segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

EXPRESSO – LIBERDADE PARA INFORMAR CONTINUA

Bom dia, é o que veremos. Pelo menos é o que desejamos.

Por certo que têm conhecimento do ataque via net ao grupo Impresa. É disso que aqui tratamos e manifestamos o nosso repúdio pelo ataque que desde ontem, domingo, retirou o Expresso e muitos dos sites do grupo Impresa da net. Nada mais nada menos que um aviltante e cobarde ataque à liberdade de informação, à democracia, aos trabalhadores daquele grupo com a missão de valorizar a liberdade de expressão, de cumprir com denodo a liberdade de informação, de exercer com liberdade o serviço à democracia que é informar e opinar de acordo com regras democráticas e no combate aos extremismos, às acções terroristas e antidemocráticas de que agora está a ser vítima. Registe-se que indubitavelmente o Página Global reprova a hedionda ação que está a pretender silenciar o Expresso, a Impresa, a atividade normal dos seus colaboradores.

Sabemos que na redação do Expresso, assim como em todo o grupo Impresa, a lufa-lufa para superar as dificuldades faz com que todos se superem e desdobrem-se para cumprir a sua nobre função, esclarecer, informar, proporcionar conhecimento e sustentar o pilar da democracia que lhes compete por via das suas profissões, dos seus cargos profissionais e de cidadãos. Hão-de vencer.

Uma vez mais reiteramos aqui, no PG, que estamos solidários com o Expresso e todos os seus trabalhadores, com o grupo Impresa e os seus trabalhadores. Também com todos aqueles que estão a ser privados da informação normal que caracteriza os vários sites do grupo.

Exatamente por isso trazemos ao PG o Expresso Curto que tantas vezes usamos para divulgar com o propósito de proporcionar a saberes e pontos de vista, com o convite para que valorizem a informação que melhor ou pior os meios de comunicação social nos oferecem. Hoje é um dia muito especial para o fazer porque querem cortar as asas ao passarinho – como canta Fanhais – algo próprio de ditaduras, de extremistas, de terroristas, de inimigos da democracia e dos povos.

Eis, pois, o Curto de hoje, pela lavra do seu diretor-adjunto, Martim Silva, a seguir. E ainda a recomendação de que o acesso ao Expresso no Facebook está garantido aqui:  EXPRESSO NO FACEBOOK

Amanhã logo veremos se tudo estará normalizado ou não. Por nós, pelo menos, envidaremos esforços para voltar a trazer um pouco do Expresso Curto como tantas vezes fazemos, com ou sem as nossas considerações sobre isto ou aquilo, sobre os mais variados temas que nos bailam na nossa real gana.

O Curto, a seguir.

Força, tio Balsemão e trabalhadores Impresa! Cumpra-se a LIBERDADE PARA INFORMAR. Pois.

MM | Redação PG


Bom dia, este é o seu Expresso Curto

#liberdadeparainformar (não nos vão calar!)

Martim Silva -- diretor-adjunto

Expresso, 3 de Janeiro de 2022

Bom dia,
Seja bem-vindo ao primeiro Expresso Curto de 2022.

Cabendo-me a mim a tarefa de entregar a primeira newsletter do ano deste seu jornal, gostaria que a mensagem fosse mais positiva. Mas infelizmente este Expresso Curto é escrito em circunstâncias particularmente delicadas para o jornal. Este domingo o site do Expresso, bem como as suas redes sociais, e os demais sites do Grupo Impresa (SIC, Blitz, Boa Cama Boa Mesa, etc) foram alvos de um ataque informático, perpetrado por criminosos.

Aqui lhe deixo o comunicado que emitimos:
"Num atentado nunca visto à liberdade de imprensa em Portugal na era digital, os sites do EXPRESSO e da SIC, bem como algumas das suas redes sociais, foram alvo de um ataque informático.

