Artur Queiroz*, Luanda
Todos os povos têm os seus podres, mais ou menos visíveis. Todos têm gente sem carácter e cabeçudos sem nada lá dentro. