Há um vereador (parece que agora
a definição mudou para deputado municipal porque é mais “fino e isso cola com
os finórios dos poderes) que hoje foi eleito saco de boxe. De sua graça Ricardo
Robles, leva pancada daqui e dali porque está em vias de fazer um negócio de
milhões com uma casarota em Alfama. Propriedade dele e da irmã. Querem comprar
e dão-lhe milhões. Não é roubado. Não faz parte dos cambalachos habituais do
PSD, nem do PS. Nos tais em que os portugueses ficam a “arder”, sustentando autênticos
chicos-espertos parasitas. É o que mostram jornais como o Correio da Manha e
outros. Ponto.
Acresce que Robles é do Bloco de
Esquerda e insurge-se amiúde contra a “especulação imobiliária na capital”,
como refere o site no ECO – Economia Online. E agora a especulação caiu-lhe no
colo por via do imóvel em Alfama. Pode vender por milhões o que comprou com tuta-e-meia de euros. Ena!
Vai daí os críticos da direita
mais ressabiada e falsa moralista, parece que mais acintosamente o PSD,
atirou-se a Robles como gato a bofe. Ai os descarados! Ai os filhos da mãe! Para
não usar aqui termos considerados palavras e nomes feios. Então o Robles vai
receber milhões por uma xafarica em Alfama? Questionam, invejosos e a quererem
parecer muito honestos, muito contra a especulação, a corrupção, o conluio e o
nepotismo. A fingir, é só mesmo a
fingir. Porque Robles é do Bloco de Esquerda, não é do PSD, nem do CDS, nem do
MIRN, nem da Rede Bombista, nem do ELP, nem cavaquista… Se não estariam caladinhos que nem rato.
O PSD exige a demissão de Robles
de vereador/deputado municipal, refere em título o ECO. Pois. A razão é o que é
e vimos escarrapachada nos semblantes daqueles tão bons rapazes, que tão bem
representam os interesses dos munícipes e até das prostitutas lisboetas, com
que se confundem nas artes de bem-fazer de conta.
É verdade que Robles nunca devia
ser proprietário de uma colher cheia de mel coado para poder falar com
propriedade. Devia ser um teso, um pobrete mas alegrete. Agora um Robles com
uma xafarica em Alfama e por via disso poder vender por milhões não deixa de
ser impróprio à luz da sua luta contra a especulação imobiliária. Mas isso não
dá direito ao PSD, nem ao PS, nem ao CDS, de armar a chinfrineira a que hoje
assistimos e amanhã e dias seguintes continuará. Não, porque quem tem telhados
de vidro não deve atirar pedras para os telhados dos outros. O risco que o PSD,
no caso, corre é de o assemelharmos a uma prostituta que critica as outras
apesar de ser muito mais prostituta. Isto a nível de municípios e também a
outros níveis da política e órgãos de representação para que foram eleitos
militantes seus. Governo e AR, para ficarmos por aqui. Ou o PSD quer um
historial de tudo isso? Quantos dos seus – os mais ou menos descobertos – já foram
parar à cadeia? Quantos já se esquivaram a isso por “artes mágicas”. Alguns que
até foi perceptível publicamente. Ministros, ex-ministros, ex-autarcas,
autarcas, militantes “ilustres”… Enfim, a podridão e a desonestidade em tons laranja.
Robles não está a vigarizar ninguém. Não
rouba nada a ninguém. Compram-lhe propriedade sua e da irmã por milhões, não
por cambalachos. Ele não está a trocar a vivenda Mariani por aquela casinha do
Cavaco no condomínio privado da Coelha, nem fez “confusões” com a SISA e o mais
que aconteceu. Isto é só um exemplo. Vendo mais longe ou mais perto outros “negócios”
andam pelas bocas dos plebeus. Verdade, mentira? Pois. É que quem cabritos vende e
cabras não tem de algum lado lhes vem…
Limpinho, limpinho é o caso
Robles. O errado é ele ser um crítico da especulação imobiliária e agora
poder-se dizer com toda a propriedade que pela boca e pela bolsa morre o peixe. Talvez, ainda não é certo. Porém, isso não faz dele um vereador/deputado municipal desonesto por "favores" ou materialmente
(não rouba, nem vigariza) mas sim incongruente e desautorizado a dar
continuidade a criticas sobre a especulação. Até pode dar o lugar a outro, se
quiser os milhões. Ou não, se não os quiser, se deles prescindir. Robles é que
sabe o que fazer. Na pior das hipóteses ele poderá vir a ser desonesto
intelectualmente e politicamente. Nunca um ladrão, um vigarista, como aqueles
que no cardápio do PSD, do PS e do CDS abundam e de que a justiça já deu
provas. Fora outros que têm escapado pelos intervalos da chuva.