Os jornalistas dos dois meios da IMPRESA continuam a noticiar o que de mais relevante acontece no País e no Mundo através das páginas que permanecem ativas do EXPRESSO (#liberdadeparainformar) e da SIC, no Facebook, no Linkedin e no Instagram.

O grupo IMPRESA tem trabalhado com as autoridades competentes, nomeadamente com a Polícia Judiciária e com o Centro Nacional de Cibersegurança, e apresentará uma queixa-crime".

Tentam impedir-nos de informar mas não vão conseguir.

Há 49 anos (vão ser assinalados precisamente esta quinta-feira, 6 de janeiro) Francisco Pinto Balsemão fundava este jornal. Jornal que nasceu nos tempos da ditadura e da censura prévia. Mais de 1482 artigos do Expresso foram visados pela Censura entre 1973 e 1974. Mas o Expresso resistiu. Resistiu, cresceu e vive até hoje. Por si e para si, caro leitor. Vamos continuar a produzir o melhor jornalismo que conseguirmos.

Dada a limitação, e sem o site a funcionar, a informação recolhida pelos jornalistas do Expresso está para já a ser veiculada pela página do jornal no Facebook, com o hashtag #liberdadeparainformar.

E porque o nosso dever primeiro e último é sempre para com os

nossos leitores, aqui ficam algumas das mais relevantes notícias nas últimas horas, que podem ser consultadas na referida página do Facebook:

(começo naturalmente pelas referências ao início dos frente-a-frente televisivos neste período de pré-campanha, entre os líderes dos principais partidos. A maratona de 30 debates começou domingo com dois confrontos e prolonga-se pelas próximas duas semanas – as duas que se seguem serão de campanha eleitoral propriamente dita)

- Costa perde a vergonha das três palavras: “Maioria do PS”. Rui Tavares desafia para acordo escrito

Ao contrário do que tinha feito nos últimos meses, António Costa apareceu no primeiro debate pré-legislativas sem medo de pedir uma maioria absoluta. Não o disse por estas palavras, mas repetiu várias vezes com outras três: “Maioria do PS”. “Precisamos de uma solução estável e progressista, que só é possível com uma maioria do PS”, disse primeiro.

-Neste debate de estreia, António Costa ganha, mas com nota média de 6 (numa escala de zero a 10). Rui Tavares fica por perto, também com nota positiva (5,3 valores). Aqui em baixo, fica a nota e avaliação dos comentadores do Expresso (no Facebook pode ler os comentários completos).

João Vieira Pereira

António Costa 5 - Rui Tavares 5

Martim Silva

António Costa 7 – Rui Tavares 5

David Dinis

António Costa 7- Rui Tavares 7

Eunice Lourenço

António Costa 5 - Rui Tavares 4 

João Silvestre

António Costa 6 - Rui Tavares 5

Vítor Matos

António Costa 6 - 6 Rui Tavares

Paula Santos

António Costa 6/ Rui Tavares 5

-Neste domingo teve ainda lugar um segundo debate: Catarina foi ao Papa para debater com Ventura

Era um debate sem ponto de contacto possível e, por isso, ao contrário do primeiro, entre PS e Livre, no frente a frente entre a coordenadora do Bloco de Esquerda e o líder do Chega pouco se falou de governabilidade, de convergência ou de propostas comuns para o país.

No segundo debate das legislativas, as notas dos comentadores do Expresso dão negativa a André Ventura: o líder do Chega não passa a médio dos 3,8 valores, contra 5,5 da líder do Bloco. Veja porquê, aqui em baixo, lendo a avaliação dos comentadores do Expresso.

