segunda-feira, 21 de maio de 2018

JORNALIXO - dedicado aos poluidores do costume


Quase sem palavras, porque das vãs somos inundados no dia-a-dia. Se deixarmos até nos entra dessa poluição sonora e visual pela casa a dentro.

Não. Basta de jornalixo!

PG

ANTÓNIO ARNAUT MORREU... E O SNS ESTÁ MORIBUNDO


O estratega e fundador do Serviço Nacional de Saúde faleceu hoje em Coimbra, teme-se que curto tempo antes de ser declarado o óbito do SNS que na atualidade está bastante moribundo, “ás portas da morte”, como popularmente se diz. Chamam-lhe o “pai” do SNS, Arnaut sempre disse que fossem “chamar pai a outro”. Mas a comunicação social tem preferências nos tratos e nas aparentes parangonas de considerações, mimos e homenagens hipócritas.

Manuel Alegre disse, sobre Arnaut, que a melhor homenagem que lhe podiam fazer era salvarem o Serviço Nacional de Saúde. Eram companheiros e muito amigos. Alegre sabe porque o disse. É que Arnaut nos poucos anos que lhe restaram de vida viu com os seus próprios olhos o SNS a definhar, a ser morto por todos os que têm sido governos nos últimos 20 anos. Pelo menos.

Sim. Vejam lá se salvam o SNS, já que o seu fundador assumia-se simplesmente um mortal. Não um mortal qualquer mas sim um homem honesto que se preocupava sistematicamente com os outros e ainda mais com os realmente carenciados. Afinal um socialista, esse sim, era-o. 

Além do luto partidário já declarado António Arnaut merece luto nacional, pelas imensas vidas que salvou através da implementação do SNS e também pela saúde que o SNS devolveu a tantos portugueses.

Infelizmente o SNS que fundou já não existe como o usufruímos ao longo de cerca de 20 anos, pós 25 de Abril de 1974. E vão lentamente matando-o para vantagem  dos interesses privados de uns quantos vampiros sabujos que entre eles repartem os milhões que alimentam as suas ganâncias. O que não aconteceria se o Partido Socialista fosse realmente socialista ao serviço do coletivo. (PG)

Morreu António Arnaut, "pai" do Serviço Nacional de Saúde

O antigo ministro dos Assuntos Sociais António Arnaut, fundador do Serviço Nacional de Saúde e cofundador do PS, morreu esta segunda-feira em Coimbra, aos 82 anos.

António Arnaut, advogado, nasceu na Cumeeira, Penela, distrito de Coimbra, em 28 de janeiro de 1936, e estava internado nos hospitais da Universidade de Coimbra.

António Costa decreta luto partidário

O secretário-geral do PS, António Costa, decretou luto partidário, com a bandeira socialista a meia haste em todas as sedes de país, após a morte do fundador deste partido e antigo ministro dos Assuntos Sociais António Arnaut.

Estas primeiras decisões de António Costa foram transmitidas à agência Lusa por fonte oficial do PS.

O antigo ministro dos Assuntos Sociais António Arnaut, fundador do Serviço Nacional de Saúde e presidente honorário dos socialistas, morreu hoje em Coimbra, aos 82 anos.

Jornal de Notícias com foto de arquivo JN


Afinal houve consciência e decoro

Luto Nacional em homenagem a António Arnaut, ainda em cima referíamos que seria o correto numa república que com decoro homenageia os seus realmente notáveis cidadãos. Nem como se nos ouvisse e a tantos outros Marcelo decretou dia de luto nacional àquele tão importante ser humano e socialista. Afinal houve consciência e decoro.

Deixamos um excerto do constante em Notícias ao Minuto. (PG)

Decretado dia de luto nacional amanhã por António Arnaut

O dia de luto nacional foi decretado pelo Presidente da República.

Na sequência da morte, esta segunda-feira, de António Arnaut, o primeiro-ministro sugeriu ao Presidente da República que fosse decretado um dia de luto nacional em homenagem ao pai do Serviço Nacional de Saúde.

Leia completo em Notícias ao Minuto

Portugal | Um país monotemático


Ana Alexandra Gonçalves* | opinião

Há perto de uma semana que a comunicação social entretém o país apenas com recurso a um tema – uma espécie de novela com um presidente de um clube, depois dos jogadores desse clube terem sido alvo de agressões no seu centro de estágio. Há perto de uma semana que todos os outros assuntos foram relegados para a mais absoluta irrelevância: Palestina e Israel, Coreia do Norte, etc.

Mesmo no que diz respeito à vida interna, o país está em suspenso até segunda-feira, dia subsequente à realização de uma final de futebol.

A classe política essa não se afasta totalmente do futebol porque sabe a importância que aquilo que deveria ser um mero entretenimento tem para a vida de muitos cidadãos. Nessa precisa medida, a classe política não se imiscui de cair na tentação de comentar os assuntos futebolísticos. De resto, o país está também em suspenso na medida em que foi preciso chegar até domingo – dia do tal jogo – para se perceber se Marcelo Rebelo de Sousa iria ou não comparecer à tão ansiada final.

O país, a reboque da comunicação social e despido de uma classe política que resista às tentações do populismo, no que diz respeito ao futebol, cai num único tema e sem que daí saía qualquer espécie de reflexão, tudo encarado num contexto de normalidade.

Na verdade, o que se passou com o clube de futebol nunca foi apenas um caso de polícia, mas um assunto a que toda a pátria diz respeito, sobretudo quando transformado em novela de pacotilha.

*Ana Alexandra Gonçalves | Triunfo Razão

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