terça-feira, 19 de julho de 2022

ESCUTA, ZÉ NINGUÉM! JÁ ESTAMOS A ASSAR... BEM FEITO!

Cristina Peres cozinhou o grande almoço da manhã. Senhora jornalista do setor internacional do jornal Expresso propriedade do tio Balsemão do secreto-misterioso Bildeberg dos insaciáveis ricaços vem em primeiro falar-nos do suicídio coletivo pronunciado pelo inútil António Guterres secretário-geral da ONU, coitado. Ele, Guterrres, tão boa pessoa, tão beato, tão robotizado p’ra nada ou só p’ra fazer de conta, mostrou a sua preocupação legítima sobre se estarem borrando para as alterações climáticas e o aquecimento que já nos assa neste planeta de uns quantos obtusos viciados em dólares, euros, prata, ouro, diamantes e o inimigo apontado chamado de petróleo, gasolina e etc dos seus derivados…

Tonecas 'tantan', querido companheiro desta trampa de planeta, os seres humanos são assim, não há nada a fazer. O que querem é enriquecer até mais não e são tão estúpidos que a ganância os vai riscar do planeta dos vivos e depois serão pó, cinzas e mais nada. Esses tipos nem se lembram que quem vai ficar nesta desgraça de planeta são os seus filhos e netos ao cubo  que também marcharão para a morte por não haver oxigénio para respirar, nem temperatura ambiente suportável para a humanidade. Eles, então podres de ricos com o que os avós gananciosos e estúpidos deixaram de herança, também serão vítimas… Vítimas da ganância dos poderosos, vigaristas, ladrões de quem descendem. Vão bater a bota tal como todos nós os pobretanas, escravos, explorados, oprimidos, vigarizados… por vós viciados da riqueza. E assim, grosso modo, faz-se justiça.

Deixa andar, caro Tonecas. Estes gajos do piorio querem nadar em riquezas deslumbrantes e suicidar-se afogados em riquezas. Estão-se nas tintas para assassinarem a humanidade e até os seus descendentes. Com a gula transformaram-se em criminosos de fatos, gravatas e tudo do bom e do melhor. Até se transformaram no veneno do planeta, das sociedades, dos países, dos povos. Depois dos dinossauros os humanos foram e são a maior merda que surgiu no planeta Terra e agora até querem descobrir outros planetas para onde possam ir dar cabo de tudo que consigam… O mais provável é que desses ricaços e criminosos planetários nem meia-dúzia escapem e serão os últimos a terem um morte horrível, algo que até merecem. Sim, eles estão tão cegos, surdos e alheados da realidade que nem percebem que estão a armar as suas próprias idas para o tal suicídio de que falas, querido Tonecas SG da ONU para fazer de conta e de enganoso bem. Pronto. Acaba-se com a raça humana. Outros aparecerão para substituir essa, esta, a nossa… merda de raça. E depois volta tudo ao mesmo, a ganância não acabará e a filha da putice também não. Basta olharmos para essa ONU e para os dos governos arrebanhados no planeta para percebermos isso. Outros virão para prosseguirem a fazer trampa. Sejam eles macacos e macacas, baratas ou formigas todos serão agarrados pela ganância e depois de uns milénios extinguir-se-ão. E Deus, esse que dizem que vai voltar não aparecerá. Dirão: raios-o-parta. Pois. Cá por mim faria o mesmo com uma raça tão danada, terrível, como a nossa. Mandava-os todos às urtigas. Não merecem o ar que respiram. Nem nada. São a escória do planeta. Até tu, Tonecas.

Ena. Esta espécie de prosa está demais. Se conseguiram ler até aqui recomendo que leiam ou releiam “Escuta, Zé Ninguém! - Wilhelm Reich – Fnac”.

Está ali (aqui) muito desta tal humanidade. Pois.

Bom dia e um queijo com um bom carrascão. Já agora: desculpem qualquer coisinha que pode parecer mais ofensiva. Essa não era nem é a intenção, é a constatação de verdades.

O Curto do Expresso a seguir. Leiam, porque ler permite aprender sempre, até pela negativa – ou aquilo que se considere negativo. Vá nessa.

MM | PG


SUICIDIO COLETIVO

Cristina Peres | Expresso

“Não temos escolha. Ação coletiva ou suícidio coletivo. Está nas nossas mãos”, disse o secretário-geral das Nações Unidas. António Guterres reuniu-se ontem com ministros de 40 países para discutir a crise do clima e deixou claro: “Metade da humanidade está em zonas de perigo de inundações, secas, tempestades extremas e incêndios. Nenhuma nação está imune. No entanto, continuamos a alimentar a nossa adição de combustíveis fósseis. Não temos escolha. Ação coletiva ou suicídio coletivo. Está nas nossas mãos”.

