Bom dia. Boa semana. Cuide-se porque andam por aí “animais” à solta que nem acreditam no covid-19 e seus efeitos devastadores para os mais fragilizados por avanço na idade ou por doenças que os fragilizam. Para esses a morte é certa.
Talvez por isso há - quem manda nesta “orquestra” – os que querem radicalizar as medidas de controle covid-19. Não só em Portugal mas um pouco por todo o mundo. No final são medidas que nada têm que ver com democracia mas sim com ditadura. Direitos, liberdades e garantias passam a letra morta nas constituições. Em Portugal está a haver uma luta para que não aconteça tal… Mas já está a acontecer, seus tolos e tolas! É muito ténue a linha que separa a ditadura da democracia, ainda para mais da democracia de faz-de-conta em que o ocidente sobrevive. Politiquices que tramam os plebeus em beneficio dos reis do patronato, dos vigaristas dos políticos a governar por conta desses tais. Olhem a CIP, por exemplo, sempre a queixar-se. Ainda estamos para saber se há grandes empresários e medianos que estejam alguma vez com fome, com frigorifico vazio. Não. Mas os que sustentam esses da 'boavaiela', da exploração, os trabalhadores, sobrevivem a custo. Tantas vezes a muito custo. Por vezes nem sobrevivem… E os políticos dos grandes partidos e dos pequeninos mas que dão jeito? Ora. Também se safam. Quase sempre bem. Há sempre uns bónus dos mais fornecidos do tal capital para todos. Chamam-lhes “doações”… Ich! O tanas! Corrupção, é o que é. Maior ou menor mas sempre corrupção.
Portas. Paulo Portas. Ele anda a aparecer... A meter a cabeçinha malandra e a emitir cu-cus... Olá, senhor ilustre Submarinado Apandurado! Seja mal aparecido!
Que raio de conversa aqui está. Adiante.
Visto isso e mais prosa dá para perceber que hoje o dia está muito cinzentão e que o teclado foge para a verdade sem dó nem piedade. Os más-línguas já dizem que isso é costume da nossa parte. Pois. Não temos culpa de ver e escutar esses tais de líderes disto e daquilo a encherem-se nos alforges bancários, paraísos do dólar e do euro chamados offshores. Off coisa nenhuma mas sim um intermediário em que depositam o produto dos seus roubos e dos seus ganhos tantas vezes na vigarice e no furto puro e duro.
Portas na edilidade de Lisboa? Chiça. Dá para fazer fotocópias... de notas? O melher é meter trancas ao Portas. Dito.
Que desconversa fiada que se aprontou aqui. Decerto porque estamos tesos e somos dos que às vezes passamos fome. E por isso vergonha? Não. Os que nos vigarizam e nos roubam é que a devem ter… Essa tal de vergonha. Mas não. Sabemos que não. Ocupam o lugar da dita com descaramento e ganância. Filhos das patas que os puseram. Yes!
Não estamos para incluir aqui mais tristezas… Triste ainda parece que é a volta do Portas Submarinos e Pandures. Isto é uma pândega! Fazem uma pausa e depois reaparecem a “atacar” os trouxas dos cidadãos… via cofres do ben-público,
Está dito, depois de tantos anos a sentir e a sermos vítimas dos quejandos sevandijas.
Bom dia. Cuidado com a sua vida, não descurando a saúde. A saúde não devia ter preço mas… Tem. Vergonhosamente é um negócio dos que parecem uma árvore das patacas… Até há médicos e outros na saúde que deviam de ser assumidos banqueiros. Mas a maioria desses andam à côdea. Atchim.
Fique a desfrutar o Curto com Vitor Matos. Mais valia da Impresa do tio Balsenão. Não? Ou mão? Ai esta memória… Pois.
MM | PG
Marcelo, o radical consensual. Portas, o marcelista moderado
Vitor Matos | Expresso
Bom dia!
