quinta-feira, 14 de julho de 2022

SABER DIZER NÃO. FAZÊ-LO É PRECISO!

Bom dia. O que aqui se trata é pretextado por simples conteúdo no Expresso Curto em abordagem selecionado sobre acontecimentos na Lusa Pátriae Reino de Feios, Porcos e Maus políticos caídos no caldeirão neoliberal, antecâmara do nazi-fascismo. De salientar que há jornalismo, entre outros profissionais, que estão a ir atrás e estão à beira do citado caldeirão ou por estarem já à beirinha vão escorregar e caírem a pés juntos dentro dele. Veremos isso em grande quantidade na próxima década. 

Afinal, como todos, o que eles querem é dinheirinho que seja bastante para pagar as contas de uma classe média na ilusão de que é superior. Nos espelhos foscos de suas casas até se vêem de acordo com a cegueira do crescimento que a ocorrer é quase sempre à custa dos perrapados que como escravos pagam tudo e nem bufam – ou somente bufam uma quantidade mínima porque a cegueira afeta os outros milhões de papalvos. Falar verdade é que não se fala, escrever verdade, verdadinha, também não… Mas parece que sim, de acordo com a acertividade democrática da treta em que milhões estão a ficar afetados. Nem um porra, nem um chulos ou ladrões sai da boca dos tais milhões de escravizados, prejudicados e mal pagos como de costume. Mas a vida é melhor que nos tempos do fascista Salazar, dizem, julgam. Sim, mas só um poucochinho. As seitas de empresários, banqueiros, sábios da gestão, etc., etc., continuam a roubar. Tudo isso de mãos dadas com os políticos ladrões e corruptos envolvidos no solarengo nepotismo do costume. Ooooh, não, não. Afinal votamos, dizem os tontos que escolhem a merda na fossa que lhes põem à frente. E então é isso a democracia apregoada e vigente? Pois.

Uma história sobre técnica para as crianças comerem o que teimam em dar-lhes: sopa. 

Há crianças que não gostam de sopa e afirmam categoricamente que não a querem comer. Então, democraticamente, dá-se-lhes a escolher. Pergunta-se-lhe: Querido/a queres sopa de feijão ou de cenoura? A reação é de surpresa. Até lhe dão a escolher. Nem vem à cabeça recusar uma e outra sopa. E optam. Escolhem imã das sopas apesar de não a quererem. E comem. E assim vão comendo. E habituam-se, apesar de saberem que não aquilo que querem. Não é aquilo de que gostam. Apesar de saberem que na sua convicção são sopas de esterco. E asim vão os portugueses e os cidadãos planetário deste neoliberalismo-fascismo de trapa a que chamam democracia. De políticos vigaristas ladeados de empresários e banqueiros, de gestores e outros sábios monstruosos que em minoria tomam os poderes… Enfim, já se sabe quem são e quem são. Mas, e “deitá-los a baiso”? Como se deverá fazer? Talvez pacificamente baste dizer NÃO. E não é não, sempre. Decerto estarem dispostos a ofrer duras consequências até que sejam derrubados de todo. Até nos livrarmos dos vigaristas, dos ladrões e dos chulos que enchameiam a sociedade portuguesa, europeia e – salvo raras excepções – planetária.

Oh, como isso seria correto e bom para todos. Nasceria o homem/mulher novos. Atenção, porque passado cinco minutos dessa nova sociedade germinariam novos vigaristas, ladrões, corruptos, etc. Quem não sabe isso, faz parte das ambições desonestas do género jumano. Pois.

Oh, assim mais vale é estar quieto, Pensamos. Não?

A seguir: Expresso Curto por lavra do jornalista balsemanizado João Miguel Salvador. Atirem-se à prosa… mas não ardam em infundadas esperanças nem em torrentes de ilusões. Os arautos também mentem e são mal pagos pelos do sistema nos poderes. Dizer não, é preciso. Ler e pensar é imprescindível. Basta de engolir elefantes e as suas bostas de esterco como se fossem bombons!

SG | PG

Portugal é fogo que arde e que se vê

João Miguel Salvador | Expresso (curto)

Olá,

E obrigado por começar o dia connosco.

O país volta a pintar-se da cor das cinzas, não saiu de 2017. O calor anunciado para estes dias pôs Portugal em estado de contingência, fazia antever o pior, e este acabou mesmo por cumprir-se. Leiria, Palmela e Almancil viveram horas de aflição, mas houve incêndios de norte a sul num dia demasiado quente, acompanhado ao minuto.

