Artur Queiroz*, Luanda
A OTAN (ou NATO) diz que tem de “defender os seus cidadãos”, por isso, reforçou a presença de homens e material de guerra nos países bálticos e no mar Negro. Está certo ou está errado? Ai de mim se respondesse a uma questão maniqueísta. Apenas digo que a Federação Russa, usando o mesmo argumento, decidiu desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia através de uma operação militar especial. Jens Stoltenberg, secretário-geral do bloco militar ultra reacionário e ofensivo, disse hoje em Bruxelas que as tropas ucranianas “são há mutos anos treinadas por nós” e gabou-se de que “os heróis que defrontam os invasores russos no Donbass foram treinados e armados por nós”.
O bloco militar ofensivo, agressivo e reaccionário não é um país, por isso não tem que “defender os seus cidadãos”, essa é uma missão (nobre) dos governos e das instituições de cada Estado. Muito menos tem que defender os cidadãos da Ucrânia, país que não faz parte da OTAN (ou NATO). Que se saiba, os países bálticos não ficam situados no Atlântico Norte. Roménia, Polónia e Hungria não estão no Atlântico Norte. A Ucrânia não é um país do Atlântico Norte. Este problema está resolvido por Washington, Paris, Berlim e Londres. Na cimeira de Madrid, o espaço de intervenção do bloco militar passa a ser o mundo inteiro.
A Federação Russa lançou uma operação especial militar na Ucrânia. União Europeia, o estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA) e o braço armado (OTAN ou NATO) lançaram a guerra no Leste da Ucrânia em 2014. E tiveram artes de levá-la a todo o país. Os senhores da guerra dão as armas e dinheiro. Os ucranianos, sem ninguém os ter consultado, pagam a parte do sangue e das vidas. Pensam que assim vão “enfraquecer a Rússia”. Derrotar a maior potência nuclear do nundo. Em vez de aproveitarem as potencialidades e perspectivas oferecidas por um país que está situado na Europa e na Ásia, querem destruí-lo. Pôr o seu povo de joelhos. Tirando roubar no peso e na medida, não sabem fazer mais nada.
Macron, Scholz e Draghi, acompanhados do criado Klaus Iohannisn (presidente da Roménia) dizem que a Ucrânia está a defender os valores europeus. É verdade. Os valores de uma Europa rendida ao nazismo, falida, perigosamente colocada pelos seus líderes à beira do abismo. Os nazis de Kiev são a tropa de choque dos falidos da União Europeia. Hoje deram a Zelensly um suplemento de alma e ele já diz que está “perto da vitória sobre os invasores”. Os visitantes garantiram-lhe que a Ucrânia vai ter o estatuto de “candidatura imediata” à União Europeia. Isso vale tanto como o meu título de rei da Kapopa. Ou menos, porque na Kapopa, não sendo rei, sempre sou alguma coisa, ainda que insignificante.
A operação de propaganda mentirosa foi montada também no palco de Washington. O senil Biden e o gorducho Austin anunciaram o envio de mais mil milhões de euros em armas para a Ucrânia. Só não dizem quem vai pagar. Mas eu digo: Os cidadãos dos países da OTAN (ou NATO) que Jens Stoltenberg diz que está a defender. A palavra é outra: Esmifrar. Roubar. Esbulhar. Confiscar. Esvaziar os bolsos. Como está a acontecer.
A inflação em Portugal está aos níveis (assustadores) de 1992. Na Alemanha atingiu os níveis do Ruanda. Nos EUA é igual à que se registava na Grande Depressão. Uma tragédia. A “globalização” jaz morta e arrefece. Os nacionalismos voltaram cada vez mais agressivos. O Reino Unido (império dos piratas sangrentos) até debandou da União Europeia para se fechar a sete chaves. A Holanda mudou de nome. A América volta a ser grande! Tão grande que as petrolíferas norte-americanas chegaram em força à Venezuela para se abastecerem de petróleo. Lembram-se do presidente Guaidó? Não tarda nada, vai parar a Guantanamo. As sanções acabaram, já não precisam do palhaço!
Em Severodonetsk, 2.500 militares esconderam-se na fábrica Azot. Acima de 500 são mercenários estrangeiros. Mais mão-de-obra para os tribunais das repúblicas populares. Os militares fizeram centenas de reféns civis. Escudos humanos. Por isso, a vitória deles está muito próxima. Senhor Guterres, senhor Macron, senhor Draghi, senhor Scholz, senhor Costinha, dona Úrsula! Militares usarem civis como escudos não é crime de guerra? Montar armas de artilharia pesada em espaços habitacionais não é crime de guerra? Calem-se com Irpin e Bucha. Ponham o Zeklensky noutra telenovela e tenham juízo. Tenham respeito pela Humanidade.
As tropas russas capturaram dois oficiais norte-americanos, veteranos de guerra, que se apresentaram como mercenários. Nomes: Robert Druck e Andy Huynh. A vitória da Ucrânia está ao virar da esquina.
A Convenção de Oslo proíbe as
munições “cluster”. Os franceses estão a enviá-las às toneladas para a Ucrânia.
A maior parte vai para as Máfias de Leste e são vendidas no mercado negro. Mas
os franceses não estão só neste crime, ao mandarem para os nazis de Kiev o OGR
F1 projétil de “fragmentação altamente explosiva”. O estado terrorista mais
perigoso do mundo (EUA) está a enviar os projéteis M483A1, que após o disparo,
a parte principal divide-se em 88 munições do tipo M42/46.
Após a Convenção de Oslo, Bélgica, Reino Unido e Alemanha anunciaram que
“abateram” essas munições aos seus arsenais. Agora estão a enviá-las para a
Ucrânia. Os EUA recusaram-se a ratificar a convenção alegando que “as munições
fazem parte da estratégia defensiva do país". Mas todos os anos exportam
essas armas! Na defensiva. A Itália do senhor Draghi nunca teve armas M483A1
mas o governo belga mandou as suas armas abatidas para a fábrica italiana
Esplodenti Sabino, ao abrigo do programa da Agência de Apoio e Compras da OTAN (ou
NATO). Essas armas foram enviadas para a Ucrânia! Depois pagamos todos a conta.
O mundo está nas mãos de traficantes de armas, droga, seres humanos e votos! Mas nem tudo é negativo. Tenho de felicitar António Costa por ter encontrado uma forma engenhosa e ecológica de defender Portugal. Nomeou Helena Carreiras, ministra da Defesa. Agora vão colocar nas fronteiras terrestres, aéreas e marítimas milhões de cópias da fotografia da senhora. O inimigo apanha um susto de morte e foge a sete pés. Se mandarem as fotos de sua excelência para o Leste da Ucrânia, a guerra acaba instantaneamente. Que susto! Ela vai ser a arma secreta de Zelensky.
(esta parte foi um nadinha
ordinária, mas sem machismo até porque defendo que os governos só deviam ter
mulheres).
*Jornalista
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