Cristina Peres cozinhou o grande almoço da manhã. Senhora jornalista do setor internacional do jornal Expresso propriedade do tio Balsemão do secreto-misterioso Bildeberg dos insaciáveis ricaços vem em primeiro falar-nos do suicídio coletivo pronunciado pelo inútil António Guterres secretário-geral da ONU, coitado. Ele, Guterrres, tão boa pessoa, tão beato, tão robotizado p’ra nada ou só p’ra fazer de conta, mostrou a sua preocupação legítima sobre se estarem borrando para as alterações climáticas e o aquecimento que já nos assa neste planeta de uns quantos obtusos viciados em dólares, euros, prata, ouro, diamantes e o inimigo apontado chamado de petróleo, gasolina e etc dos seus derivados…
Tonecas 'tantan', querido companheiro desta trampa de planeta, os seres humanos são assim, não há nada a fazer. O que querem é enriquecer até mais não e são tão estúpidos que a ganância os vai riscar do planeta dos vivos e depois serão pó, cinzas e mais nada. Esses tipos nem se lembram que quem vai ficar nesta desgraça de planeta são os seus filhos e netos ao cubo que também marcharão para a morte por não haver oxigénio para respirar, nem temperatura ambiente suportável para a humanidade. Eles, então podres de ricos com o que os avós gananciosos e estúpidos deixaram de herança, também serão vítimas… Vítimas da ganância dos poderosos, vigaristas, ladrões de quem descendem. Vão bater a bota tal como todos nós os pobretanas, escravos, explorados, oprimidos, vigarizados… por vós viciados da riqueza. E assim, grosso modo, faz-se justiça.
Deixa andar, caro Tonecas. Estes gajos do
piorio querem nadar em riquezas deslumbrantes e suicidar-se afogados
Ena. Esta espécie de prosa está
demais. Se conseguiram ler até aqui recomendo que leiam ou releiam “Escuta, Zé
Ninguém! - Wilhelm Reich – Fnac”
Está ali (aqui) muito desta tal humanidade. Pois.
Bom dia e um queijo com um bom carrascão. Já agora: desculpem qualquer coisinha que pode parecer mais ofensiva. Essa não era nem é a intenção, é a constatação de verdades.
O Curto do Expresso a seguir. Leiam, porque ler permite aprender sempre, até pela negativa – ou aquilo que se considere negativo. Vá nessa.
MM | PG
SUICIDIO COLETIVO
Cristina Peres | Expresso
“Não temos escolha. Ação coletiva
ou suícidio coletivo. Está nas nossas mãos”, disse o secretário-geral das
Nações Unidas. António Guterres reuniu-se ontem com ministros de 40 países para
discutir a crise do clima e deixou claro: “Metade da humanidade está em zonas
de perigo de inundações, secas, tempestades extremas e incêndios. Nenhuma nação
está imune. No entanto, continuamos a alimentar a nossa adição de combustíveis
fósseis. Não temos escolha. Ação coletiva ou suicídio coletivo.
Está nas nossas mãos”.
O calor extremo bateu recordes em todo o mundo nos últimos meses com ondas de
calor a atingir a Índia e o Sul da Ásia. As secas destruíram
partes de África tornando-as ainda menos habitáveis e ondas de calor simultâneas e sem precedentes em ambos os
polos Norte e Sul surpreenderam os cientistas
Os fogos que têm consumido território, energia e vidas na Europa quase
sempre são referidos em conjunto: França, Espanha e Portugal. Porém, a
fúria das chamas mais a norte ainda constitui supresa, apesar de não ser
inédita. A AP resume que a Europa arde à medida que passa a onda de calor. O
presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, não esteve com meias
medidas e ligou os fogos descontrolados às alterações climáticas.
No Reino Unido espera-se que os 40ºC previstos para hoje batam os
recordes de temperatura de ontem: 38ºC. Em muitos pontos da Europa as
temperaturas ultrapassaram os 45ºC, que intensificaram a fúria dos incêndios na
zona do Mediterrâneo, derreteram o alcatrão das estradas e deformaram linhas de
comboio que tiveram de ser interrompidas.
