sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Lutar e defender a democracia em Portugal


Ataques à democracia. Tema preocupante em que a jornalista do Expresso Curto de hoje, Cristina Figueiredo, reflete e chama às primeiras notas da peça que a seguir reproduzimos. Vislumbra-se nela própria preocupação e indignação (contida). 

Todos os democratas de facto estão preocupados e indignados, uns mais contidos que outros. Não é caso para menos. Soltaram o nazi-fascismo que usa por reboque o racismo e tudo de mau que comprovadamente foi provado por Hitler com botas cardadas, mas também por Salazar (entre outros) no Portugal que durante mais de quatro décadas sofreu a almejar e a lutar pela liberdade, pela democracia, pelo Portugal que só em 25 de Abril de 1974 conseguiu libertar-se.

É certo que ao longo dos anos de vigência da democracia lusa assistimos e sofremos na pele e no quotidiano às imposições da democracia deficitária de raiz neoliberal, com imensos laivos de fascismo puro e duro, de racismo descarado e negado como nos tempos salazaristas. Mas ainda resta aos portugueses alguma liberdade, alguns arremessos de democracia. Claro que a própria falta de Justiça demonstra esse mesmo défice de democracia. A permissão aos mais ricos de obterem grandes fortunas com operações assentes nas “lavagens” de dinheiros, nos casos como o exemplo do BPN ou do BES, as corrupções que parecem estar associadas a políticos que como por milagre enriqueceram, etc., demonstram a impunidade que é oferecida a essas seitas milionárias com cumplicidades assombrosas a políticos com cargos exercidos por décadas e que nunca foram associados a roubos e falcatruas. Políticos que ainda hoje “cantam” instalados em bons “poleiros”, transbordando de descaramento e de regozijo estampado nos seus semblantes. Quase todos sabemos quem são. Justiça não tem sido feita. Prevaleceu e prevalece a impunidade. Sobressaem em exemplos mínimos (ou maiores) as ligações dos partidos chamados do “arco do poder” ou “arco da governação” – CDS, PSD, PS. Ainda hoje se presume com toda a propriedade que resta muito dessa aliança malfeitora, assente na corrupção, no conluio e no nepotismo. Tudo isso tem “minado” muito a democracia de facto. Toda essa postura das já referidas elites partidárias é causa e efeito do descrédito da democracia, descrédito do “sistema” – dito democrático (eivado de injustiças). Conduzindo ao avanço de oportunistas populistas extremados no dividir para reinar, por via de discursos e engodos que resultam nos menos avisados e mais inexperientes… Nazis, racistas, fascistas, é o que deixam perceber que são, o que contém em altas doses de extremismo, de ódio, de intolerância, de discursos desonestos e enganadores. Técnicas utilizadas por Hitler e outros nazis, outros racistas, outros fascistas, outros antidemocratas, que comprovaram o seu desprezo pela humanidade, pelos povos. Pelos seus próprios povos.

No computo geral podemos concluir que o recrudescimento do nazi-fascismo em Portugal tem por principais responsáveis todos aqueles que têm sido comprovadamente desonestos. Banqueiros, gestores, grandes empresários, súcias de corruptos e até jornalistas que sob o título de “avençados” foram cúmplices de Ricardo Salgado/BES, lavando e enaltecendo as suas imagens a trocos de umas quantas “migalhas”. Esses e tantos outros que agora mesmo cercam a babujar Ventura e os fascistas/racistas/xenófobos que ocupam a ribalta da política e da destruição da já deficitária democracia em que sobrevivemos.

E perante toda esta realidade, todo este triste cenário, o que fazem os políticos, os pseudo-democratas? Atascam-se cada vez mais no próprio sistema que criaram (para cobrarem vantagens) e que não serve, como deve, a democracia nem as populações despolitizadas, alienadas pelas televisões, pelos jornalistas mangas de alpaca e do jet7 vão de cultura e de saber, também ele alienado e facilmente cativado pelos venturas que por aí pululam à mingua de “tachos”. Sedentos de poderes que eleitores ignorantes ou realmente fascistas e racistas decidem proporcionar-lhes, nesses votando (segundo as sondagens) para mais tarde se virem a arrepender – como aconteceu na Alemanha de Hitler e acontece sempre onde o fascismo, o extremismo, é oferecido de bandeja ou se impõe destruindo a democracia, infernizando a vida dos povos. Aniquilando-os.