O calor extremo bateu recordes em todo o mundo nos últimos meses com ondas de calor a atingir a Índia e o Sul da Ásia. As secas destruíram partes de África tornando-as ainda menos habitáveis e ondas de calor simultâneas e sem precedentes em ambos os polos Norte e Sul surpreenderam os cientistas em março. Fogos descontrolados semelhantes aos da Europa fizeram caminho na América do Norte. Na América do Sul, o sítio arqueológico de Macchu Picchu esteve ameaçado pelas chamas.

Os fogos que têm consumido território, energia e vidas na Europa quase sempre são referidos em conjunto: França, Espanha e Portugal. Porém, a fúria das chamas mais a norte ainda constitui supresa, apesar de não ser inédita. A AP resume que a Europa arde à medida que passa a onda de calor. O presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, não esteve com meias medidas e ligou os fogos descontrolados às alterações climáticas.

No Reino Unido espera-se que os 40ºC previstos para hoje batam os recordes de temperatura de ontem: 38ºC. Em muitos pontos da Europa as temperaturas ultrapassaram os 45ºC, que intensificaram a fúria dos incêndios na zona do Mediterrâneo, derreteram o alcatrão das estradas e deformaram linhas de comboio que tiveram de ser interrompidas.

Por cá já arderam mais 50 mil hectares do que em todo o ano de 2021. Leia aqui.

OUTRAS NOTÍCIAS

A revolução de Sarong: numa incrível demonstração de poder popular, multidões derrotaram as forças policiais e militares destacadas para contê-las, bem como às barreiras montadas para impedir que invadissem a residência e escritórios do Presidente Gotabaya Rajapaksa e do primeiro-ministro Ranil Wickremesinghe em Colombo, capital do Sri Lanka. Ambos foram deste modo obrigados a demitir-se e a sair do país. Os cidadãos gritaram vitória neste inédito movimento nacional de protesto. Os dois ex-dirigentes são responsáveis pela economia do país ficar em queda livre e espera-se que a turbulência não termine por aqui dado o sistema político disfuncional do país no qual a família de Rajapaksa mantém considerável influência. O estado de emergência vigora desde ontem.

As eliminatórias para a eleição do novo líder dos tories chega amanhã à excitante posição do 50/50, ou seja, dois candidatos. Pode ser que as temperaturas altíssimas que se têm feito sentir no Reino Unido influenciem a escolha do novo lider conservador, que substitui Boris Johnson. Os Led By Donkeys fazem um trabalho de formiga a recolher, compilar, organizar e difundir informação fundamental para se construir uma democracia melhor em tempo de memória curta. Veja aqui a quantidade de juras de Boris Johnson e como tão frequentemente fez exatamente o contrário das juras. O Pedro Cordeiro não larga as etapas de eliminação dos candidatos que se perfilaram para calçar os sapatos de Johnson depois de lhe terem jurado absoluta fidelidade.

Ontem começou a ser escolhido o júri para o julgamento de Steve Bannon, ex-conselheiro de topo do ex-Presidente Donald Trump. Acusações e potenciais penas têm aumentado pela sua recusa em obedecer à ordem dde fornecer dados e testemunho sobre o assalto ao Capitólio de 6 de janeiro de 2021.

São poliglotas, têm educação esmerada e experiência de viver fora da Rússia. Leia aqui os perfis dos 19 diplomatas russos que foram expulsos da Bélgica por… espionagem.

“Motivos de força maior”, é o que invocou ontem o gigante do gás russo Gazprom para não garantir o fornecimento de gás à Europa. Putin tem mantido uma espécie de fair-play comunicativo como se as sanções impostas à Rússia fossem totalmente irrelevantes até tornar público que, se calhar, vai ter de “procurar novas soluções [nacionais] intensamente e inteligentemente" para o bloqueio das gigantes da tecnologia como a Google, Microsoft, Adobe e Cisco, e para o êxodo dos quadros russos. Leia aqui. E siga aqui ao minuto as notícias sobre a guerra na Ucrânia.

O Presidente turco recua, ameaçando congelar as candidaturas da Finlândia e da Suécia à NATO se os dois países escandinavos não cumprirem as promessas de combate ao “terrorismo” feitas em junho. Estes “terroristas”, como lhes chama Erdogan, são os opositores curdos que se refugiaram naqueles dois países. De caminho, Erdogan acompanha Vladimir Putin numa visita ao Irão para discutir o futuro da Síria, já que os três países estão envolvidos na guerra neste território.

O espaço parece ser um ambiente mais favorável à colaboração dos Estados Unidos com a Rússia, a avaliar pela retoma da parceria para missões conjuntas da ESA, Agência Espacial Europeia.