Por cá já arderam mais 50 mil hectares do que em todo o ano de 2021. Leia aqui.
OUTRAS NOTÍCIAS
A revolução de Sarong: numa incrível demonstração de poder popular,
multidões derrotaram as forças policiais e militares destacadas para contê-las,
bem como às barreiras montadas para impedir que invadissem a residência e
escritórios do Presidente Gotabaya Rajapaksa e do primeiro-ministro Ranil
Wickremesinghe em Colombo, capital do Sri Lanka. Ambos foram deste modo
obrigados a demitir-se e a sair do país. Os cidadãos gritaram vitória neste
inédito movimento nacional de protesto. Os dois ex-dirigentes são responsáveis
pela economia do país ficar em queda livre e espera-se que a turbulência não
termine por aqui dado o sistema político disfuncional do país no qual a família
de Rajapaksa mantém considerável influência. O estado de emergência vigora desde ontem.
As eliminatórias para a eleição do novo líder dos tories chega
amanhã à excitante posição do 50/50, ou seja, dois candidatos. Pode ser que as
temperaturas altíssimas que se têm feito sentir no Reino Unido influenciem a
escolha do novo lider conservador, que substitui Boris Johnson. Os Led By Donkeys fazem um trabalho de formiga a
recolher, compilar, organizar e difundir informação fundamental para se
construir uma democracia melhor em tempo de memória curta. Veja aqui a quantidade de juras de Boris Johnson e
como tão frequentemente fez exatamente o contrário das juras. O Pedro Cordeiro não larga as etapas de eliminação dos candidatos que
se perfilaram para calçar os sapatos de Johnson depois de lhe terem jurado
absoluta fidelidade.
Ontem começou a ser escolhido o júri para o julgamento de Steve Bannon, ex-conselheiro de topo do
ex-Presidente Donald Trump. Acusações e potenciais penas têm aumentado pela sua recusa
em obedecer à ordem dde fornecer dados e testemunho sobre o assalto ao Capitólio de
6 de janeiro de 2021.
São poliglotas, têm educação esmerada e experiência de viver fora da
Rússia. Leia aqui os perfis dos 19 diplomatas russos que foram expulsos
da Bélgica por… espionagem.
“Motivos de força maior”, é o que invocou ontem o gigante do gás russo Gazprom
para não garantir o fornecimento de gás à Europa. Putin tem mantido uma
espécie de fair-play comunicativo como se as sanções impostas à
Rússia fossem totalmente irrelevantes até tornar público que, se calhar, vai
ter de “procurar novas soluções [nacionais] intensamente e
inteligentemente" para o bloqueio das gigantes da tecnologia como a
Google, Microsoft, Adobe e Cisco, e para o êxodo dos quadros russos. Leia aqui. E siga aqui ao minuto as notícias sobre a guerra na Ucrânia.
O Presidente turco recua, ameaçando congelar as candidaturas da Finlândia
e da Suécia à NATO se os dois países escandinavos não cumprirem as promessas de combate ao “terrorismo” feitas
O espaço parece ser um ambiente mais favorável à colaboração dos Estados Unidos
com a Rússia, a avaliar pela retoma da parceria para missões conjuntas da ESA, Agência
Espacial Europeia.
Vendedores do Mercado Grossista do Zimpeto, Maputo, capital de Moçambique, procuram
trabalhar juntos na importação de produtos da África do Sul, alugando uma mesma
viatura sul-africana devido ao alto custo dos combustíveis. Esta é uma
saída encontrada para minimizar os elevados custos.
O Tribunal Constitucional de Angola entregou hoje à Comissão Nacional
Eleitoral as listas definitivas das oito candidaturas validadas para
as eleições gerais de 24 de agosto.
Meio ano após as últimas legislativas, uma sondagem do CESOP apura que o PS perdeu a maioria absoluta e o PSD volta ao limiar dos 30%
de votos.
