quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Só os parvos acreditarão em 'provas' e alegações esfarrapadas e não credíveis


Ontem, pelo menos morreram 500 palestinianos que se tinham abrigado num hospital em Gaza. Um míssil acabou-lhes com a vida, a grande maioria eram crianças, avós, pais e irmãos (famílias inteiras). Esses mais velhos acompanharam-nos a caminho do 'paraíso de Alá'. Afinal ocorreu mais uma carnificina entre tantas cujos autores assassinos têm sido os altos responsáveis israelitas. Netanyahu à cabeça e os seus bajuladores chefes militares - habitualmente assassinos com a 'febre do ódio' e Tora na mão ou embebida no extremismo religioso próprio de terroristas.

Mas não. Afinal o míssil caído no hospital de Gaza não foi lançado por Israel, afirmaram os terroristas preponderantes e dirigentes dos EUA e o próprio Estado Criminoso de Israel. Provas? Foi apresentada uma gravação de um telefonema alegadamente entre o Hamas e a Jihad Islâmica a falarem sobre o tenebroso assunto. Ora, ora. Isso não é prova indesmentível e ineludível, qualquer um pode gizar aquele tipo de telefonema e gravação. Principalmente a CIA ou outra agência dos EUA, ou o Shin Bet e a Mossad israelita. Certo é que com denodo a CNN Portugal esforça-se em repetir exaustivamente a gravação. Curiosamente, um dos seus comentadores, Azeredo Lopes, apostou na opinião de desconfiar da versão gravada, mero objeto de contra-informação e propaganda. As alegações e "provas" não chegam para acreditar. É a história de Pedro e o Lobo. Falem para aí! Depois de tanta sacanice, de tantos crimes de ódio, de tantas mentiras de terroristas como os EUA e/ou Israel, de tantas matanças globais de um e outro país só os parvos acreditarão em 'provas' e alegações esfarrapadas e não credíveis.

É evidente que tais factos pretensiosamente comprovativos e considerados não confiáveis pelos mais atentos e com boa memória da história não justificam as ações terríficas do Hamas no passado sábado 7 em Israel. Tais crimes foram, são, merecedores de inequívoco repúdio que provam que as personalidades e mentes terroristas são desprovidas de humanidade e/ou de sentimentos de justiça de facto. Assim é, são, os altos dirigentes do Hamas, de Israel e dos EUA, entre outros. Ainda mais e sobremodo quando inclui Estados que sabemos meramente criminosos, dirigidos por atores eivados de desumanidade e de palavras falsas sobre democracia, liberdade e justiça. Prova de que o mundo está à beira do abismo se os povos (enganados, explorados e oprimidos) nada fizerem contra esses criminosos e perniciosos dirigentes políticos, militares e dos 1% que em conluio dominam a humanidade global.

Não foi referido de principio mas eis que esclarecemos para os mais distraídos que estes breves parágrafos e considerações antecedem o Expresso Curto de hoje. Vitor Marques é o jornalista que vem aí. Disfrutem e 'olho vivo'.

Bom dia. Boa semana... Mas como? Também a UE, Portugal e os portugueses, andam ao sabor de uma grande miríade de criminosos, mentirosos, corruptos, ilusionistas, falsos democratas, etc., etc. Saber isso sabemos... Mas nada fazemos pelo bem do planeta, dos países e de nós próprios. Assim vai o mundo.

E assim vai o Curto, a seguir. Vá ler. Não dói nada.

MM | Redação PG

Biden aterra em cima de um hospital (e de uma diplomacia) em cinzas

Vítor Matos, jornalista | Expresso (curto)

Bom dia!

Começo por lhe fazer um convite: hoje, às 14h00, "Junte-se à Conversa" com Pedro Cordeiro, David Dinis e Joana Ricarte para falar sobre "A guerra entre Israel e Hamas". Inscreva-se aqui.

Amanhã, às 12h00, voltam as "Visitas à redação". Inscreva-se através do mail producaoclubeexpresso@expresso.impresa.pt

Estamos num daqueles momentos em que uma faísca pode fazer explodir os barris de pólvora que estão à espera de uma acendalha em vários pontos do mundo. O presidente norte-americano Joe Biden prepara-se para aterrar hoje em Telavive - onde se vive na expetativa sobre a violência da retaliação de Israel contra o Hamas, na Faixa de Gaza -, para um encontro com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. No Ocidente, o sangue continua a ser derramado na Ucrânia e, a Oriente, o senhor da guerra russo, Vladimir Putin, encontrou-se com Xi Jinping na China, num momento em que os Estados Unidos acusam a Coreia do Norte de fornecer armas à Rússia e quando o Irão diz que fará uma ação preventiva contra Israel.

O Hezbollah, grupo que no Líbano é apoiado pelo Irão, anunciou que hoje será “um dia de raiva sem precedentes” contra Israel, com o Presidente norte-americano no terreno.

