terça-feira, 28 de dezembro de 2021

"Mesmo com presença de muitos militares, os terroristas conseguem atacar"

MOÇAMBIQUE

Ataque de homens armados na localidade de Laulala, província moçambicana do Niassa, matou cinco pessoas e feriu outra, a 22 de dezembro. Apesar da presença do Exército, a população sente-se insegura.

Mesmo com a proteção das Forças Defesa e Segurança (FDS) e nas vésperas do natal, homens armados invadiram a localidade de Laulala, onde mataram cinco pessoas e feriram gravemente uma idosa, para além de queimaram casas, como conta João Rodrigues morador da localidade de Laulala dois.

"À noite nós só ouvimos pessoas a gritarem e a fugir, quando saímos vimos só fumo em cima. Fugi com a minha família. Ouvi que morreram pessoas e uma idosa foi balhada", testemunhou Rodrigues.

Segundo a Televisão de Moçambique, os ataques foram protagonizados por terroristas do grupo "Alsunawadjamah".

Os moradores afirmam não se sentirem seguros, apesar da presença militar no local, "porque nunca se sabe onde acontecerá o próximo ataque", como afirma Luiza Pedro.

Novo Cabo Delgado

A residente de Laulala nota que a "situação está piorar no distrito, mesmo com a presença de muitos militares, os terroristas conseguem atacar pessoas inocentes", disse a Luiza Pedro que fez uma apelo ao Governo de Moçambique.

"O medo é constante, o que devemos fazer é só sair para outros local. O Governo deve ver bem essa situação porque desta vez morreram 5 pessoas, estamos a caminho disso se tornar um novo Cabo Delgado", sublinha.

Mesmo assim, o administrador do distrito de Mecula, António Joaquim, está confiante na presença das Forças de Defesa (FDS). "A situação está controlada porque a FDS estão a trabalhar, mas a componente vigilância por parte da população é fundamental para as operações", diz.

E António Joaquim fez apelos: "A população que se mantenham vigilante acima de tudo, porque terroristas ainda andam por aqui e todo cuidado ainda é pouco. Não podemos nos desleixar, temos de continuar vigilantes e qualquer movimento estranho comunicar as autoridades".

Conceição Matende | Deutsche Welle

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