domingo, 25 de outubro de 2020

Portas de Portugal | Com os olhos postos nas portas de Belém 2026

Mas em Belém também vão haver submarinos e pandures? E fotocopiadoras? E Adolfos Dias?

Tanto quanto se sabe e é objeto de conhecimento aqui no texto (parcial) do Expresso (a seguir), Paulo Portas anda com os olhos no cargo pós Marcelo. Portas presidente da República em 2026, quem diria.

Há os que já dizem “olha o passarão”, com um sorriso travesso. Há ainda os que estão estupefactos porque “em Belém não se compram submarinos nem pandures todo-o-terreno, quanto muito uma ou outra fotocopiadora, milhentas resmas de papel e carradas de toner, alegam. Será? É que trafulhices e Adolfos Dias com cheques chorudos talvez também caibam em Belém para os adeptos do “nunca digas nunca”.

Certo é que, independentemente do que comentam os irónicos e os detratores da evidência seguidamente exposta, parece que Paulo Portas está mesmo focado no palácio presidencial e ali ser seu residente e mandante após o segundo mandato de Marcelo Rebelo de Sousa, já dado por vencedor das próximas eleições presidências da Lusa Pátria. Depois, em 2026. talvez um submarino, ou vários, entrem por aqueles portões e portas. Não se garante que na comitiva esteja presente alguém chamado Trafulha, só um ou uma vasta família inteira.

De Passos Coelho não reza a história, por enquanto, mas talvez em 2026 já esteja suficientemente reabastecido de descaramento. Sabe-se que anda a carregar baterias via Relvas, propalam os más-línguas do costume. Abrenúncio.

Como soe dizer-se: logo se verá.

Do Expresso (parcialmente) e por inteiro para os assinantes, leia a seguir.

MM | PG

Paulo Portas abre caminho para 2026. Passos não deve ser obstáculo

Portistas animados com hipótese Belém, mas no PSD ainda tem anticorpos

Paulo Portas sabe que as palavras queimam. Por isso, na semana passada, quando explicou as razões de um apoio convicto a Marcelo Rebelo de Sousa — “está do lado certo das coisas”, disse —, deixou em aberto uma candidatura à Presidência da República em 2026, e não o fez inocentemente. Num raro momento em que falou de política nacional, em entrevista ao “Público”, despachou o assunto de forma enigmática: “Essa pergunta fica para daqui a uns anos.” Evitou tiradas irrevogáveis que pudessem minar-lhe o caminho porque cinco anos são uma eternidade política e a decisão é apenas pessoal, mas aos portistas a mera hipótese basta para leituras prospetivas. Um deles é categórico: “Se ele quisesse fechar essa porta, tê-la-ia fechado como fechou a da Câmara de Lisboa.” Na direção de Francisco Rodrigues dos Santos o apoio é inequívoco: se Portas quiser, terá “uma passadeira estendida”.

Diogo Feio, antigo líder parlamentar, quase que diz keep calm, mas disfarça mal a satisfação. “Estamos a falar de uma realidade que é daqui a cinco anos, Paulo Portas tem-se afirmado como um dos melhores da política nacional e isso tem impacto além das fronteiras partidárias”, diz o ex-eurodeputado, que usa palavras do líder do PSD para contornar a pergunta sobre a candidatura: “A entrevista confirma a frase de Rio de que ele é das pessoas mais preparadas da política portuguesa.” Mais efusivo é Nuno Melo, que até vê parecenças na estratégia com a de Marcelo. Para o eurodeputado, vice-presidente do CDS com Portas e Assunção Cristas, “se os méritos políticos e intelectuais” do antigo vice-primeiro-ministro “já eram reconhecidos”, “hoje são ainda mais visíveis” devido aos comentários dominicais, “bem preparados e competentes”, na TVI. A conclusão é imediata: “Transformam-no num ativo fundamental, que encararia como um extraordinário candidato de todo o centro-direita.”

Otávio Lousada Oliveira | Expresso | Imagem: Tiago Miranda

 PAGUE E LEIA COMPLETO AQUI, no Expresso

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