Segue-se o caso no ECO e demais
comunicação social. Perspectiva-se "novela" para durar no tempo se Robles não tomar
rapidamente a decisão que deve aos olhos dos que o elegeram: milhões ou
representante dos munícipes? Nunca poderá ser o PSD ou outros dos partidos que
todos nós sabemos a exigir seja o que for. Não têm autoridade moral nem política
para o fazer enquanto partidos políticos "enlameados". Primeiro varram a “casa”, depois
comprovem que está limpinha… Façam por merecer a autoridade moral e política que
falsamente querem aparentar possuir mas que não possuem. Pelo menos até agora,
que se saiba. (PG)
PSD Lisboa pede demissão de
Ricardo Robles após polémica com negócio imobiliário em Alfama
Paulo Ribeiro, presidente da
concelhia de Lisboa do PSD, exige a saída de Robles da Câmara de Lisboa.
Isto depois de ter sido avançado que deverá realizar uma mais-valia de 4,7
milhões com um prédio.
O PSD Lisboa exige a
demissão do vereador do Bloco de Esquerda na Câmara de Lisboa. Um
pedido que é feito depois de o Jornal Económico ter avançado
que Ricardo Robles, um dos maiores críticos da especulação
imobiliária na capital, prepara-se
para realizar uma mais-valia de 4,7 milhões de euros com um prédio em
Alfama.
“O PSD Lisboa exige a demissão do
vereador Ricardo Robles por manifesta falta de
ética, de seriedade e de credibilidade política para permanecer no cargo de
vereador na cidade de Lisboa“, lê-se num documento assinado por Paulo
Ribeiro, presidente da concelhia de Lisboa do PSD.
“Queremos ainda registar que este
caso vem mostrar que os discursos e as posições do Bloco de Esquerda são uma
chocante fraude política que manipula os eleitores e se proclama publicamente
contra a ‘especulação imobiliária’, quando um dos seus principais eleitos faz
negócios milionários à sua custa”, refere ainda o PSD.
"O PSD Lisboa exige a
demissão do vereador Ricardo Robles por manifesta falta de ética, de
seriedade e de credibilidade política para permanecer no cargo de vereador na
cidade de Lisboa.”
PSD
A exigência do partido liderado
por Rui Rio é feita depois de o Jornal Económico ter avançado que Robles,
juntamente com a irmã, terá adquirido em 2014, um velho edifício de três pisos
à Segurança Social. O imóvel, situado na Rua do Terreiro do Trigo, em Alfama,
perto do Museu do Fado, teve um custo de 347 mil euros.
Depois da compra os dois irmãos
terão investido 650 mil euros em obras, tendo chegado a acordo com a maioria
dos inquilinos para rescindir os contratos de arrendamento. Já no final de
2017, com o edifício totalmente reabilitado, e com mais um andar, colocaram-no
à venda numa imobiliária especializada em imóveis de luxo, com uma
avaliação de 5,7 milhões de euros, podendo vir a obter uma mais valia potencial
de 4,7 milhões de euros.
No Twitter, Robles veio dar
mais justificações: “Absolutamente ninguém foi despejado: a única família que
lá vivia, lá continua, agora com casa recuperada e contrato em seu nome, por 8
anos e renda de 170€. Todos os direitos protegidos”.
Rita
Atalaia | Eco
O que estão a dizer os políticos
nas redes sociais sobre o negócio imobiliário de Robles
Redes sociais inundadas com
comentários à notícia de que o vereador da Câmara de Lisboa, Ricardo Robles,
poderá vir a ganhar milhões com um prédio em Alfama.
Ricardo Robles, vereador da Câmara
de Lisboa e um dos maiores críticos da especulação imobiliária na capital, prepara-se para realizar uma mais
valia de 4,7 milhões de euros com um prédio em Alfama. Um negócio
milionário que depressa gerou polémica nas redes sociais, dando
origem a inúmeros comentários, inclusive do próprio bloquista, que quis
explicar o sucedido.
Robles garante, no Twitter, que “a decisão de venda, ainda não concretizada, obedece a
constrangimentos familiares que não dependem apenas da minha vontade. Todas as
minhas obrigações legais, fiscais e de transparência foram cumpridas.”
· 14h
Comprei um imóvel com a minha
irmã, em 2014, como parte de um negócio de família. Absolutamente ninguém foi
despejado: a única família que lá vivia, lá continua, agora com casa recuperada
e contrato em seu nome, por 8 anos e renda de 170€. Todos os direitos
protegidos.
A decisão de venda, ainda não
concretizada, obedece a constrangimentos familiares que não dependem apenas da
minha vontade. Todas as minhas obrigações legais, fiscais e de transparência
foram cumpridas.
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