sábado, 5 de agosto de 2023

Angola | No Leste Se Escreveu História -- Artur Queiroz


 Artur Queiroz*, Luanda

Dia 1 de Agosto de 1974. Comandantes da guerrilha do MPLA proclamaram as Forças Armadas Populares de Libertação Angola (FAPLA). Apenas os guerrilheiros. A direcção política do movimento não participou. O objectivo era dotar o país de um exército autónomo ainda no período de transição, aberto com o 25 de Abril de 1974 e poucos dias após o Governo Português ter reconhecido o direito das suas colónias à Independência Nacional (Lei 7 de 27 de Julho de 1974).

Os combatentes do MPLA mais uma vez se colocaram na vanguarda. Nesse momento empurrados pelos ventos da História. Em 1972, agentes do ditador Mobutu fuzilaram na base de Kinkuzu pelo menos duas dezenas de comandantes do Exército de Libertação Nacional de Angola (ELNA) braço armado da FNLA. A guerrilha do movimento estava praticamente paralisada e desde essa data parou mesmo. No terreno da luta armada só ficou o MPLA.

A UNITA de Jonas Savimbi foi fundada em 13 de Março de 1966. Em 1968, dois comandantes fundadores do movimento foram reforçar os Flechas da PIDE em Lumbala Nguimbo (Gago Coutinho). São eles os majores (posto máximo na organização) Pedro e Sachilombo. O movimento tornou-se uma unidade militar ao serviço dos colonialistas portugueses, pouco depois de ser fundado. Combatia contra a Independência Nacional. Em 25 de Abril de 1974 só a guerrilha do MPLA continuava activa mas muito debilitada.

Daniel Chipenda, membro da direcção do MPLA, a mando dos serviços secretos da África do Sul e da CIA, criou a chamada Revolta do Leste. Quando naquela frente os guerrilheiros tentavam levar a guerrilha ao Planalto Central e ao Planalto de Malange. Uma catástrofe.

Imediatamente Jonas Savimbi propôs integrar as forças da UNITA nas tropas portuguesas. O líder do Galo Negro tinha frequentes encontros com o capitão Benjamim Almeida, comandante de uma companhia de artilharia (CART 6651), instalada na região de Cangumbe. Para proteger o “chefe guerrilheiro” que o ditador Marcelo Caetano considerou, no livro “O Meu Depoimento, “um bom rapaz muito nosso amigo”. 

O bom rapaz defendia a “machadada final” nas forças do MPLA, na Frente Leste. O chefe da UNITA propôs operações conjuntas contra as bases do MPLA, mesmo na Zâmbia, pedindo em troca segurança para os seus homens no “Corredor do Luanginga” criado pelas forças armadas portuguesas no âmbito da “Operação Madeira”. Numa carta do chefe do Galo Negro ao capitão Almeida, ele refere a necessidade de se encontrar “uma maneira mais curta para se resolverem os problemas da participação da UNITA na vida Nacional na sua fase mais avançada da integração” (Angola O Conflito da Frente Leste, página 199. Autor capitão Benjamim Almeida). 

A correspondência trocada entre Savimbi e o general Bettencourt Rodrigues (comandante da Zona Militar Leste) ou com o general Luz Cunha, comandante em chefe das Forças Armadas Portuguesas em Angola, foi desviada por um jovem militar português, da repartição que tratava da inteligência militar, no Quartel-General da Região Militar de Angola, em Luanda. Essas cartas foram entregues a militantes do MPLA que as fizeram chegar à Redacção da revista “Afrique-Asie”. Daqui resultou um equívoco. Ficou a impressão de que Savimbi tinha contactos directos com a cúpula das forças armadas portuguesas. Só no ano de 2011 foi possível desfazer esse engano, com a publicação do livro do capitão Benjamim Almeida. 

Um esclarecimento. O capitão Almeida publicou o livro para glorificar a UNITA e incensar Jonas Savimbi, Não é a denúncia de um traidor. As quadrilhas portuguesas ao serviço do Galo Negro fizeram desaparecer a obra por causa das cartas! Eu, repórter com sorte, consegui um exemplar. Agora o livro só aparece nos alfarrabistas ou nas bibliotecas portuguesas.

