Regresso ao Irão de dois
cargueiros retidos no Brasil desde Junho
Os dois cargueiros iranianos,
retidos desde o início de junho em águas do Brasil, zarparam no sábado rumo ao
Irão, depois de abastecidos pela Petrobras, anunciaram as autoridades
portuárias.
OSupremo Tribunal brasileiro
tinha ordenado, há alguns dias, ao gigante petrolífero brasileiro Petrobras que
abastecesse os dois navios, Bavand e Termeh, retidos no país devido às sanções
norte-americanas.
A Petrobras confirmou ter
abastecido os dois navios, depois de ter explicado que a decisão de não
fornecer combustível foi tomada por a companhia proprietária dos cargueiros
iranianos estar numa "lista negra" da agência federal norte-americana
OFAC, responsável pelas sanções financeiras.
O Irão tinha ameaçado suspender as
importações de milho e de outros produtos brasileiros, se a Petrobras não
abastecesse os dois cargueiros da empresa iraniana Sapid Shipping, retidos em
Paranaguá, desde 08 e 09 de junho, respetivamente.
Este incidente ocorre num momento
de agravamento das tensões no golfo Pérsico, na sequência da retirada dos
Estados Unidos, em maio do ano passado, do acordo nuclear com o Irão e do
reestabelecimento de sanções norte-americanas contra Teerão.
Notícias ao Minuto | Lusa
Irão condena de forma veemente
execuções no Bahrein
O Irão condenou hoje
veementemente a execução pelo Bahrein de dois jovens xiitas acusados de atos
"terroristas", considerando que se trata da repressão de dissidentes.
Os dois jovens foram executados
no sábado, apesar dos pedidos de clemência de organizações defensoras dos
direitos humanos.
Localizado entre a Arábia Saudita
e o Irão, duas potências rivais da região, o Bahrein vive anos de agitação
desde 2011 com protestos de xiitas que exigem uma verdadeira monarquia
constitucional.
A repressão tem sido forte. Todos
os grupos da oposição foram proibidos, centenas de manifestantes foram presos e
quase mil pessoas foram destituídas da nacionalidade, segundo grupos de
direitos humanos.
Em comunicado divulgado no sábado
à noite, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão disse que "condena
veementemente a execução de dissidentes políticos" no Bahrein, um país de
maioria xiita liderado por uma dinastia sunita.
O Irão falou em "relatos de
confissões obtidas sob tortura e julgamentos injustos para as vítimas, bem como
pedidos internacionais para que o Bahrein pare as execuções".
O Bahrein, que rejeita
regularmente acusações de violações de direitos humanos, nega qualquer medida
discriminatória contra os seus cidadãos e acusa o Irão a apoiar dissidentes com
o objetivo de derrubar o governo de Manama. Teerão, por seu lado, nega.
Notícias ao Minuto | Lusa
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