“Temos de ser o nosso próprio
Plano Marshall”
Em entrevista ao “El País”, Mário
Centeno adiantou que na próxima reunião dos ministros das Finanças da zona
euro, marcada para terça-feira, será discutida a criação de uma linha de
crédito de até 240 milhões de euros, entre outras medidas de apoio aos cidadãos
e às empresas
ntre as propostas que vão ser
discutidas na próxima reunião dos ministros das Finanças da zona euro, marcada
para terça-feira, está a criação de uma linha de crédito de até 240 milhões de
euros, adiantou, em entrevista ao "El País", Mário Centeno. Segundo ele,
há também "uma proposta do Banco Europeu de Investimento com uma garantia
pan-europeia de até 200 mil milhões de euros".
O importante, referiu, é que a
União Europeia "não dependa dos EUA, nem de qualquer outro país".
"Ao contrário do que aconteceu na Segunda Guerra Mundial, não podemos
confiar nos outros para a recuperação. Há quem fale num Plano Marshall, mas o
plano desta vez deve ser financiado pelos países europeus. Somos a nossa melhor
e única linha de defesa". A mensagem do ministro das Finanças português é
clara: "devemos ser o nosso próprio Plano Marshall".
Durante a entrevista ao jornal
espanhol, Centeno lembrou ainda que a Comissão Europeia apresentou, na
quinta-feira, uma proposta, no valor de 100 milhões de euros, para a criação de
uma rede de segurança para os sistemas de proteção ao emprego dos vários países
europeus.
"Há um amplo apoio a este
pacote de medidas", garantiu Centeno, admitindo, contudo, "que é
necessário um maior compromisso por parte dos Estados-membros da UE", até
para garantir que "não se cria um estigma em relação a certos países e que
se respeita o sofrimento dos cidadãos", tanto pelas mortes já ocorridas,
como por causa da crise económica e social. "Se não o fizermos, não
estaremos a honrar os princípios basilares da Europa dos últimos 70 anos. E
isso será um grande erro."
Helena Bento | Expresso | Imagem:
Francois Swalschaerts / Getty Images
Leia em Expresso:
Sem comentários:
Enviar um comentário