 Na época, os Media portugueses dedicavam páginas e horas de antena à UNITA. Sobre o livro nem uma palavra. Nem um segundo. Nada. Felizmente há repórteres, ainda que em vias de extinção. Este vosso criado está entre essa fauna. Leiam por favor e vão dizer ao Presidente João Lourenço quem é o seu herói de estimação Jonas Savimbi, para além de Nito Alves. Diz-me com quem andas eu digo-te quem és.

O chefe da UNITA nunca conseguiu chegar à fala com os chefes militares portugueses. Só cartas que eram súplicas para que integrassem rapidamente a UNITA nas forças armadas. Na preparação da “Operação Madeira”, que consistia na integração das forças da UNITA na tropa portuguesa e nos “Flechas” da PIDE, além da acomodação de Savimbi como governador do então distrito do Moxico, o seu primeiro interlocutor foi o chefe da inteligência militar na Zona Militar Leste, o tenente-coronel Passos Ramos. A seguir ao triunfo da revolução (25 de Abril de 1974), juntamente com o então major Pezarat Correia, assinou com o chefe da UNITA um acordo de cessar-fogo, para que a organização tivesse argumentos que lhe permitissem reclamar junto da Organização de Unidade Africana (OUA hoje UA) o estatuto de movimento de libertação. 

Savimbi também mandava as cartas para os altos chefes militares, pelos madeireiros e ainda através do padre Oliveira (António de Araújo Oliveira). Em Outubro de 1973, depois do dia 5 e antes do dia 20, enviou esta carta ao capitão Benjamim Almeida, que comandava uma companhia de artilharia aquartelada em Cangumbe: “Fiquei contente em receber a sua carta de 5.10.73. Que tenha feito uma boa viagem e pela sua carta depreendo que tudo tenha corrido o melhor possível, é o que mais me alegra, pois associo aos seus sucessos pessoais a possibilidade de se falar no assunto. (Integração da tropa da UNITA nas Forças Armadas Portuguesas). Quanto à minha saúde vou muito melhor do que dantes, o que me cria condições de pensar e analisar para penetrar os labirintos complexos da política Angolana que está sendo fortemente influenciada pela opinião mundial. É este factor que tem também de pesar nas nossas decisões pois embora Portugal sempre resolveu os seus problemas com a capacidade de uma nação independente, nem sempre os outros quiseram deixar os outros em Paz. A correlação e a interdependência das políticas internas com as políticas exteriores têm hoje a sua maior expressão no desenvolvimento dos meios de comunicação, na unidade económica que só projectam com maior facilidade as ambições dos países mais fortes e as tendências ao imperialismo. Angola fica precisamente situada nessa encruzilhada. Só os homens de uma vasta visão política, podem evitar para Angola o que a História dolorosamente escreveu na alma e nos corpos de outros países que muitas vezes foram projectados para o desconhecido com as nefastas consequências que se conhecem por aí fora. A minha experiência permite-me pensar que não há soluções mágicas para os problemas políticos nem um homem chave para decifrar tais equações. Se de um lado a capacidade dos dirigentes pesa decididamente na correcta solução dos problemas e Portugal tem homens à altura, principalmente na distintíssima pessoa de Sua Excelência o Presidente do Conselho (Marcelo Caetano), há que se ter em conta as circunstâncias que rodeiam as situações que vivemos e a evolução do Mundo. É neste capítulo que eu tenho de lamentar os processos utilizados pelas Autoridades estaduais em resolver os problemas de Angola, na hora em que o MPLA sofre a sua maior crise de sempre. O optimismo em demasia é também reflexo do desconhecimento dos problemas desta África em constante mutação. Hoje já não há aliados definitivos e incondicionais. Propus às Autoridades do Luso o dia 20.10.73 para um encontro com o senhor Capitão Benjamim o que espero poderá materializar-se e assim terei mais um prazer de falar consigo”. (Páginas 174 e 175 do livro Angola -O Conflito na Frente Leste).