Este tem sido, é, um Curto muito longo. Em abordagem superficial mas longo, comparado com o que habitualmente é prática do PG.

A seco, despedimo-nos. Sejamos tolerantes mas não parvos, nem ignorantes, nem portadores de ilusões. A democracia tem muitos defeitos mas… não conhecemos sistema melhor. Importa corrigir sempre as suas imperfeições, os seus aspetos deficitários. Elevá-la ao estágio em que na realidade sirva de facto  os interesses da maioria e não de elites e minorias que enganando, mentindo, obtêm os poderes para servirem sobretudo clientelas, súcias de oportunistas desonestos que aumentam exponencialmente ao longo de décadas, formando a teia parasitária que desacredita a democracia e o Estado de Direito.

Resta-nos defender e lutar pela democracia, pelas liberdades, pelo exercício dos direitos constitucionais em vigor. Democracia de facto, sempre!

Bom dia. Clique para o Curto.

SC | PG

 

Bom dia, este é o seu Expresso Curto

Assim começa o mal

Cristina Figueiredo | Expresso

Roubo descaradamente o título do romance de Javier Marías para introduzir o tema que escolhi para encimar as notícias deste 14 de agosto, dia em que se celebra a liberdade e a independência (terá de chegar ao último parágrafo da newsletter para perceber porquê), valores que tomamos por adquiridos mas que continuam a ter de ser defendidos todos os dias. A notícia já é de quarta-feira ao final do dia: num email assinado pela Nova Ordem de Avis e pela Resistência Nacional e enviado à SOS Racismo e à Frente Unitária Anti-Fascismo, dez pessoas - entre elas três deputadas - e respetivos familiares foram ameaçadas de morte por serem antirracistas e antifascistas.

O ato (que se sucede a uma manifestação Ku Klux Klan, no sábado, em frente à SOS Racismo) foi condenado por todos os partidos, Governo, presidente da Assembleia da República e Presidente da República. E já está a ser investigado pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária (hoje soube-se que o Governo propôs proteção policial às três deputadas). Mas merece especial reflexão de todos nós. Dir-se-ia que "ser antirracista e antifascista é estar do lado certo da vida, do país, da História". Mas então "como pode a decência vencer a intimidação?" . O Expresso fez a pergunta a 39 personalidades. Destaco a resposta da escritora Dulce Maria Cardoso: "O ódio é viral. Aprendemos com a pandemia que se nos demorarmos a localizar e a neutralizar um vírus, ele espalha-se tragicamente. Não podemos permitir que isso aconteça com o ódio."

Também podia citar Hannah Arendt: "A triste verdade é que os maiores males são praticados por pessoas que nunca se decidiram pelo bem ou pelo mal". Ou Martin Niemöller: "Quando os nazis vieram buscar os comunistas, fiquei em silêncio: eu não era comunista. Quando prenderam os sociais-democratas, fiquei em silêncio: eu não era social-democrata. Quando vieram buscar os sindicalistas, fiquei em silêncio: eu não era sindicalista. Quando vieram buscar os judeus, fiquei em silêncio; eu não era um judeu. Quando me vieram buscar, já não havia ninguém que pudesse protestar". Mas talvez não seja preciso ir aos "clássicos". Rui Tavares, no Público, diz tudo, em três palavras apenas: "Passividade é cumplicidade". Se deixamos que o mal comece, é impossível prever se (e onde) acaba.

OUTRAS NOTÍCIAS, CÁ DENTRO...