Daniel Oliveira

Catarina Martins 7 - 5 André Ventura

Martim Silva

Catarina Martins 4 – 2 André Ventura

David Dinis

Catarina Martins 4 – 1 André Ventura

Cristina Figueiredo
Catarina Martins 7 – 7 André Ventura

Eunice Lourenço

Catarina Martins 4 – 2 André Ventura

-Hoje os debates prosseguem, com o confronto Rui Rio – André Ventura , na SIC

Sobre estes debates, Marques Mendes afirmou: “A Iniciativa Liberal e o Chega vão ganhar visibilidade com estes debates. O BE e o PCP não têm muito a ganhar”

NOTÍCIAS COVID

- Houve reforço da testagem no Aeroporto de Lisboa? Sim. Mas a ANA recomenda que faça o teste noutro lugar

-O cruzeiro “Aida Nova” já não vai a lado algum

- Mais de 3800 voos foram cancelados

- Portugal registou 11.080 novos casos, somou mais 14 óbitos e assistiu a um aumento de pessoas internadas: são agora 1.081 (mais 58 do que no sábado), 141 das quais em unidades de cuidados intensivos.

- Postos de testagem gratuitos em Lisboa reabrem segunda-feira (saiba onde ficam e em que horários pode testar)

- Israel deteta primeiro caso de infeção simultânea de gripe e covid-19. Chamou-lhe “Flurona”

As regras para esta semana:

1. Encerramento de creches e ATL (aulas retomam a 10 de janeiro).

2. Encerramento de bares e discotecas.

3. Teletrabalho obrigatório em todo o país, “independentemente do vínculo laboral e sempre que as funções o permitam”.

4. Obrigatória a apresentação de Certificado Digital Covid no acesso a: estabelecimentos turísticos e de alojamento local; restaurantes e similares (exceto em esplanadas abertas); eventos com lugar marcado; ginásios.

5. Obrigatório apresentar teste negativo (mesmo os vacinados) no acesso a: estruturas residenciais, como lares, unidades de cuidados continuados integrados e outras estruturas residenciais dedicadas a crianças, jovens e pessoas com deficiência; visitas a pacientes internados; casamentos e batizados; eventos de grande dimensão sem lugares marcados ou recintos improvisados e recintos desportivos.

5. Redução de lotação em lojas e espaços comerciais: 1 pessoa / 5 m².

6. Testes gratuitos nas farmácias passam de 4 a 6 por pessoa (por mês), em todo o país.

OUTRAS NOTÍCIAS

- EUA: Operadoras de comunicações recusam adiar 5G

- Primeiro-ministro do Sudão apresenta demissão. Protestos contra o golpe de estado tornam-se mais violentos

-França retira bandeira da UE do Arco do Triunfo após queixas da extrema-direita

- Tesla alcançou novo recorde de vendas no quarto trimestre

-Desertor cruza a fronteira da Coreia do Norte com a Coreia do Sul

- Real Madrid perdeu no campeonato espanhol

O QUE ANDO A LER

O final de 2021 e início de 2022 têm sido particularmente frutuosos em termos de leituras por estes lados. Partilho consigo estas três sugestões, as duas primeiras já lidas e a terceira ainda

em andamento, mas claramente a merecer recomendação. Três nomes fortes: Juan Gabriel Vazquez, Jonh Le Carré, Javier Marias.

Vazquez foi provavelmente para mim a grande descoberta do último ano. Depois de A Forma das Ruínas e dos Informadores, li agora Olhar Para Trás e uma vez mais encantei-me com a história. O relato da vida da família Cabrera, entre a América Latina e a luta revolucionária na China é imperdível!

Do maior escritor de policiais que conheço, falecido em 2020, li o póstumo Silverview, uma história de espiões e sobre espiões, passada em solo britânico.

Sobre o último, o aclamado escritor espanhol Javier Marias, trago o mais recente e ainda agora editado Tomas Nevinson. Lembra-se do fim de Berta Isla? Pois, tem mesmo que pegar neste livro.

No início desta newsletter, referi que o Expresso faz 49 anos esta semana. E na primeira edição do semanário, que agora passa a sair às sextas-feiras, já vai poder contar esta semana com a colaboração de Ricardo Araújo Pereira, colunista na Revista, e do Inimigo Público, que se muda do Público para o Expresso.

Por hoje é tudo. Obrigado pelo tempo despendido. E pode contar connosco.
Bom ano

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