os
seus serviços de inteligência e os seus vínculos que advêm do passado do seu
próprio império colonial!...
A “aposta” nos falcões
de Israel é outra fórmula concomitante desesperada do império da hegemonia
unipolar, procurando com isso travar as perdas geoestratégicas e por isso
essa "aposta" está intimamente associada às acusações que
vão sendo preparadas contra o Irão, quando antes estiveram associadas às “fake
news” produzidas pelos serviços de inteligência britânicos sobre a “guerra
química” da Rússia e da Síria.
O quadro geoestratégico, como é
ainda desfavorável ao império anglo-saxónico da hegemonia unipolar e seus
vassalos arábicos em estreita conexão aos falcões de Israel, noutros
contenciosos que têm por fundo a guerra financeira global em curso, bem como nos
choques em busca de influência (que também recorrem ao “soft power”),
evolui para a impossibilidade de, pelos meios convencionados desde o passado, o
império conseguir manter a coesão das linhas no continente euro-asiático.
A crispação da Turquia (uma das
maiores forças armadas na Europa Oriental) em relação à NATO e à União
Europeia, confirma a derrapagem e o desespero da barbárie “ocidental”.
Desse modo os russos podem
avaliar quanto os esforços multipolares coligados a si na região em torno da
Síria, estão a prevalecer sobre os alinhamentos da hegemonia unipolar!
Ou desistem da hegemonia
unipolar, a fim de integrarem a abertura de portas a decisivos investimentos
na "Rota da Seda", ou mantendo o império o carácter dessa
hegemonia, cada vez menos a aristocracia financeira mundial, consolidada desde
a revolução industrial pelos bancos das famílias “transatlânticas”, terão
hipóteses de participar nela ao nível das aspirações que “alimentam”!
Os oligarcas alemães demonstram
ser outra das rupturas face à perversa teimosia anglo-saxónica que demonstra
tão “mau perder”: eles estão mais próximos de assumirem as aspirações de
participarem na “Rota da Seda” do que andarem “eternamente” atrelados
aos tão flácidos como depauperados músculos carregados de tensões da NATO!
Os fantasmas de Lawrence da
Arábia começam-se a esvair e a esgotar, de tanta extravagância, de tanta
alienação, de tanta “fake news” e de tanto mau perder!
Martinho Júnior - Luanda, 5 de
Maio de 2018
. Foto de Trump em plena dança
das espadas: há espadas que são como os “feitiços que se voltam contra os
feiticeiros”, escorregam das mãos e acabam por ferir quem tão com tantas
contorções dança com elas!
. Foto dos dois cada vez mais
vencedores e integradores na Síria: Putin e Assad!
. Foto dos dois mentores da cada
vez mais inultrapassável transcontinental “Rota da Seda”: Putin e Xi
Jinping.
Sem comentários:
Enviar um comentário