Se na terça-feira foram batidos seis máximos absolutos de temperatura em vários locais, depois disso os termómetros insistem em não baixar. Esta quarta-feira, a Lousã foi o local mais quente - atingiu 46,3ºC - mas o máximo da Amareleja em 2003 ainda não foi batido.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) mantém hoje os distritos do interior norte e centro em aviso vermelho, o mais grave, devido ao tempo quente, mas desagravou os restantes distritos. Há que manter a cautela, apesar das boas notícias do IPMA: a DGS alerta para os perigos de inalação de fumos e calor. Estas são as recomendações emitidas.

Para quem está longe desta realidade infernal, cada incêndio anunciado poderia não passar de um ponto no mapa remetido à insignificância, mas as imagens são impossíveis de ignorar, de negar, estão à frente dos nossos olhos. Os relatos são impressionantes: “Sabem que o fogo quando se aproxima faz um som horrível? Ele faz-se anunciar”, diz quem já viu as chamas demasiado perto.

Ontem, o primeiro-ministro dizia que a causa estrutural dos incêndios é a “floresta desordenada”, depois de no início da semana ter referido que estes “só ocorrem se uma mão humana, voluntariamente ou por distração, os tiver provocado”. Rapidamente surgiram vários memes nas redes sociais, em que a frase de Costa era comparada a uma proferida anteriormente, em que falava de incêndios com causas naturais.

As reações nas redes valem o que valem, decerto muito menos do que os factos - embora a informação falsa leve 15% do tempo a chegar a 1500 pessoas. As redes sociais são o veículo mais usado para a divulgar, pelo que mais vale voltarmos à verdade:

Segundo o ICNF, as causas naturais são muito menos representativas do que a tal “mão humana” , enquanto provocadoras de incêndios. No ano passado, por exemplo, só 2% dos incêndios foram provocados pela queda de raios. Em contrapartida, a GNR já apanhou 49 pessoas que provocaram incêndios, só em 2022. São quase tantas como em todo o ano passado 

OUTRAS NOTÍCIAS

COMENTÁRIOS CONTROLADOS. Comissão vai fazer levantamento de deputados que acumularam exclusividade com comentários televisivos, soube-se esta quarta-feira - depois de ter sido adiada a votação da proposta de parecer da Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados sobre o caso de incompatibilidade de Mariana Mortágua no Parlamento. Em causa está o facto de a deputada do Bloco de Esquerda ter mantido uma colaboração regular paga de comentário televisivo na SIC Notícias ao mesmo tempo que recebia por ter optado pelo regime de exclusividade parlamentar.

DENÚNCIAS DESCONTROLADAS. Mark MacGann, um antigo lobista de topo da Uber, revelou ser a fonte da fuga de informação Uber Files - uma enorme variedade de documentos que revelam como a plataforma construiu uma enorme máquina de influência para abrir o caminho para o domínio global. “Estou indignado e envergonhado por ter participado na banalização de tal violência”, diz o denunciante.

ADESÃO RATIFICADA. A Bulgária ratificou a adesão da Suécia e Finlândia à NATO, com o apoio de quase todas as forças políticas búlgaras com assento parlamentar. Os nacionalistas pró-russos Vazrazhdane foram a exceção: os seus 11 deputados votaram contra.

JUÍZA RECUSADA. É mais um capítulo na longa história da Operação Marquês. Sócrates recusou a juíza que ia analisar o pedido de escusa de outro juiz. Em causa está novamente o sorteio: a defesa do ex-PM apresentou um pedido de recusa do coletivo de juízes conselheiros que iria analisar o pedido de escusa do colega, Lopes da Mota.

NAÇÕES MUSICAIS. Depois do anúncio de que o Super Bock Super Rock não poderia acontecer no Meco veio a solução: levar tudo para o Parque das Nações, campismo incluído no Parque das Nações. Do cartaz desta edição fazem parte nomes como C. Tangana, Foals, DaBaby, Jamie XX, Hot Chip, Capitão Fausto, Capicua, David & Miguel e Conjunto Cuca Monga, entre outros. Hoje o dia é de abertura - com A$AP Rocky, Metronomy e Leon Bridges -, com horários atualizados.