O Presidente quer cerzir. Na vida, Marcelo Rebelo de Sousa foi sempre de fazer
pontes, mas em Belém procura o impossível. “Soluções mais radicais ou são
consensuais ou são um fracasso”, dizia ao Expresso na edição deste sábado, uma
frase que comporta a sua própria negação: as soluções quando são radicais por
definição não são consensuais. Marcelo e Costa já falaram da “solução radical”,
o retorno ao estado de emergência, resta saber para que tipo de
restrições, uma vez que o confinamento está fora de causa e que a boa vontade
política acabou. Não teremos os líderes de mãos dadas em uníssono contra a
segunda vaga da pandemia. Mas percebe-se o que o Presidente quer dizer: sem
consenso no topo do Estado dificilmente haverá harmonia de comportamentos na
base social. Por isso, o esforço de Marcelo para juntar contrários começa hoje,
ao receber
os responsáveis pela Saúde: começa pela ministra Marta Temido, com quem tem
tido discordâncias públicas - quanto ao papel dos privados ou à possibilidade
de confinamentos pontuais -, e recebe também bastonário e ex-bastonários dos
Médicos que têm estado em contramão com a ministra, assim como outros parceiros
sociais do setor. Veremos no que dá este primeiro passo.
Este tipo de posicionamento mereceu elogios na entrevista de Paulo
Portas ontem ao “Público”, que convém guardar para reler daqui a uns
anos. O ex-líder do CDS faz o mais importante endorsment da
direita a Marcelo Rebelo de Sousa. Nem Rui Rio o tinha feito nestes termos, nem
Pedro Passos Coelho o faria assim, muito menos Francisco Rodrigues dos Santos.
Portas surge como personalidade federadora da direita, à revelia de
radicalismos e em contraste com a gritaria que para aí vai: compreende a ação
de Marcelo, faz críticas ligeiras e enaltece o Presidente por defender pontos
de vista caros à direita (como o papel do mercado e dos privados). A frase “Marcelo
está do lado certo das coisas” mete as reservas de ‘Chicão’ no bolso,
secundariza as declarações de circunstância de Rui Rio e arruma Ventura. Para
memória futura fica o registo: daqui a cinco anos Portas estará no
cardápio da direita para Belém, com uma posição suficientemente moderada para
se apresentar preparado para o coabitar com governos de esquerda, à imagem de
Marcelo. Para segundas leituras fica a ausência de comentários à situação do
CDS e da direita em geral, sobretudo a omissão de qualquer análise ao fenómeno
do Chega. Não é o momento de fragilizar a liderança.
Voltemos a Marcelo e à decisão radical. Será possível controlar a pandemia
sem ser preciso decretar o estado de emergência? Talvez o Presidente possa
ter como guia estas dicas de Baltazar
Nunes, epidemiologista do Instituto Ricardo Jorge, que responde às
perguntas que todos fazemos: sem confinamento, como se trava a evolução
dos casos? A curva começa a ser preocupante, pois Portugal regista maior
subida de internamentos desde 16 de abril. Esta semana, a média diária foi
de 1892 casos, a pior semana
Para já, se o uso mais generalizado de máscara não tem gerado controvérsia, a obrigatoriedade
da aplicação Stayaway Covid tem sido uma novela - uma
decisão “absurda” classificou ontem Luís Marques Mendes na SIC - com
socialistas e governantes com posições públicas suficientemente vincadas para
António Costa poder recuar sem perder a face. Depois de o próprio líder do PS
ter reconhecido que falhou
na comunicação da medida (“deve ter sido [infeliz] porque foi mal
compreendida”, disse no sábado), ontem foi a vez da ministra da Administração
Pública, Alexandra
Leitão, assumir que é contra a obrigatoriedade da aplicação, numa
entrevista à Antena 1.
Tanto tempo à espera… e agora, mais de 20 anos depois do último Grande Prémio
do Estoril, quem vai poder ver a corrida de Fórmula 1 no autódromo de
Portimão? Dos 46.000 bilhetes colocados à venda, só
27.500 deverão poder assistir ao Grande Prémio de Portugal. A esperança de
Paulo Pinheiro, o administrador da pista algarvia, é que as desistências de fãs
estrangeiros permitam que a lotação definida pela DGS chegue para os
portugueses.
No resto do mundo, a pandemia continua a agravar-se, já são mais de 1,1 milhões
de mortos e 40 milhões de infetados: os EUA
e o Peru são os piores casos. A pandemia de covid-19 matou pelo
menos 1.111.152 pessoas e infetou quase 40 milhões desde dezembro,
incluindo um influencer ucraniano que por várias vezes negou a existência da
doença nas redes sociais. “Eu
pensava que a covid-19 não existia… até ter ficado doente”, escreveu.