Mais tarde Jonas Savimbi enviou nova carta ao capitão português: “Esta tem por fim desejar-lhe boa saúde e que tenha tido um regresso agradável depois do nosso encontro. O meu amigo PUNA e eu mesmo, ficámos com uma excelente impressão da sua pessoa e cremos que haverá um campo largo de cooperação entre as forças que comanda e as nossas, desde que uma oportunidade para isso se apresente. E será com prazer que daremos esse passo mais à frente na direcção da consolidação do que já conseguimos no decurso dos dois anos transactos. Não há dúvida de que a nossa conversa do dia 20 (Outubro de 1973) passado veio desanuviar grandemente a atmosfera das nossas relações com o Luso (Comando da Zona Militar Leste das Forças Armadas Portuguesas) que estavam a tornar-se já de um equilíbrio difícil. Oxalá que os factos que discutimos abertamente tenham no futuro uma interpretação consentânea com os maiores interesses das populações do Leste e da Paz para Angola que continua Portugal em África, na sua forma mais actualizada. Estou bastante optimista que há um campo muito vasto em que a política de Portugal em África pode ser consolidada, apesar dos vendavais movidos pelos ambiciosos que só têm o olho em casa de outrem. Haveria, é certo, uma maneira mais curta para se resolverem os problemas da participação da UNITA na vida Nacional na sua fase mais avançada da integração. Há, porém, factos que nos levam a andar mais devagar para que consigamos resultados mais duradouros. Embora a nossa vontade seria de resolver os nossos problemas entre nós, isto é, em casa, temos e teremos por muito tempo que contar com a influência do estrangeiro, pois nem as alianças de Portugal com o resto do mundo são isentas de traições que só a cobiça explica e muito menos as fronteiras de Angola com o resto de África podem ser hermeticamente fechadas. É a situação com a qual temos de nos medir, nós e os vindouros, hoje e amanhã, para que a política de multirracialidade encontre enfim os ecos que o mundo de hoje bem precisa para salvaguarda da Humanidade. O seu contributo será enorme pois que a proximidade de Cangumbe connosco faz com que seja o elemento mais indicado para a troca de impressões, quando isso for superiormente autorizado. Estamos esperando pela nota do Luso (Luena), para que se tomem as necessárias providências para que a nossa delegação possa continuar as discussões a nível mais alto. Não gostaria de ser incómodo, mas é a necessidade que me obriga a solicitar a sua boa vontade, caso possa fazê-lo, para me arranjar: Uma boa capa de chuva, um par de botas altas militares número 42, cinco frascos de aero om e algumas bisnagas de bálsamo de mentol, pomada tópica. Caso lhe seja possível adquiri-los, gostaria que me indicasse quanto é. É tudo que se me oferece para hoje. Com respeito e amizade, Jonas Malheiro Savimbi” (Páginas 199 e 200 do livro Angola – O Conflito na Frente Leste).

O tenente-coronel Passos Ramos, chefe da secreta militar portuguesa no Leste de Angola, em 1996, declarou publicamente que Jonas Savimbi, após a assinatura do cessar-fogo, em Maio de 1974, assumiu o seguinte compromisso: “A UNITA, como o MPLA não dava sinais de abrandar as acções armadas, tomou o compromisso de dar informações sobre o posicionamento dos seus guerrilheiros”. Depois do 25 de Abril de 1974 Jonas Savimbi disse em entrevista à Emissora Oficial de Angola (RNA) que os angolanos não estavam preparados para a independência e defendeu o federalismo com Portugal. Imediatamente a UNITA foi proclamada “o movimento dos brancos” e Savimbi o “Muata da Paz”.

