A campanha eleitoral para as
presidenciais de 24 de novembro na Guiné-Bissau começa hoje, quando o país vive
mais um momento de grave tensão política, com a existência de dois
primeiros-ministros e dois governos.
Participam na campanha, que vai
decorrer até 22 de novembro, 12 candidatos aprovados pelo Supremo Tribunal
de Justiça.
Na corrida para a Presidência
guineense destacam-se o atual chefe de Estado, José Mário Vaz, o
presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde,
Domingos Simões Pereira, o general Umaro Sissoco Embaló, do
Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), Nuno Nabiam,
presidente da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau e
que também tem o apoio do Partido de Renovação Social, e o antigo
primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior.
José Mário Vaz arranca a campanha
eleitoral no norte do país, em Pitche, Gabu, enquanto Domingos Simões
Pereira escolheu Buba, no sul.
Carlos Gomes Júnior vai fazer um
comício em Bissau.
A candidatura de Nuno Nabiam não
confirmou, até ao momento, nenhuma ação de campanha.
O general Umaro Sissoco Embalo
inicia a campanha eleitoral em Espanha, acompanhado do coordenador nacional do Madem-G15, Braima Camará,
com contactos com a diáspora guineense.
A campanha eleitoral na
Guiné-Bissau começa num ambiente de grande tensão política, tendo o país neste
momento dois governos e dois primeiros-ministros, nomeadamente Aristides Gomes
e Faustino Imbali.
O Presidente guineense deu
quinta-feira posse a um novo Governo, depois de ter demitido o Governo liderado
por Aristides Gomes na segunda-feira.
A União Africana, a União
Europeia, a CEDEAO, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e
as Nações Unidas já condenaram a decisão do Presidente José Mário Vaz de
demitir o Governo liderado por Aristides Gomes e disseram que apenas reconhecem
o Executivo saído das eleições legislativas de 10 de março, que continua
em funções.
O Governo de Aristides Gomes já
disse que não reconhece a decisão de José Mário Vaz, por ser candidato às
eleições presidenciais, por o seu mandato ter terminado a 23 de junho e
por ter ficado no cargo por decisão da CEDEAO.
Hoje chega também ao país uma
missão da CEDEAO para tentar mediar a crise.
Notícias ao Minuto | Lusa
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