domingo, 28 de julho de 2019

Cargueiros retidos no Brasil já rumam ao Irão. Protesto por execuções no Bahrein


Regresso ao Irão de dois cargueiros retidos no Brasil desde Junho

Os dois cargueiros iranianos, retidos desde o início de junho em águas do Brasil, zarparam no sábado rumo ao Irão, depois de abastecidos pela Petrobras, anunciaram as autoridades portuárias.

OSupremo Tribunal brasileiro tinha ordenado, há alguns dias, ao gigante petrolífero brasileiro Petrobras que abastecesse os dois navios, Bavand e Termeh, retidos no país devido às sanções norte-americanas.

A Petrobras confirmou ter abastecido os dois navios, depois de ter explicado que a decisão de não fornecer combustível foi tomada por a companhia proprietária dos cargueiros iranianos estar numa "lista negra" da agência federal norte-americana OFAC, responsável pelas sanções financeiras.

O Irão tinha ameaçado suspender as importações de milho e de outros produtos brasileiros, se a Petrobras não abastecesse os dois cargueiros da empresa iraniana Sapid Shipping, retidos em Paranaguá, desde 08 e 09 de junho, respetivamente.

Este incidente ocorre num momento de agravamento das tensões no golfo Pérsico, na sequência da retirada dos Estados Unidos, em maio do ano passado, do acordo nuclear com o Irão e do reestabelecimento de sanções norte-americanas contra Teerão.

Notícias ao Minuto | Lusa



Irão condena de forma veemente execuções no Bahrein

O Irão condenou hoje veementemente a execução pelo Bahrein de dois jovens xiitas acusados de atos "terroristas", considerando que se trata da repressão de dissidentes.

Os dois jovens foram executados no sábado, apesar dos pedidos de clemência de organizações defensoras dos direitos humanos.

Localizado entre a Arábia Saudita e o Irão, duas potências rivais da região, o Bahrein vive anos de agitação desde 2011 com protestos de xiitas que exigem uma verdadeira monarquia constitucional.

A repressão tem sido forte. Todos os grupos da oposição foram proibidos, centenas de manifestantes foram presos e quase mil pessoas foram destituídas da nacionalidade, segundo grupos de direitos humanos.

Em comunicado divulgado no sábado à noite, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão disse que "condena veementemente a execução de dissidentes políticos" no Bahrein, um país de maioria xiita liderado por uma dinastia sunita.

O Irão falou em "relatos de confissões obtidas sob tortura e julgamentos injustos para as vítimas, bem como pedidos internacionais para que o Bahrein pare as execuções".

O Bahrein, que rejeita regularmente acusações de violações de direitos humanos, nega qualquer medida discriminatória contra os seus cidadãos e acusa o Irão a apoiar dissidentes com o objetivo de derrubar o governo de Manama. Teerão, por seu lado, nega.

Notícias ao Minuto | Lusa

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