Os últimos números da Covid não são animadores. Ontem registaram-se 325 novos casos, o número mais elevado desde 16 de julho. O Jornal de Notícias revela que já houve mais de 500 detidos por violarem as regras impostas pela Covid. O Público adianta que o gabinete para a supressão da doença em Lisboa e Vale do Tejo vai reforçar a vigilância em seis concelhos. O Conselho de Ministros, aliás, decidiu manter por mais quinze dias a situação de contingência na Área Metropolitana de Lisboa, ainda que com ligeiro alívio das medidas, na prática traduzido no endossamento às autarquias da responsabilidade de definir os horários do comércio e serviços. Uma decisão que "sabe a pouco, mas é um primeiro passo no caminho da normalidade", diz ao Expresso o presidente da Associação Portuguesa de Centros Comerciais.

O Governo não pode proibir a Festa do Avante, assumiu ontem a ministra da Presidência, socorrendo-se da Constituição (nem precisava ir a tanto: a resolução de conselho de ministros que definiu os termos de realização dos festivais de verão ou similares, excetua expressamente os eventos políticos). O ónus ficou assim claramente do lado do PCP, que ao contrário dos seus congéneres italiano e francês, não desiste de concretizar aquele que é o seu maior evento (e, também por isso, uma das suas principais fontes de receitas). Ontem, depois de um comunicado curto e grosso a acusar Rui Rio de "má-fé e desonestidade política" (o líder do PSD comparara, num tweet, a lotação da Festa com a dos estádios de futebol) e enquanto aguarda o parecer da Direção Geral de Saúde às condições de realização da Festa, o partido anunciou mais regras de segurança e higiene: o uso de máscara será obrigatório em todo o recinto e só decorrerão eventos ao ar livre. O Presidente da República assumiu que está à espera de saber o que diz a DGS para, então sim, se pronunciar.

Tema sobre que Marcelo Rebelo de Sousa não precisou de esperar por mais nada senão por uma pergunta dos jornalistas, foi sobre o fim dos debates quinzenais. A alteração ao Regimento da Assembleia da República não carece de aprovação presidencial mas se acaso carecesse... tinha chumbado, assumiu o Presidente, que não gostou que o Parlamento passasse "do 80 para o 8". Na semana em que vetou três diplomas (à medida que se aproxima do fim do mandato, Marcelo parece estar a aligeirar o uso, até aqui parcimonioso, deste poder presidencial), dois dos chumbos foram sobre leis que regulam o funcionamento da Assembleia da República (ambas aprovadas por acordo entre PS e PSD). Sobre a diminuição dos debates com o primeiro-ministro sobre temas europeus (que passaram para apenas dois), porque a solução encontrada não foi "feliz": "a leitura mais óbvia do ora proposto é a da desvalorização dos temas europeus e do papel da Assembleia da República perante eles". Sobre a exigência de as petições passarem a ter 10 mil assinaturas (até aqui bastavam 4 mil) para serem discutidas em plenário, considerou Marcelo que "num tempo já complexo para a reforma e a atualização dos partidos políticos e de aparecimento de fenómenos inorgânicos sociais e políticos de tropismo anti sistémico, tudo o que seja revelar desconforto perante a participação dos cidadãos não ajuda, ou melhor, desajuda a fortalecer a Democracia". E assim voltamos ao tema que encima este Curto...

... E LÁ FORA

Infelizmente, e assim há-de continuar a ser por sabe-se lá quanto tempo, ainda a Covid. Em Espanha o número de novos casos disparou: ontem foram registados quase 3000 (mais de 800 só em Madrid), valor que já não se registava desde finais de abril. As autoridades de Saúde desvalorizam (a percentagem de assintomáticos é superior a 50% e os casos estão a ser detetados precocemente, dizem), mas um conjunto de sociedades médicas enviou ontem um comunicado para os jornais alertando para a possibilidade real de um novo colapso do sistema público de saúde caso não sejam tomadas medidas. França, Malta e Holanda voltaram à lista negra do Reino Unido (onde Portugal se mantém), o que significa que todos os que vierem desses países têm de cumprir uma quarentena de 14 dias. No Brasil os números continuam a ser aterradores: 1262 mortos e mais de 60 mil novos infetados num só dia. O México e o Perú superaram a fasquia do meio milhão de casos (cada um). Nos EUA, o New York Times analisou as estatísticas e acredita que o verdadeiro número de mortes por Covid 19 já ultrapassou as 200 mil. Em todo o mundo as vítimas mortais já são mais de 755 mil.