Estamos a caminhar sobre brasas, em cima das quais os terroristas do Hamas deitaram gasolina com uma chacina indescritível, como conta o enviado da Lusa à Faixa de Gaza. Pode seguir aqui o nosso direto de hoje com todas as atualizações sobre a crise israelo-palestiniana.

Joe Biden aterra em Israel horas depois de um trágico ataque a um hospital que matou mais de 500 pessoas. Um péssimo momento. A visita do Presidente norte-americano tem como objetivo influenciar Israel a não levar a cabo uma retaliação tão brutal que alastre a guerra ao Médio Oriente. Mas o ataque ao hospital prejudica todos os esforços diplomáticos: o Egipto atribui a tragédia a um rocket israelita; o Exército de Israel atribui o desastre a um acidente com um rocket lançado pela Jihad Islâmica. Ainda não há certezas.

O nevoeiro da guerra já é espesso. Mas tem efeitos: Mahmoud Abbas, líder da Autoridade Palestiniana cancelou a reunião que tinha marcada com Biden amanhã na Jordânia. Os líderes jordanos e egípcios também cancelaram.

O presidente norte-americano viaja para o Médio Oriente, enquanto centenas de milhares de palestinianos saem das suas casas no norte de Gaza em direção ao sul, uma exigência de Israel que a ONU diz que ser um crime de “transferência forçada de civis”. Nem todos o querem fazer. Biden quer garantir apoio humanitário, mas o único ponto de saída de refugiados e de entrada de ajuda é pelo sul, através de Rafah, que faz fronteira com o Egipto. Apesar disso, Israel tem bombardeado o sul, nomeadamente a própria cidade de Rafah.

António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, que já se mostrou “horrorizado” com o ataque ao hospital, é esperado no Egito hoje e amanhã para discutir com o Presidente Abdul Fatah Khalil Al-Sisi a ajuda humanitária aos palestinianos.

Antes de o Presidente Biden embarcar, o secretário da Defesa norte-americano Lloyd J. Austin deu ordem para cerca de duas mil tropas se prepararem para serem destacadas para o Médio Oriente em apoio de Israel, quando os EUA já têm dois porta-aviões na região.

Na Europa, já há duas vítimas colaterais que emanam da crise no Médio Oriente: o assassinato de dois adeptos da seleção sueca na Bélgica, um atentado que já foi reivindicado pelo Daesh, do qual o assassino era militante. O terrorista foi morto pela polícia belga.

Em Portugal, a segurança das infraestruturas críticas será reforçada.

Com uma reação cacofónica no início da crise, a União Europeia quer “fazer tudo” para evitar uma escalada, mas ainda não convenceu Egito a abrir a fronteira. Ursula von der Leyen diz que “não há contradição” entre a “solidariedade” com Israel e a “ação para suprir as necessidades humanitárias dos palestinianos”.

É neste contexto de crise internacional que, no Expresso da Manhã de hoje, Paulo Baldaia conversa com Raquel Vaz Pinto, professora da universidade Nova, investigadora no IPRI.

OUTRAS NOTÍCIAS

Três anos depois, hoje às 15h, regressam os debates quinzenais com o primeiro-ministro no Parlamento. Adivinha-se que será uma primeira ronda de debate sobre o Orçamento do Estado - esperam-se as piadas sobre o OE “pipi” e “betinho” de Luís Montenegro - e discussões sobre a devolução do tempo todo aos professores, como o PSD prometeu e Pedro Nuno Santos desejou, e acerca do caos nas urgências.

A posição dos sociais-democratas já está oficialmente definida desde o encerramento das jornadas parlamentares do partido que decorreram ontem: “É um logro dizer que este orçamento vai baixar impostos, o país está a ser enganado”, disse Luís Montenegro, quando anunciou o esperado voto contra.

As opiniões divergem internamente, não só no PSD, mas também no PS. Se Luís Montenegro tropeçou no Orçamento e tem já duas sombras à perna (Moedas e Passos), no PS, Pedro Nuno mostrou a sua alternativa ao Orçamento de Medina e deu o tiro de partida para a luta interna. No podcast Comissão Política, olhamos para os candidatos de hoje e do futuro.

Quando se fala em futuro, está sempre presente a sustentabilidade da Segurança Social. Sabia que um em cada quatro portugueses reforma-se antecipadamente? No ano passado, 27% das novas aposentações na Segurança Social foram feitas antes da idade legal da reforma. Cerca de metade das reformas antecipadas ocorreram após esgotado o subsídio de desemprego. Governo diz estar a preparar reforma a tempo parcial para ser implementada em 2024.

Finalmente, é conhecido o nome para chefiar a decisiva Direção-Geral de Saúde e substituir Graça Freitas: será Rita Sá Machado, fique a saber aqui quem é esta médica que trabalhava em Genebra, como conselheira da Organização Mundial de Saúde na área da Saúde e Migrações.

Debaixo de fogo, no Parlamento, mas na Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças também estará hoje Helena Borges, a diretora-geral da Autoridade Tributária para justificar a não cobrança de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) relativo à venda de barragens, o que pode ter lesado o Estado em €110 milhões. Os deputados também vão ouvir o secretário de Estado do Tesouro e Finanças, Nuno Félix.

