A EXCELÊNCIA NÃO MORA NOS GOVERNOS, NUNCA MOROU
A 'trolha de três em pipa' no governo está quase no auge. Oposição e analistas é o que não falta no terreiro da política a esbracejar e a apontar o dedo a este e àquele ministro, a secretários de estado, ao presidente da Câmara Municipal de Lisboa (dá jeito agora em período de eleições autárquicas). O bombo da festa da trolha é o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, principalmente, mas o Carlos Moedas (candidato à presidência da CML) também não largam a labita ao atual presidente da autarquia lisboeta, Fernando Medina Maciel Almeida Correia, vulgarmente conhecido por Fernando Medina, que é natural do Porto, e até parece que está em Lisboa por engano. Adiante.
Isto tudo porque os sportinguistas se portaram mal, não respeitaram as restrições existentes para evitar contágios de covid-19. Pularam a cerca e foram para o Marquês de Pombal, em Lisboa, comemorar o título de campeões nacionais do campeonato de futebol. Por isso não deve haver quem não os compreenda por mandarem as restrições e leis covid às malvas. Que se lixe! Pensaram e disseram. E fizeram. O que prova que quando o povo quer muito uma coisa (seja o que for) não há governantes, nem polícias, nem alguém de pensamento contrário, que controle. Prova disso está nas manifestações como a de há dias passados com os adeptos de futebol no Marquês de Pombal, em Lisboa, no Porto e um pouco por todo o país. O povo precisa de contacto humano e manifestar-se coletivamente. Pena é que não o façam politicamente em desaprovação dos governos, dos políticos, do sistema neoliberal que nos rege e nos é imposto com ares de democracia, uma pseudo-democracia que conduz sempre à exploração selvagem dos trabalhadores para vantagens dos que atualmente já mais parecem esclavagistas da modernidade. Pois, mas isso é outra “história” – que só se verificará quando existir a consciência do poder que o povo tem coletivamente.
O que acaba de ser aqui escrito iliba os políticos de agora e todos eles, de antes e depois, da manifestação sportinguista. Eduardo Cabrita nada podia fazer para controlar os “campeões” e o seu direito a manifestarem a sua alegria em uníssono, coletivamente. Fazerem a festa. Não é uma questão de competência para segurar (reprimir) o povo quando ele não aceita ser reprimido. Nem Costa, o primeiro-ministro, nem Marcelo, o presidente da República, nem Medina – no caso de Lisboa – podiam ter feito alguma coisa para que a festa leonina não acontecesse como aconteceu. A própria oposição ao governo do Partido Socialista, CDS, PSD, e outros partidos recentes, populistas e fascistas podiam fazer mais do que aquilo que fizeram. Quando o povo quer, faz. Porque sente que tem razão e direito a fazê-lo. A desobediência civil é consignada pela democracia e ainda bem. As pessoas não são sempre peças de xadrez que podem ser manuseadas por uns quantos jogadores políticos a seu belo prazer, convicção e domínio. Porque isso não é democracia, é repressão.
Essa repressão está sempre ativa na maior parte do tempo, por parte do sistema, por parte dos governos que o servem sob o falso pretexto de que é para bem de todos e da nação. O que é mentira.
Cientificamente, na atual situação
do estado do covid-19 em Portugal, no caso de Lisboa, Marquês de Pombal, a taxa
de contagio entre os cerca de dez mil sportinguistas ali presentes era mínima.
Muito mínima. Assim, o que acontece é que estamos perante jogos político-partidários.
Porque a oposição quer derrubar o governo, porque Moedas quer a Câmara
Municipal de Lisboa (quer tacho), porque Rio anda às aranhas e não pára de
mostrar as suas incompetências e instabilidades, nem as suas simpatias pelos
tempos de antes, os da “outra senhora”, de Salazar. Quer isso mas com “cara” de
democracia, tal qual o Chega populista e extremista de direita, com a
componente racista que lhe está colada, e o descaramento semelhante aos dos
nazis nos tempos de Hitler. Alguma coisa eles aprenderam
Estamos longos neste Curto que queremos trazer já a seguir. Sem pôr mais na escrita deixamos o espaço merecido a João Cândido da Silva, do Expresso. Desculpem estarmos longos mas apaixonámo-nos a escrever… verdades opinativas. De que muitos não gostam. Aceitemos, é a democracia que está em exibição e não se deve riprimir nem uns, nem outros, se acaso percebermos que não a queremos violar nem desrespeitar. Desrespeito por ela é o que há muito os governos andam a fazer sob o pretexto covid-19 que propalam ser oriundo da China sem apresentarem provas palpáveis, sem comprovar o contrário do que a Organização Mundial de Saúde analisou e declarou quando afirmou que em Huan (China) nada encontrou que provasse ser a origem do covid-19. Aliás, existem versões de que antes de Huan já havia médicos a deparar-se com algo “estranho” nos EUA – que podia muito bem ser o vírus depois denominado covid-19. Pois. Mas disso não interessa falar e escrever ou mostrar nada. É a tal democracia e liberdade de faz-de-conta, o corporativismo neoliberal a caminho do fascismo que só com o avançar dos tempos os povos entenderão, recordando a história de “Era uma vez um Hitler, um Mussolini, um Pinochet, etc., que por golpes de estado ou por eleições conseguiram os poderes e matarem a democracia, a liberdade dos povos, implantando o nazi-fascismo. Menos ou mais brando mas sempre nazi-fascismo.
O pseudo-excelente ministro Eduardo Cabrita foi democrático, muito mais que Passos Coelho, Portas, Cavaco e outros demasiado à direita, enterrados no neoliberalismo selvagem, autoritário, desumano e antidemocrático.
Facto, em Portugal – que é o que nos interessa agora -, é que já não é o povo quem mais ordena. Ganhem consciência disso. Ganhem consciência disso e… mexam-se, como os sportinguistas e muitos outros o vão fazendo. Pouco, mas sente-se algo no ar...
O Curto, a seguir.