Pandemia à parte, a grande notícia internacional continua a ser o inesperado acordo, anunciado ontem à tarde, entre Israel e os Emirados Árabes Unidos (com mediação dos EUA), que traz renovada esperança ao tumultuoso processo de paz do Médio Oriente. A normalização das relações entre os dois países tem como consequência imediata a suspensão (que não o cancelamento), por parte de Israel, dos planos de anexação de territórios da margem ocidental do rio Jordão. É um acordo "histórico", classificou Benjamin Nethanyahu, o primeiro-ministro israelita que assim pode (momentaneamente) descansar da luta contra as acusações de corrupção que o têm vindo a desgastar. António Guterres, secretário-geral da ONU, vê aqui uma oportunidade para o retomar das conversações israelo-palestinianas. Mas nunca nada é assim tão simples: a Autoridade Palestiniana já considerou que o acordo é uma "traição" à causa e pediu uma reunião de emergência da Liga Árabe para o denunciar.

Ainda naquela zona do planeta, o Ministério Público libanês dá hoje início ao interrogatório de antigos e atuais ministros para apurar responsabilidades sobre o nitrato de amónio acumulado no porto de Beirute e que explodiu há mais de uma semana, provocando a morte de quase 200 pessoas, ferimentos em mais de 6000 e a destruição de parte substancial da cidade.

Os últimos desenvolvimentos no Líbano serão, de resto, um dos temas da reunião extraordinária de ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia que tem hoje lugar (por videoconferência). Os migrantes que atravessam o Mediterrâneo e as presidenciais na Bielorússia também constam da agenda do encontro.

O Leipzig ganhou ao Atlético de Madrid por 2-1 e junta-se assim ao PSG nas meias-finais da Liga dos Campeões. O português João Félix marcou pelos madrilenos ao minuto 70, mas a sua energia não chegou para virar o jogo, como conta o Diogo Pombo. A Tribuna entrevistou Julian Nagelsmann, o treinador da equipa vencedora. Hoje, às 20h, há novo confronto hispano-alemão: jogam Barcelona e Bayern de Munique. Amanhã é a vez do Manchester City enfrentar o Lyon (também às 20h).

FRASES

"Quando as instituições começam a fechar-se porque acham que há debates a mais há qualquer coisa que não é boa para a democracia"
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, sobre o fim dos debates quinzenais

"Vir a pensar que se cria no Parlamento uma crise política porque os partidos que trabalharam juntos durante cinco anos não têm capacidade para se entender nesta altura... acho incompreensível. E nem sequer concebo"
Pedro Siza Vieira, ministro da Economia

"Há afirmações tão ridículas que só podem assentar numa aversão sem limites ao PCP e à sua luta pelos direitos dos trabalhadores e do povo"
Gabinete de Imprensa do PCP, em resposta a um comentário de Rui Rio sobre a Festa do Avante

"Não tenho dúvida que escolhi a pessoa certa"
Joe Biden, candidato democrata às presidenciais nos EUA, sobre a sua candidata a vice-presidente Kamala Harris

“Agora que se quebrou o gelo, espero que mais países árabes e muçulmanos sigam o exemplo dos Emirados"
Donald Trump, presidente dos EUA, sobre o acordo entre Israel e os Emirados Árabes Unidos

"Um dia histórico"
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelita, sobre o mesmo acordo

O QUE ANDO A LER...

