A morte do general iraniano
Soleimani está reverberando na região, e o comando britânico destacou militares
do Serviço Aéreo Especial para o Iraque e navios de guerra para o estreito de
Ormuz.
Cerca de 50 membros do SAS foram
agora enviados ao Iraque para ajudar na potencial evacuação de britânicos após
o ataque de um drone americano que matou o general
Qassem Soleimani, chefe da Força Quds de elite do Corpo de Guardiões da
Revolução Islâmica do Irão na sexta-feira (3), segundo o tabloide britânico The Daily Star.
O secretário da Defesa, Ben
Wallace, também ordenou o envio de navios de guerra do Reino Unido para o
estreito de Ormuz, a fim de "tomarem todas as medidas necessárias para
proteger nossos navios e cidadãos", já que o Irão está prometendo
retaliação após o assassinato de Soleimani.
O diário britânico The Times, por
sua vez, citou uma
fonte do governo não nomeada como tendo dito que Londres tem "um plano A e
um plano B e um plano de emergência se tudo começar".
"Nossas forças na região
foram aconselhadas a reorientar-se para uma proteção de força",
acrescentou a fonte.
Entretanto, o Daily Star informou
que a primeira reação do PM Boris Johnson à notícia sobre o presidente dos
EUA, Donald Trump, ter ordenado um ataque aéreo contra Soleimani foi "uma
única palavra expletiva: f***".
"Ele resumiu o que todos nós
sentimos. Foi praticamente a reação de todo o Estado-Maior do Exército
Britânico. Isso veio completamente sem aviso, sem sequer a menor sugestão
dos EUA", disse uma fonte no quartel-general conjunto permanente de
Londres, segundo foi citada pelo jornal.
Alvo antigo
No sábado (4), o diário The
Telegraph informou que em 2007 o então ministro das Relações
Exteriores do Reino Unido, David Miliband, cancelou no último momento um ataque
do Serviço Aéreo Especial (SAS, sigla em inglês) contra Qassem Soleimani depois que ele foi
alegadamente identificado como o cérebro por trás de uma campanha contra as
tropas britânicas em Baçorá, cidade portuária no sul do Iraque.
O jornal citou a fonte como
afirmando que o SAS tinha Soleimani na sua "mira" e estava pronto
para agir após a localização do general de topo iraniano, mas que o então
ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Miliband, havia
cancelado a operação.
O relatório surge devido às
mortes por um drone norte-americano de Soleimani e Abu Mahdi al-Muhandis,
comandante-adjunto de um grupo de milícias xiitas iraquianas, perto do
Aeroporto Internacional de Bagdá na sexta-feira (3).
O presidente dos EUA, Donald
Trump, sugeriu que o ataque foi preventivo e defensivo. O Irão, por sua vez,
apelidou a investida de ataque terrorista e jurou vingança, provocando receios
de uma guerra em grande escala no Médio Oriente.
Sputnik | Imagem: © AFP 2019 / Vano
Shlamov
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