Em 1974 o MPLA estava dilacerado pelas chamadas “revoltas”. A de Chipenda era uma operação dos serviços secretos ocidentais e sul-africanos. A Revolta Activa foi movida pelo oportunismo. Os seus mentores e aderentes pensavam que tinha chegado a sua hora de chegar ao poder, até porque se diziam intelectuais! Um intelectual só existe se riscar do seu dicionário a palavra traição. E eles traíram valores, princípios, fidelidades e traíram a sua história pessoal. 

O Presidente Kaunda da Zâmbia promoveu um congresso em Lusaka do qual devia sair a unidade no seio do MPLA. Os serviços secretos ocidentais, com o apoio do ditador Mobutu, boicotaram os trabalhos. Não houve congresso. Por isso Nito Alves foi o mais destacado dos delegados! Era perito em ser o que não era e fazer o que nunca fez. Foi neste quadro quase trágico para o futuro de Angola que nasceram as FAPLA. Aqui vos deixo o texto integral da sua proclamação:

“Ao Povo Angolano combatente. Aos guerrilheiros do MPLA. Aos soldados de Angola libertada.

O Povo Angolano combatente acaba de conquistar uma vitória decisiva. O país encontra-se no limiar do objectivo pelo qual, durante 13 anos, combatestes, pelo qual meio milhão de patriotas tombou e centenas de milhares ficaram mutilados.

SOLDADOS PATRIOTAS!

Nas chanas, nas matas, nas cidades, nas prisões fostes, durante esta longa marcha, o factor determinante da vitória.

COMBATENTES DO POVO!

Nesta hora em que o Povo é chamado a assumir as suas responsabilidades históricas numa Angola independente, interesses inconfessáveis agitam-se procurando desvirtuar aquilo por que lutastes durante 13 anos.

CAMARADAS!

Com a mesma decisão e firmeza demonstradas nos momentos mais convulsos do combate libertador, assumi as vossas responsabilidades actuais.

SOLDADOS COMANDANTES!

Sobre as ruínas de Caripande e de Miconje, reflectindo a vontade manifesta de todos os que lutaram de armas na mão, fiéis à memória dos nossos mortos, de acordo com o estipulado na lei reguladora dos organismos militares,

PROCLAMAMOS:

- A constituição das FORÇAS ARMADAS POPULARES DE LIBERTAÇÃO DE ANGOLA (FAPLA) como instituição autónoma subordinada à direcção política do MPLA.

- A integração nas FAPLA de todas as forças militares, militarizadas e de defesa popular.

- A decisão inabalável de prosseguir o combate, por todos os meios, pelos objectivos que nos propusemos. GLÓRIA ÀS FAPLA. VIVA O MPLA. A VITÓRIA É CERTA!”

Este documento é assinado pelos seguintes comandantes de coluna, por esta ordem: 1 Henrique Teles Carreira (Iko), 2 Rodrigo João Lopes (Ludy), 3 Pedro Maria Tonha (Pedalé), 4 António Ramos (Dimuka), 5 João Luís Neto (Xiyetu), Chefe do Estado Maior da Frente Leste, 6 David. Moisés (Ndozi), Chefe do Estado Maior da Frente Norte, 7 César Augusto (Kiluanje), 8 Gilberto Teixeira da Silva (Gika), Comissário Político da Frente Leste, 9 Eurico Gonçalves, Comissário Político da Frente Norte, 10 Alves Bernardo Baptista (Nito), 11 Jacob Caetano João (Monstro Imortal), 12 Zacarias José Pinto (Bolingô), 13 Rui Filomeno de Sá (Dibala), 14 Bonifácio Kinda (Cantiga),15 Paulo Silva Mungungo (Dangereux), 16 Francisco Ngombe (Likolongo), 17 Beston Cachongo (Kilolo), 18 Pedro Castro Van-Dunen (Loy), 19 Eugénio Veríssimo da Costa (Nzaji), 20 António da Silva (Dinguanza), 21 Filipe Neto (Dimbondwa), 22 Delfim de Castro, 23 António Chinyama (Manhinga), 24 António dos Santos França (Ndalu), 25 Henrique Carvalho Santos (Onambwe), 26 Alexandre Rodrigues (Kito), 27 Joaquim Domingos (Valodia), 28 Manuel Augusto Alfredo (Orlog), 29 Ernesto Kayombo (Liberdade), 30 Francisco Magalhães Paiva (Nvunda) e 31 André Pitra (Petrof).