Vendedores do Mercado Grossista do Zimpeto, Maputo, capital de Moçambique, procuram trabalhar juntos na importação de produtos da África do Sul, alugando uma mesma viatura sul-africana devido ao alto custo dos combustíveis. Esta é uma saída encontrada para minimizar os elevados custos.

O Tribunal Constitucional de Angola entregou hoje à Comissão Nacional Eleitoral as listas definitivas das oito candidaturas validadas para as eleições gerais de 24 de agosto.

Meio ano após as últimas legislativas, uma sondagem do CESOP apura que o PS perdeu a maioria absoluta e o PSD volta ao limiar dos 30% de votos.

O coronavírus? Continua aí: há 48.906 casos registados. Morreram 119 pessoas no território entre 5 e 11 de julho.

Nani tentou telefonar a Cristiano Ronaldo sem sucesso: Ronaldo não atende ninguém quando está de férias.

FRASES

“Não me lembro de alguma vez ter havido condições atmosféricas tão desfavoráveis, sobretudo pela duração de dias. Com esta conjugação de vento, calor extremo, baixa umidade e seca poderia ter sido muito pior”, Paulo Fernandes, investigador do Centro de Investigação e Tecnologias Agro-Ambientais e Biológicas da Universidade de Trás os Montes e Alto Douro ao Expresso

“As alterações climáticas matam”, Pedro Sánchez, Chefe do Governo de Espanha a propósito dos incêndios que assolam o país

“Não esqueçam a guerra. Ajudem como puderem a parar este inferno. Todos os dias há ucranianos a morrer pela liberdade ou porque já nem sequer têm água ou comida. Num segundo tudo pode ser bombardeado, cada dia pode ser o último para nós”, Tanya Oliuk, ativista ucraniana refugiada na Polónia citada pelo Expresso

PODCASTS A NÃO PERDER

O turismo salva-nos ou condena-nos? Qual será o futuro do turismo em Portugal e como se destacará? Pela qualidade ou pelo preço baixo? Neste episódio do Perguntar Não Ofende, Daniel Oliveira conversa com José Theotónio, CEO do Grupo Pestana.


“Os partidos continuam a ter um problema em dar oportunidade a mulheres”. Carla Quevedo e Matilde Torres Pereira conversam com a recém-eleita vice-presidente do PSD, Margarida Balseiro Lopes, em As Mulheres Não Existem.

“Não se pode fugir à violência neste país”. As condições que espoletaram uma semana de violência civil extrema na África do Sul mantêm-se um ano depois. Poderá voltar a acontecer? Para ouvir neste episódio do África Agora. Uma conversa de Cristina Peres com o jornalista sul-africano Peter Fabricius.

O QUE ANDO A LER

Ainda tenho uns quatro alfinetes redondos pequenos com a cara da jornalista russa Anna Politkovskaya para a última campanha a favor da liberdade de imprensa, que promoveu com os seus editores internacionais. Foi pouco antes de ser assassinada em 7 de outubro de 2006 no elevador do prédio onde vivia em Moscovo, com quatro tiros, um dos quais na cabeça. Na redação do Internacional do Expresso daquela altura fazíamos uma espécie de jogo solidário com aquela mulher tremendamente corajosa, que já sobrevivera a uma tentativa de envenenamento. Era como se fizessemos parte da equipa que ela formava sozinha desafiando os truques ao jeito soviético que Vladimir Putin começava então a pôr em prática para eliminar as vozes dissonantes. Será que sobrevive? Claro que não sobreviveu. Se quiser avaliar porquê tem agora oportunidade de ler em português o lívro que foi publicado postumamente em 2007 intitulado “Um Diário Russo” (Temas e Debates/Círculo de Leitores).

Anna Politkovskaya nunca poupou nem nas palavras nem na denúncia quando o ambiente noticioso ainda tinha algumas brechas. Ela previa o fechamento, que viria a concretizar-se já depois do seu assassínio, e conseguia vislumbrar o alcance da caixa de ressonância em que caiu a informação na Rússia. Por isso mesmo, e como escreve n’ “Um Diário Russo”, Anna juntava provas sobre os futuros cidadãos russos, opiniões desiludidas e descrentes no sistema político, para concluir que “o verdadeiro custo do cinismo político” é a “rejeição da geração mais jovem”. A máquina de Putin ainda não parou de avançar para lá de tudo o que Politkovskaya pressentiu e este livro é essencial para rever a génese do modus operandi.

O Curto termina aqui, obrigada por me ter acompanhado até ao fim. Agora tem é só passar para a nossa companhia em www.expresso.pt

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