INAÇÕES TERMINAIS. A TAP está a oferecer mais 10% de retribuição base aos tripulantes que trabalhem nas folgas e nas férias. O pagamento extraordinário vai vigorar até ao final de outubro, com o intuito de atenuar os efeitos dos atrasos e cancelamentos. O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil diz que a solução é "desastrosa" e se tratam de "migalhas"

PRAZOS PROLONGADOS. Os bancos terão até 2062 para pagar dívida ao Estado pela resolução do BES e venda do Novo Banco. O cenário de extensão do prazo para a amortização final sobrepõe-se agora ao que era esperado: que o Fundo de Resolução tivesse até 2046 para se livrar da dívida pública das suas operações. Sobre o mesmo caso, a auditoria do Tribunal de Contas considerou que o governo, o Banco de Portugal e o Fundo de Resolução não salvaguardaram o interesse público na relação com o Novo Banco.

ACORDOS AGENDADOS. A Rússia e a Ucrânia vão tentar resolver o bloqueio das exportações dos cereais dos portos ucranianos com novas negociações “na próxima semana” em Istambul, anunciou a

Turquia. O mundo continua a acompanhar a situação na Ucrânia ao minuto, numa altura em que o próprio Zelensky diz estarem a ser feitos “esforços significativos” para restabelecer o fornecimento de alimentos. Guterres fala de “passo decisivo em frente”, embora um desbloqueio efetivo possa demorar um mês a surtir efeito.

FRASES

“Israel é uma democracia. Israel é nosso aliado. Israel é um amigo.”
Joe Biden, Presidente norte-americano em entrevista, defendendo a assistência de segurança a Israel.

“O que estes jogadores estão a fazer é por dinheiro, qual é o incentivo à prática? Qual é o incentivo para ir lá para fora e ganhá-lo com esforço?”
Tiger Woods, golfista, criticando os colegas que trocaram a PGA Tour pelo circuito LIV, financiado pelo dinheiro saudita.

“Estamos frustrados e desiludidos por não podermos dar estes concertos que são muito importantes para nós, tal como sabemos que são para vocês”
Placebo, banda britânica obrigada a cancelar concertos por um surto de covid-19.

PODCASTS PARA OUVIR

Geórgia. “Há uma enorme empatia popular com a Ucrânia. Mas o Governo é muito mais cauteloso” Neste episódio do podcast Bloco de Leste olha-se para a Geórgia. Esta pequena antiga República Soviética fica na zona do Cáucaso e já esteve neste século envolvida num conflito militar com a Rússia que em 2008 apoiou as forças separatistas da Abecásia e da Ossétia do Sul.

As novas regras para os estafetas Uber vão funcionar? Neste episódio do podcast Money Money Money, João Silvestre conversa com Teresa Coelho Moreira da Universidade do Minho.

Proteção de Denunciantes. Nova lei obriga empresas a criar canais de denúncia Saiba no podcast Justiça Sem Códigos como pode denunciar ilegalidades ou infrações, no local de trabalho, sem ser vítima de represálias.

O QUE ANDO A LER

‘Que se passa com as pessoas?’ Mal vi o título no índice de “Racionalidade” (Editorial Presença), percebi que este capítulo seria um dos meus preferidos. O autor, Steven Pinker, já o sabia quando o escreveu. Também sabia que eu não seria caso único: “Este é o capítulo pelo qual a maioria das pessoas esperava. (...) Assim que começo a falar de racionalidade, as pessoas perguntam-me porque é que a Humanidade parece estar a enlouquecer.” A proliferação de fake news nos últimos anos e os fenómenos de negacionismo durante a pandemia só vieram dar razão a Pinker - que vivia tudo isto como nós enquanto escrevia o livro: “A racionalidade é um bem público”.

O QUE ANDO A VER

“Anatomia de um Escândalo” (Netflix) apareceu-me no leque de recomendações e desta vez aceitei a sugestão. A assinatura de David E. Kelley dava-me garantias de estar perante uma grande série: foi ele quem desenvolveu “Big Little Lies” e “The Undoing” (ambas na HBO Max) para televisão, aventurando-se agora no original de Sarah Vaughan (editado pela TopSeller). Em causa está uma acusação de violação contra um ministro britânico, quem o acusa é uma ex-amante, e a série desenrola-se à medida que o caso se desenvolve. Será o tory James Whitehouse culpado? Ou será ela a vítima? Em tempo de revolução no governo britânico por motivos bem diferentes, esta é uma série sobre os bastidores do poder que vale a pena ver.

Este Expresso Curto fica por aqui. Tenha uma ótima quinta-feira, acompanhe os nossos Exclusivos e vá preparando os dias de descanso com a ajuda das sugestões Boa Cama Boa Mesa. Quanto a nós, já sabe que estaremos sempre por cá: no Expresso e na SIC, na Tribuna e na Blitz.

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