Saiu já em 2015, no âmbito da coleção Retratos da Fundação (Francisco Manuel dos Santos), e lê-se num instante (literalmente em pouco mais de uma hora). Com "Aleluia", o escritor (e cronista, todas as quintas-feiras, no Expresso) Bruno Vieira Amaral percorre os misteriosos (e por vezes tortuosos) caminhos da fé e da espiritualidade, socorrendo-se sobretudo dos testemunhos de pastores e fiéis das muitas igrejas não católicas que pululam pelo país. Para concluir isto, com que eu não podia estar mais de acordo: "A fé não almeja apenas um lugar no Céu ou num paraíso futuro na terra. A fé também é uma maneira de as pessoas encontrarem o seu lugar neste mundo, neste tempo. Não é só poesia, é prosa".

... A VER...

Os Durrell, todos os dias, pelas 22h, na RTP 2. Já tinha passado em 2019, está de volta desde segunda-feira. São 26 episódios, distribuídos por quatro temporadas. A série da BBC inspirou-se na "Trilogia de Corfu", do naturalista Gerard Durrell, que descreve os quatro anos - entre 1935 e 39 - em que a sua família (a mãe - viúva - e os quatro filhos, sendo Gerard o mais novo e o mais velho o escritor Lawrence Durrell) viveu naquela ilha grega. O resultado é, na feliz expressão que li a alguém, uma espécie de "Verão Azul para adultos", com o mesmo Mediterrâneo e idêntica candura da série espanhola dos anos 80, mas aqui sublimados pelo certeiro e corrosivo sentido de humor britânico. Imperdível.

Se fosse vivo, Federico Fellini faria 100 anos. No cinema Nimas, em Lisboa, há cópias digitais restauradas de quatro dos seus maiores filmes para rever no grande écran e assim assinalar a efeméride: La Dolce Vita, A Estrada, Fellini 8 1/2 e Julieta dos Espíritos vão estando em exibição até 2 de setembro. Jorge Leitão Ramos escreveu há duas semanas na revista do Expresso sobre esta celebração do "homem que queria ser jornalista" e, visionário como só os génios podem sê-lo, acabou por se tornar num dos maiores cineastas de sempre. La Dolce Vita, que vi na semana passada, já tem 60 anos desde que foi exibido pela primeira vez mas ninguém diria, tão atuais são as temáticas que aborda. E como é redutor, injusto mesmo, recordá-lo apenas pela (ainda que belíssima) cena de Anita Ekberg a banhar-se na Fontana di Trevi.

... E A OUVIR

Alma Nuestra, de Salvador Sobral, preparando-me para o concerto a que vou assistir na próxima semana no Teatro Maria Matos, em Lisboa. São sobretudo boleros de autores latinos, território que o português começou a desbravar em 2011, quando vivia em Maiorca, e a que dá a sua interpretação única, no registo jazzístico que é "a sua praia". Salvador deu esta semana uma entrevista onde revela que o seu próximo disco (previsto para março de 2021) só terá canções compostas por si próprio. "Ya no tengo nada que esperar", diria (cantaria) ele. Eu, dele, não espero menos que "mucho".

Faz hoje 635 anos que a História de Portugal dava a guinada que nos conduziria ao aqui e ao agora: em Aljubarrota, não muito longe de Leiria, as tropas portuguesas comandadas por D. João I e D.Nuno Álvares Pereira derrotavam o exército castelhano, assim proporcionando "definitivamente a consolidação da identidade nacional, que até então se encontrava apenas em formação" e permitindo-nos ser uma "nação livre e independente", como se lê no texto sobre a batalha disponibilizado no site da Fundação Aljubarrota. Na Batalha é feriado municipal (com direito a sessão solene a partir das 18h). Mas essa liberdade e essa independência, os tais valores de que lhe falava no primeiro parágrafo, temos de as celebrar todos os dias, começando por pensar pelas nossas cabeças, não deixando que outros o façam por nós. Não é por acaso que um dos slogans do Expresso é "liberdade para pensar". A qualquer hora, aqui. Amanhã também em edição semanal nas bancas. Tenha um dia bom.

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