Em
agosto de 1949, a
União Soviética testou sua primeira bomba atômica, o que provocou nos Estados
Unidos um profundo sentimento de medo, depois que a chamada guerra fria
transformara os comunistas nos mais perigosos inimigos da sobrevivência do
modelo americano de vida.
Era preciso encontrar rapidamente um culpado para isso. Julius Rosemberg (1918) era o tipo ideal para cumprir esse papel. Judeu americano, comunista, engenheiro elétrico, logo virou suspeito.
Sua mulher, Ethel, também judia e comunista, também seria culpada porque obviamente deveria saber dos segredos do marido.
Era o início do macartismo nos Estados Unidos e valia tudo para condenar o casal.
Um irmão de Ethel, David Greeenglan foi uma das principais testemunhas de acusação.
Julius e Ethel foram condenados à pena de morte.
Apesar de apelos de cientistas e intelectuais do mundo inteiro, inclusive do Papa Pio XII, para que se poupassem as vidas do casal, o Presidente Eisenhower recusou o pedido de perdão e Julius e Ehtel Rosemberg foram executados na cadeira elétrica da prisão de Sing Sing em 19 de junho de 1953. Posteriormente David disse que acusou a irmã para proteger sua família, ameaçada pelo FBI.
Agora, o presidente russo, Vladimir Putin, disse a Oliver Stone, que o casal Rosemberg nada teve a ver com a bomba soviética e que foram os cientistas do projeto americano que passaram as informações aos russos para que o equilíbrio atómico impedisse uma nova guerra mundial.
Marino Boeira* | Pravda.ru
*Marino Boeira é jornalista, formado em História pela UFRGS
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