David Chan* | Plataforma | opinião
Segundo o calendário lunar e o zodíaco chinês, o ano de 2021 é o Ano do Boi. A última semana marcou o início de mais um ano e Festival da Primavera, mostrando a importância desta época para a China. O Ano Novo chinês tem um impacto reconhecido por toda a comunidade internacional.
Na véspera, o presidente norte-americano, Joe Biden, enviou por telefone votos de ano novo, prosperidade e felicidade ao povo chinês. Muitos outros líderes internacionais fizeram o mesmo e enviaram mensagens de ano novo à China e à população.
Já em 2017, o antigo presidente Donald Trump tinha enviado a filha Ivanka Trump, e a neta, à embaixada chinesa em Washington para participar nas celebrações de ano novo. Durante a gala esta cantou algumas canções chinesas e desejou um bom ano a todos os chineses.
Muitos residentes de Hong Kong e Macau com certeza ainda se lembram dos tempos em que as duas cidades estavam sob administração inglesa e portuguesa, altura em que os respetivos governadores enviavam mensagens de bom ano para a população chinesa das duas cidades, as quais terminavam sempre com a expressão chinesa “Gong Xi Fa Cai” (votos de felicidade e prosperidade).
No passado, a imagem da China na mente de muitos estrangeiros resumia-se ao “Made in China” e à economia, mas agora a cultura chinesa está a demonstrar a respetiva força. Ao longo dos seus mais de 5.000 anos de história, o Festival da Primavera nunca foi esquecido.
Se a China continuar como uma potência forte, haverá um dia em que o Festival da Primavera será celebrado a nível mundial. Na verdade, já é um feriado em vários países, mas é celebrado maioritariamente por chineses. Porém, acredito que no futuro este dia será celebrado em todo o mundo por chineses e não chineses.
Por detrás deste festival está o amor à nação chinesa. O país ainda não desenvolveu suficientemente o seu soft power, sendo esta a principal razão que faz com que receba críticas da comunidade internacional mesmo após ter resolvido os problemas de pobreza e fome. A promoção do soft power não depende de slogans, mas sim de respeito, dados científicos, sabedoria e estratégia. Cada vez mais nacionais e globais, confiantes e abertos. Para nos cultivar moralmente, para cooperar com aliados internacionais, mantendo os próximos felizes, e atraindo outros. Através de uma administração lógica e de um povo em harmonia, a população conseguirá encontrar felicidade e a China será finalmente um país influente e confiante.
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