Não é só no Continente: na Madeira, Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional e líder do PSD madeirense, também promete "estabilidade política" e descida de IRS.

No Parlamento Europeu aconteceu o que se previa: os eurodeputados eslovacos foram afastados dos Socialistas e Democratas, depois de o seu partido ter firmado uma coligação com a extrema-direita na Eslováquia, cujas eleições deram a vitória a Robert Fico, com um discurso pró-russo.

Com a presença da seleção de futebol garantida no Euro 2024, o Diogo Pombo fala com Rui Malheiro e Tomás da Cunha sobre o que já está definido e o (pouco) que falta definir na equipa de Portugal que estará na Alemanha. Oiça aqui o podcast No Princípio era a Bola.

FRASES

“Estar em Varsóvia no domingo à noite permitiu-me viver um raro momento de alegria política. Jovens eleitores fizeram fila até de madrugada para afastarem os populistas nacionalistas e xenófobos que andaram a puxar o país para trás, provando que até uma eleição injusta pode ser ganha, contra todas das probabilidades, voltando a Polónia para um futuro moderno e europeu”.
Timothy Gaston Ash, historiador, no Expresso

“Vindo de um partido de Esquerda, este é – tudo medido - um bom Orçamento. (...) Alguém disse que Medina fez um orçamento que o PSD poderia assinar. Mas, não tenhamos ilusões, entre partidos moderados mal seria que houvesse os desfiladeiros da confrontação sem quartel, como o PCP e BE julgam ser correto e possível”.
José Miguel Júdice, no comentário “As Causas” da SIC

“Segundo Charles [Moore, o Hamas é] um ‘verdadeiro eixo do mal’, constituído pelo Hamas/Irão, Rússia e China, está a atacar concertadamente o Ocidente democrático e liberal – que eles colectivanente consideram “decadente” e incapaz de se defender”.
João Carlos Espada, professor universitário, no Observador

“Os médicos portugueses estão numa crise de frustração motivada pelas retribuições que auferem, mas, sobretudo, pela perda de autonomia que representa a sua condição de “assalariados” e pela falta de reconhecimento dos órgãos diretivos das instituições onde se sentem pouco envolvidos, quer no planeamento, quer na tomada de decisões.”
António Lacerda Sales, ex-secretário de Estado da Saúde do PS, no “Público

O QUE ANDO A LER

Tem tudo a ver com os tempos que andamos a viver, até porque vivemos nestes tempos há tempo demais. Tenho seguido a série autobiográfica do “Árabe do Futuro”, do autor de banda desenhada franco-síro Riad Sattouf, uma narrativa extraordinária para compreendermos o choque entre o mundo ocidental e o mundo islâmico através dos olhos de uma criança (claro, filtrada pela mesma criança já enquanto autor na idade adulta). A história, que é a história de vida de Sattouf, trata do crescimento do pequeno Riad entre as duas culturas, a do pai sírio e a da mãe francesa, que culmina neste “Volume 5” com o caso típico do progenitor que rapta o filho mais novo, que o leva para a Síria, deixando a sua ex-mulher em França e os outros dois filhos num desespero total.

Não sou francês, muçulmano ou sírio. Sou quadrinista [autor de banda desenhada]”, disse Sattouf numa entrevista à revista brasileira “Veja”. O “Volume 5”, no entanto, mostra que Riad será mais francês ou ocidental do que outra coisa qualquer, a descobrir Nirvana durante a adolescência nos anos 90, e a imaginar o que andariam a pensar os primos que continuavam a viver na Síria e que lhe chamavam… judeu, pelas suas maneiras ocidentalizadas e pelo cabelo louro. A saga é mais do que uma novela gráfica, é uma obra literária e artística profunda, cujos álbuns merecem o tempo que lhes pudermos dar.

PODCASTS A NÃO PERDER

O que nos esconde a cidade invisível? António Brito Guterres responde a Daniel Oliveira. O convidado desta vez é, na realidade, um cicerone pela encosta colada a Chelas, em Lisboa. Ouça este Perguntar Não Ofende que aconteceu fora de estúdio e em movimento.

 A
adição é uma doença neuropsiquiátrica crónica que pode passar pela dependência de substâncias como o álcool ou a droga, mas que pode também traduzir-se em todo o tipo de comportamentos compulsivos. No novo episódio do podcast Que Voz é Esta?, falamos das causas, dos sintomas e do tratamento desta perturbação complexa, com grande tendência a recaídas e causadora de enorme sofrimento.

 A dívida tarifária da eletricidade em Portugal vai subir já no próximo ano. Será a primeira vez em nove anos e representa um dos maiores disparos de sempre. Mas afinal o que são estas tarifas? E como vai mexer na carteira dos consumidores? Ouça o novo episódio do Economia dia a dia, podcast diário do Expresso.

Obrigado por ter lido este Curto até aqui, resta-me desejar um bom resto de semana e continue a seguir a atualidade no Expresso e na Tribuna.

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