Morreu aos 33 anos.
OUTRAS NOTÍCIAS
Se o Presidente da República pede consenso para soluções radicais, então que
dizer do Orçamento do Estado que é tudo menos radical e que talvez por
isso não consiga atrair os parceiros para o consenso necessário à aprovação?
Depois da dramatização da semana passada, em que o Bloco esteve praticamente
fora de jogo, amanhã recomeçam
as negociações com PAN, BE e PCP. Ontem, Catarina Martins respondeu a
Costa: se
garantir a contratação de médicos, “mas se garantir a sério” e se
“responder a quem fica desempregado, se responder a sério” e tiver rigor
nas contas públicas, “de certeza o BE viabilizará”. Uma pergunta: deixa cair o
Novo Banco? É que nessas declarações omitiu o elefante na sala. Já
Jerónimo de Sousa quer mais medidas para os jovens, e apesar de atacar
as “políticas de direita” reconhece aspetos “positivos “em
algumas áreas” do orçamento.
No rasto de outros orçamentos, a história faz manchete no
“Público”: Os colégios com contratos de associação sofreram uma derrota em
toda a linha na guerra jurídica que desencadearam contra o Ministério da
Educação em 2016: as 55 decisões judiciais foram favoráveis às posições do
Governo.
Com tempestade no Orçamento, vai chegar-nos Bárbara, não a santa, com muita
chuva e ventos fortes: em comunicado, o Instituto Português do Mar e da
Atmosfera anunciou a
aproximação e os efeitos da depressão Bárbara que serão jsentidos a
partir da tarde de hoje e até ao final de terça-feira. Proteja-se.
Não é um anticiclone, mas é nos Açores: 3500 eleitores já
votaram antecipadamente para as eleições regionais do próximo domingo.
Pode ler aqui a reportagem publicada no Expresso deste sábado sobre a primeira
campanha da era covid em Portugal, da Sara Sousa Oliveira
Por falar em clima, não esteve lá muito bom no Estádio de Alvalade no fim de mais
um clássico controverso que acabou com o empate a dois entre o
Sporting e o FC Porto este sábado. Com os rivais empatados, a ventania do Benfica deu
ontem três a zero ao Rio Ave, com reparos de Jorge
Jesus que quer mais da equipa e a aceitação
da derrota por parte de Mário Silva.
Nas duas rodas, na velocidade, Miguel Oliveira ficou apenas no 16º lugar no
MotoGP de Aragão. O
piloto português não conseguiu terminar nos pontos. Mas nas duas rodas
em que mandam as pernas, o português João Almeida continuou de camisola
rosa no Giro de Itália, depois de uma dura prova de montanha. O português
pedalou sozinho durante muito tempo, foi o quarto mais rápido e conseguiu
manter a liderança para entrar na terceira semana da prova com vantagem.
LÁ FORA...
Donald Trump é o “Radicalizador em chefe”, segundo a descrição de Jesse
Wegman, membro do editorial board do “The New York Times”, neste
artigo sobre como o Presidente norte-americano incentivou a ação de 13
homens que planearam o rapto de Gretchen Whitmer, governadora do Michigan e que
foram presos a semana passada. Para se impressionar com o assunto, é obrigatório
ler esta reportagem do Ricardo Lourenço, correspondente do Expresso
nos Estados Unidos, publicada no jornal de sábado sobre essa extrema-direita
armada e racista que Trump não condena e os teóricos da conspiração do
QAnon cujos tweets o Presidente partilha. Os ventos estão cada vez mais
perigosos, a poucas semanas das eleições.
Perante tudo isto, pelo menos o Facebook parece estar a mudar e já rejeitou
2,2 milhões de anúncios que pretendiam obstruir eleições nos EUA. Numa
entrevista ao semanário francês "Jornal du Dimanche", o
vice-presidente da Facebook para as relações públicas e comunicação, Nick
Clegg, disse que "foram lançados alertas sobre 150 milhões de informações
falsas verificadas por meios de comunicação independente".
