Pequim, 30 set 2020 (Lusa) -- A China confirmou hoje oficialmente a detenção, em agosto passado, de 12 ativistas pró-democracia que tentavam fugir de Hong Kong, a bordo de uma embarcação, em direção a Taiwan.
Os 12 ativistas pró-democracia, que incluem o estudante universitário Tsz Lun Kok, com dupla nacionalidade chinesa e portuguesa, foram detidos em 23 de agosto pela guarda costeira chinesa, por suspeita de "travessia ilegal", quando se dirigiam de barco para Taiwan, onde se pensa que procuravam asilo político.
O grupo foi intercetado a cerca
de
Desde então, o paradeiro destes ativistas no sistema jurídico chinês era incerto, com os respetivos advogados a relataram dificuldades em estabelecer contacto com os detidos.
As famílias dos ativistas também manifestaram preocupação face às escassas informações sobre o destino dos detidos.
Várias semanas após a detenção, a procuradoria do distrito de Yantian, em Shenzhen (sudeste da China, cidade que liga Hong Kong ao territorial continental chinês), confirmou hoje que os ativistas estão detidos e que está em curso uma investigação.
Alguns destes ativistas estavam a
ser acusados e processados
Esta ex-colónia britânica dispõe do seu próprio sistema judicial, mas, em junho passado, Pequim promulgou uma nova lei de segurança nacional, cujos termos permitem antever uma condenação quase garantida destes ativistas.
Promulgada em 30 de junho pelo
Presidente chinês, Xi Jinping, a nova lei permite punir quatro tipos de crimes
contra a segurança do Estado: atividades subversivas, secessão, terrorismo e
conluio com forças estrangeiras que ponham em risco a segurança nacional
A comunidade internacional,
incluindo os Estados Unidos e a União Europeia, além de diversas organizações
não-governamentais (ONG), expressaram o receio de que a lei sirva para
silenciar vozes críticas
SCA // ANP
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