Após Benny Gantz receber tarefa
de criar governo de coligação em Israel, UE teria pressionado o líder político
israelita para rejeitar plano de anexação de Israel do Vale do Jordão, na
Cisjordânia.
O movimento diplomático da União
Europeia seria uma forma de desencorajar Israel de anexar o território também reivindicado pelos
palestinos para a formação de seu Estado soberano.
No mês passado, o líder do
partido centrista Azul e Branco, Benny Gantz, recebeu a tarefa do presidente
israelita, Reuven Rivlin, de formar um governo de coligação.
Entre os assuntos mais discutidos
pelas lideranças políticas do país está a anexação de parte da Cisjordânia, uma das promessas feitas
pelo vencedor das eleições e primeiro-ministro do país, Benjamin
Netanyahu.
Pressão europeia
Por sua vez, durante a corrida
eleitoral, Gantz também havia expressado certo apoio à ideia de anexação, desde
que ela se desse de acordo com a comunidade internacional, a qual
maioritariamente se opõe à anexação.
A oposição teria sido reforçada
por diplomatas da União Europeia durante conversações com a assessora de relações
exteriores de Gantz, Melody Sucharewicz, segundo publicado pelo Canal 13 da
TV israelense.
Durante as conversações, os
diplomatas teriam afirmado que a UE é fortemente contra um movimento de
expansão unilateral da soberania de Israel na Cisjordânia.
Caso tal medida fosse tomada por
Israel, as relações entre Tel Aviv e o bloco europeu seriam afetadas, segundo
os diplomatas.
'Gantz contra a anexação'
Por sua vez, Sucharewitcz teria
dito aos representantes europeus que Gantz tentaria influenciar o governo, caso
ele seja criado, contra a anexação.
Território disputado
Desde a Guerra dos Seis Dias
(1967) Israel detém controle sobre o Vale do Jordão, território também almejado
pelos palestinos.
Além da presença de militares de
Israel, assentamentos judaicos são construídos, o que levanta críticas da comunidade internacional e cria tensões entre
israelitas e palestinos.
Sputnik | Imagem: © AFP 2020 /
Thierry Charlier
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