Em França, houve ontem manifestações de
reação ao crime hediondo sobre o professor de História que foi decapitado por
ter mostrado as caricaturas de Maomé. Vale a pena ler a crónica de hoje do Rui
Tavares no “Público”, também ele professor de História: “Como Samuel Paty, sou
historiador, e já
dei aulas sobre a história da censura e liberdade de expressão nas
quais não poderia deixar de incluir as caricaturas de Maomé”. Enquanto isso, do
outro lado da Mancha, um homicida que enfrentou um terrorista na London Bridge,
em Londres, recebe
um perdão de Isabel II: Steven Gallant, de 42 anos, que tinha sido
condenado em
Entretanto, na Bielorrússia continua a haver manifestações contra
o presidente Lukashenko e houve mais de 100 detidos. Esta ação de protesto
é a primeira em grande escala desde o ultimato dado ao presidente no poder
desde 1994, pela principal figura da oposição Svetlana Tikhanovskaïa.
Na Bolívia, o delfim de Evo Morales assumiu a vitória nas presidenciais e diz
que democracia voltou ao país. Depois de uma sondagem à boca das urnas
indicar que ganhou as eleições para a presidência à primeira volta, Luis Arce
anunciou "um Governo de unidade nacional".
Uma boa notícia, haja uma: a Microsoft desenvolveu uma máquina
com inteligência artificial que permite localizar o lixo presente nos
oceanos e associa-se ao projeto “The Ocean Cleanup”, cujos navios
coletores removem das águas 68 toneladas de resíduos flutuantes todos
os anos.
FRASES
“Quando a pandemia for usada para asfixiar a vivência democrática, a única
resposta proporcional será a desobediência civil.”
M. Patrão Neves, professora catedrática de Ética, “Público”
“Basta ver o Orçamento de Estado para se perceber que o governo evoluiu a sua
posição para acomodar parcialmente as exigências do BE. Parece-me que o Bloco
está a ver mal a situação atual”.
Paulo Trigo Pereira, economista, ex-deputado do PS, “Observador”
O QUE ANDO A LER
O economista Paulo Trigo Pereira, que na legislatura anterior foi deputado
do PS e depois não inscrito, escreveu um livro publicado esta semana na linha
do que se vai fazendo "lá fora" sobre os defeitos do sistema que
merecem correção, enquanto os populismos crescem. "Democracia
em Portugal - como evitar o seu declínio" (Almedina) é uma
reflexão de quem esteve por dentro do sistema a vê-lo de fora.
Entre os vários problemas que vai apontando ao longo do livro, enquanto dá
exemplos da experiências que viveu na Assembleia da República - desde a forma
como está a ser legislada a eutanásia à maneira atabalhoada como os partidos
trabalharam na reforma das transparência - Trigo Pereira aponta para "a
fraqueza dos partidos e da sua formação de quadros" como um
"problema solucionável, mas que deve ser olhado de frente".
Imagina-se a perplexidade com que este académico deve ter ficado perante a
qualidade de muitos dos seus colegas deputados, quando aponta a
"inexistência de think tanks partidários que produzam verdadeiro
pensamento ou debate”. Nesse caso não seria preciso recorrer aos independentes
produtores de ideias, como aconteceu recentemente com António Costa Silva.
Outra das preocupações do economista é a crescente fragmentação política com as
respetivas consequências: a instabilidade. “Não é realista pensar em
estabilidade política com governos minoritários e sem existirem coligações formais
ou acordos escritos que sustentem a governação. O que ainda é mais verdade
em tempos difíceis como os em que vivemos”, escreve o autor numa análise que
encaixa como uma luva nas semanas que estamos a viver de impasse orçamental e
ameaças de crise política. Trigo Pereira fala ainda da necessidade de se mudar
a lei eleitoral para aproximar eleitos e eleitores - uma das suas causas
pessoais -, aponta a complexidade e entorses do processo orçamental e critica a
reforma das CCDR, como uma uma realidade "inacabada e desconjuntada.”
Fica a recomendação de leitura, espero que comece bem a semana em que o outono
finalmente começa com modos de inverno. Tenha um bom dia e continue a seguir o
Expresso, a Tribuna e a Blitz.
Sugira o Expresso Curto a um/a amigo/a
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