O coronavírus? Continua aí: há 48.906 casos registados. Morreram 119 pessoas no território
entre 5 e 11 de julho.
Nani tentou telefonar a Cristiano Ronaldo sem sucesso: Ronaldo
não atende ninguém quando está de férias.
FRASES
“Não me lembro de alguma vez ter havido condições atmosféricas tão
desfavoráveis, sobretudo pela duração de dias. Com esta conjugação de vento,
calor extremo, baixa umidade e seca poderia ter sido muito pior”, Paulo
Fernandes, investigador do Centro de Investigação e Tecnologias Agro-Ambientais
e Biológicas da Universidade de Trás os Montes e Alto Douro ao Expresso
“As alterações climáticas matam”, Pedro Sánchez, Chefe do Governo de
Espanha a propósito dos incêndios que assolam o país
“Não esqueçam a guerra. Ajudem como puderem a parar este inferno. Todos os dias
há ucranianos a morrer pela liberdade ou porque já nem sequer têm água ou
comida. Num segundo tudo pode ser bombardeado, cada dia pode ser o último para
nós”, Tanya Oliuk, ativista ucraniana refugiada na Polónia citada pelo Expresso
PODCASTS A NÃO PERDER
O turismo salva-nos ou condena-nos? Qual será o futuro do turismo em Portugal e como se destacará? Pela qualidade ou pelo preço baixo? Neste episódio do Perguntar Não Ofende, Daniel Oliveira conversa com José Theotónio, CEO do Grupo Pestana.
“Os partidos continuam a ter um problema em dar oportunidade a
mulheres”. Carla Quevedo e Matilde Torres Pereira conversam com a
recém-eleita vice-presidente do PSD, Margarida Balseiro Lopes,
“Não se pode fugir à violência neste país”. As condições
que espoletaram uma semana de violência civil extrema na África do Sul
mantêm-se um ano depois. Poderá voltar a acontecer? Para ouvir neste episódio
do África Agora. Uma conversa de Cristina Peres com o jornalista
sul-africano Peter Fabricius.
O QUE ANDO A LER
Ainda tenho uns quatro alfinetes redondos pequenos com a cara da
jornalista russa Anna Politkovskaya para a última campanha a favor da liberdade
de imprensa, que promoveu com os seus editores internacionais. Foi pouco antes
de ser assassinada em 7 de outubro de 2006 no elevador do prédio onde vivia em
Moscovo, com quatro tiros, um dos quais na cabeça. Na redação do
Internacional do Expresso daquela altura fazíamos uma espécie de jogo solidário
com aquela mulher tremendamente corajosa, que já sobrevivera a uma tentativa de
envenenamento. Era como se fizessemos parte da equipa que ela formava
sozinha desafiando os truques ao jeito soviético que Vladimir Putin
começava então a pôr em prática para eliminar as vozes dissonantes. Será
que sobrevive? Claro que não sobreviveu. Se quiser avaliar porquê tem agora
oportunidade de ler em português o lívro que foi publicado postumamente em 2007
intitulado “Um Diário Russo” (Temas e Debates/Círculo de
Leitores).
Anna Politkovskaya nunca poupou nem nas palavras nem na denúncia quando o
ambiente noticioso ainda tinha algumas brechas. Ela previa o fechamento, que
viria a concretizar-se já depois do seu assassínio, e conseguia vislumbrar o
alcance da caixa de ressonância em que caiu a informação na Rússia. Por isso
mesmo, e como escreve n’ “Um Diário Russo”, Anna juntava provas sobre os
futuros cidadãos russos, opiniões desiludidas e descrentes no sistema político,
para concluir que “o verdadeiro custo do cinismo político” é a “rejeição da
geração mais jovem”. A máquina de Putin ainda não parou de avançar para lá de
tudo o que Politkovskaya pressentiu e este livro é essencial para rever a
génese do modus operandi.
O Curto termina aqui, obrigada por me ter acompanhado até ao fim. Agora
tem é só passar para a nossa companhia em www.expresso.pt
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