Artur Queiroz*, Luanda
A Federação Russa foi “suspensa” do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Para que a decisão fosse válida, tinha de ser votada por uma maioria de dois terços. Impossível. Não faz mal. O estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA) deu ordens ao rato de sacristia e papa-hóstias António Guterres para criar uma nova operação aritmética, aliás muito simples até para ele realizar.
É assim. Cinco votam a favor e um vota contra, mas o total de países é de mil. Está aprovada a resolução com uma maioria de dois terços. Porque todos os outros se abstiveram e a abstenção é como se não existisse. Hoje, 93 países votaram a favor e 24 contra. O total são 193 países. Está aprovado com pouco mais de metade dos votos. Os 58 países que se abstiveram são desprezíveis. O estado terrorista maios perigoso do mundo (EUA) está a fazer da ONU uma espécie de criada para todo o serviço e os secretários-gerais são tratados como os Baptista, Somoza, Videla, os generais golpistas do Brasil ou ainda pior.
Washington decidiu roubar o petróleo do Iraque. Chamou uns criados às ordens e prometeu-lhes uns trocos em contratos para a “reconstrução” do país que ia destruir se o ajudassem na “operação”. O estado terrorista mais perigoso do mundo serviu-se da ONU para justificar a destruição do Iraque e o assassinato do Presidente Saddam Hussein.
O secretário de Estado dos EUA,
Colin Powell, apresentou na ONU “provas irrefutáveis e inegáveis” de que o
Iraque de Saddam Hussein escondia armas de destruição
As mentiras e falsidades contadas na ONU deram mais de um milhão de mortos. Mais de dois milhões de deslocados. A destruição do país mais próspero e progressista do Médio Oriente. A Universidade de Bagdade tinha uma mulher como reitora numa região em que as mulheres só podiam mostrar os olhos e não tinham o direito de conduzir automóveis. O parlamento iraquiano tinha mulheres deputadas. Nas cidades iraquianas todas as confissões religiosas eram respeitadas. A Comunidade Cristã tinha as suas igrejas abertas ao público. O primeiro-ministro iraquiano, Tariq Aziz, era católico numa região onde imperava e ainda impera o fundamentalismo islâmico.
Passaram 20 anos e no palco da
ONU a Federação Russa foi vítima de invenções e mentiras. Repito: Invenções e
mentiras, até prova
Os países que votaram a favor da suspensão da Federação Russa viram as provas! E quais eram as provas? Todas as que foram divulgadas pelos Media! E o que fizeram os jornalistas? Limitaram-se a dar voz a pessoas que nunca viram e que falavam numa língua que não conhecem. Repetiram o discurso das autoridades ucranianas, sem qualquer filtro. Logo, fizeram da propaganda de uma parte, as suas notícias. Os jornalistas viram tudo. Mas não sabem se viram o que aconteceu ou o que foi preparado e montado para eles verem.
Os canais de televisão de todo o
mundo mostraram a foto de um tenente-coronel russo, o seu nome e o seu perfil
como sendo o responsável dos “massacres” de Bucha. Fonte da notícia: Voluntários
ucranianos! Os jornalistas, os Media, jamais podiam dar tal notícia. Mas
fizeram-no sem sequer alertar que se tratava da versão ucraniana e carecia de
confirmação. Um jornalista português diz que está
Judite de Sousa foi jornalista. Até fez parte de uma lista de candidatos à direcção do Sindicato dos Jornalistas em Portugal, da qual eu também fiz parte. Foi ela que na CNN Portugal anunciou que um tenente-coronel russo é o “carniceiro de Bucha”. A moçoila do bairro da Caramila habituou-se a conviver com a podridão das vísceras de peixe. Depois subiu na vida e agora assassina o jornalismo com um sorriso triunfante. A coisa funciona mal porque ela engole cada vez mais os “erres” e depois fica indecisa: Arrota-os ou expele-os por baixo, na forma de ventosidades? Malcheirosa! Merecias um fim mais digno, desgraçada!
As minhas e os meus leitores não
precisam de desenhos, mas eu faço-lhes um resumo. Nas conversações entre a
Federação Russa e a Ucrânia os negociadores chegaram a um acordo: As tropas
russas aliviavam o cerco a Kiev. Assim se fez. Este facto está na base da
ficção e do assassinato do jornalismo
Os ucranianos, grandes
heróis, derrotaram os russos. Encurralaram-nos nos arredores de Kiev.
Obrigaram-nos a fugir. E quando os heróis iam libertando as cidades da
periferia, descobriam os massacres! Até uma ponte que os jornalistas ocidentais
informavam que tinha sido destruída pelas tropas ucranianas para impedir o
avanço das tropas russas, agora os mesmos jornalistas dizem que foram os russos
Os portugueses convidaram o senhor Zelensky a falar na Assembleia da República. Ele fez o favor da aceitar o convite do Tio Célito e de um tal Silva, presidente da Assembleia da República. Todos os deputados votaram a favor do convite, menos o Partido Comunista. Os comunistas já estão outra vez sozinhos contra os nazis, como no tempo do salazarismo. Pobres portugueses! Nunca mais se libertam do banditismo político.
A Ucrânia foi empurrada para a desgraça. Hoje, o seu ministro das relações exteriores foi a uma reunião da OTAN (ou NATO) e disse de peito feito: A minha agenda só tem três pontos, armas, armas, armas. Mandem-nos armas. Isto vai descambar para uma guerra total.
* Jornalista
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