E os comandantes de esquadrão: 1 Jorge Morais (Monty), 2 Isaías Correia, 3 Rafael Sapilinha (Sambalanga), 4 José Antunes (Voina), 5 Domingos Muhongo (Polé Polé), 6 Agostinho Chona (Mazembe), 7 Rui de Matos (Maio), 8 Pedro Chindumba (Leopardo), 9 António Chipululo (Kapela), 10 Kaimoto Chaila (Kawevu), 11 Daniel Prata (África), 12 Frederico Mulyenu (Mbila Chitana), 13 Manuel Pais (Atenção Tuga), 14 Jaime Chiaze (Vigilância), 15 Levelende Mussumali (Samussumina), 16 Muzungu Chissola (Lamba Lingi), 17 Martins (Petit), 18 Miguel João Luís (Ivady), 19 Agostinho Katolo (Dia Perigo), 20 Augusto Sebastião (Roka Monita), 21 Alberto Bento Ribeiro (Cabulo), 22 Joaquim Rangel Valera (Quim), 23 António Ramos (Ciclone), 24 Emílio Brás (Sombo), 25 Mário Afonso de Almeida (Kasesa), 26 Carlos Pestana Heineken (Katiana), 27 Tiago Martins (Katondo), 28 Saidy Mingas (Lutuima), 29 José Matos (Siliveli) 30 Gonçalves da Silva (Margoso), 31 Manuel Francisco Tuta (Batalha), 32 João Contestável (Lumumba), 33 Júlio de Almeida (Juju), 34 Marcos António, 35 Pedro Lima (Foguetão), 36 Salviano de Jesus Sequeira (Kianda), 37 Carlos Manuel (Max), 38 Inocêncio Yoba, 39 Marcos Monakapue (Basovava), 40 Malamba Rosa (Facho), 41 Evaristo de Sousa Neves (Kapic), 42 Domingos da Silva (Levanta), 43 Deolindo José Sebastião Guimarães (Kijila), 44 Arsénio Mesquita (Shianouk), 45 Eduardo Ernesto (Bakalof), 46 Miguel Sebastião João (Che Guevara), 47 Francisco (Van Troy), 48 Daniel Almeida Paulino (Ghandi).

Alguns comandantes foram antes eleitos para o Comité Central e Bureau Político do MPLA: Henrique Teles Carreira (Iko), Rodrigo João Lopes (Ludy) e Pedro Maria Tonha (Pedalé). Entre os primeiros subscritores estão os líderes da guerrilha: João Luís Neto (Xiyetu), Chefe do Estado-Maior da Frente Leste, David Moisés (Ndozi), Chefe do Estado-Maior da Frente Norte, César Augusto (Kiluanje) Comandante da I Região, Gilberto Teixeira da Silva (Gika) Comissário Político da Frente Leste e Eurico Gonçalves Comissário Político da Frente Norte, que foi assassinado pelos golpistas no dia 27 de Maio de 1977, segundo Nito Aves a mando de José Van-Dúnem e Sita Vales.

O General Massano, chefe da Inteligência Militar, afirmou que “a proclamação das FAPLA foi feita pelo antigo Presidente Agostinho Neto, facto histórico que não se pode apagar, pois a História assume-se por inteiro”. Não. Agostinho Neto não proclamou as FAPLA. Foram os Heroicos Comandantes da guerrilha. Mas sim, as FAPLA foram mesmo gloriosas. A nossa glória! Glória eterna aos que serviram nas fileiras das FAPLA desde 1 de Agosto de 1974 até à Batalha do Cuito Cuanavale, que levou aos Acordos de Nova Iorque onde os racistas sul-africanos capitularam. Somos um Povo de Heróis e de Mártires. Informem urgentemente o Presidente João Lourenço.

*Jornalista

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