sábado, 5 de fevereiro de 2022

A REVOLUÇÃO COLORIDA NO CAZAQUISTÃO E A NOVA ORDEM EURASIÁTICA

# Publicado em português do Brasil

Alexandre Dugin | Kateon

O Cazaquistão está colhendo os frutos de uma política multivetorial: Ocidente, Rússia, China. Uma tentativa de qualquer pólo de alcançar uma influência multi-campo no Cazaquistão foi bloqueada por um apelo a outro pólo. Daí a inconsistência do eurasianismo de Nazarbayev, e como tudo começou bem e de forma promissora... Agora outra revolução colorida começou. Estritamente de acordo com Gene Sharp, que, ao que parece, era tão amado em nosso Instituto de Filosofia da Academia Russa de Ciências. Claro, os Estados Unidos e Biden estão por trás disso, tentando abrir outra frente na Eurásia contra a Rússia.

Mas Moscou não tem mais tempo histórico para meias medidas. Todos os partidários do "plano astuto" e do "nevodil" acabaram sendo traidores ou idiotas. Hoje está claro para todos que em 2014 perdemos nossa chance, cujos resultados estamos colhendo. Perdemos muito e estamos colhendo muito.

As apostas aumentaram: ajudar Minsk ou Nur-Sultan muda radicalmente o significado - se você quiser continuar a governar, faça uma escolha inequívoca. Ao nosso lado. E nós iremos salvar e ajudar. Mas não vamos voltar.

Nós russos vencemos apenas em um confronto direto, como resultado de gestos fortes compreensíveis e simples. Assim foi, é e será. Quanto mais atrasamos a integração do espaço pós-soviético, pior se torna a situação. É hora de agir. E no Cazaquistão também. Ao mesmo tempo, o preço é a rejeição da abordagem multi-vetor. Ainda é possível equilibrar de alguma forma entre Moscou e Pequim, mas o terceiro – o Ocidente – é claramente supérfluo aqui. As elites pró-ocidentais do Cazaquistão (assim como a Rússia) devem ser sacrificadas. Como um sacrifício à nova Ordem Eurasiana.

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