No dia 30 de Maio o povo
brasileiro reagiu, mais uma vez, à deriva proto-fascista do governo Bolsonaro.
Mais de dois milhões de pessoas em 116 cidades manifestaram-se contra os cortes
na educação e saúde, assim como contra a tentativa selvagem de privatizar a
Previdência.
Pode-se dizer desde já que os
dias do governo caricato do sr. Jair estão contados. Ainda não se sabe qual
será o desenlace, mas é um facto que ele já perdeu o apoio da classe dominante
que o ajudou a eleger-se. Isso é verdade tanto em relação à classe dominante
interna como à externa (ver The Economist ).
Para o capital financeiro (interno e externo) a saída desejável da crise será um bolsonarismo sem Bolsonaro, que lhe assegure os proveitos de uma Reforma da Previdência e da reforma trabalhista imposta pelo governo Temer. Esta provavelmente seria a "solução" com a simples substituição do sr. Jair pelo vice-presidente, general Mourão.
Mas a verdadeira solução para o
povo brasileiro será varrer toda a gentalha do governo actual. Isso só poderá
ser conseguido com novas eleições, num ambiente democrático, para uma nova
Assembleia Constituinte. Para isso será preciso ultrapassar a política
conciliadora da social-democracia lulista.
Resistir.info
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