Artur Queiroz*, Luanda
Hoje começou a troca de reféns entre Israel e o HAMAS. O mundo confirmou. Os nazis de Telavive prendem crianças palestinas, que ficam a apodrecer nas prisões sem processo, sem acusação, sem julgamento. Entram nas masmorras meninas e meninos. Continuam prisioneiros na idade adulta. Antes a morte que tal sorte.
Um país que tem leis racistas só existe porque o estado terrorista mais perigoso do mundo lhe dá força para promover o racismo. Um país cujos governantes impõem um regime de apartheid a quem não é judeu, não pode fazer parte da comunidade internacional. Mas faz porque essa é a política do ocidente alargado. Israel é uma espécie de polícia de arma apontada à liberdade e à honra da Humanidade. Quem se portar mal leva com os nazis de Telavive.
Um país que prende crianças e as mantém a apodrecer nas prisões até à idade adulta sem culpa formada, sem julgamento, apenas porque pode, quer e manda, não pode existir. Vou repetir: O país que se rege pela Lei do Estado Nação, Lei de Cidadania, Lei de Retorno, Lei de Terras de Israel e a Lei da Nakba não pode existir. Porque se rege pelos princípios do nazismo. E a Humanidade disse nunca mais ao Holocausto.
Os israelitas é que escolhem quem os governa. Os cidadãos de Israel é que elegem os deputados que legislaram e aprovaram os fundamentos do apartheid. Do racismo como política de Estado. Da discriminação. Só eles podem acabar com o nazismo, Só a eles compete matar a serpente do apartheid. Se nada fizerem, arriscam ser considerados párias como o regime nazi instalado em Telavive.
Um regime democrático não prende crianças nem as deixa apodrecendo na cadeia. Um Estado de Direito não pode conviver com leis racistas e xenófobas. Se os políticos da coligação hoje no poder em Telavive têm saudades de Hitler e dos campos de concentração, sempre podem ir para o deserto do Negev. Ali só fazem mal a eles próprios, às serpentes e aos lacraus.
Hoje o HAMAS libertou reféns da Tailândia e das Filipinas. Parabéns. Também foram libertados reféns israelitas. Um gesto humanitário que devia ter abrangido todos os que estão detidos. Se tivesse acontecido, o mundo ficava muito melhor e a causa palestina ganhava mais apoiantes. Fica pra a próxima. Que seja breve. Ontem era o ideal.
Israel libertou reféns palestinos. Apenas crianças e mulheres. Nunca foram acusados. Nunca foram julgados. Um Estado que assim procede coloca-se ao nível dos colonialistas e fascistas portugueses mas nos anos 50. Porque depois de 1961 os fascistas de Lisboa ainda faziam simulacros de julgamentos. Nunca imaginei que fosse possível no século XXI a existência de um Estado ainda mais fascista do que o salazarista.
A extrema-direita europeia está
reunida
Tive uma ideia. O nosso campeão da paz em África, João Lourenço, pode correr com esse lixo humano da mesma forma que conseguiu a paz na Guiné Conacri, Mali, Gabão, República Centro Africana, Burkina Faso, Sudão, Moçambique e no Leste da República Democrática do Congo onde a paz conseguida pelo nosso campeão já causou, nas últimas quatro semanas, meio milhão de deslocados. A paz esteja convosco.
*Jornalista
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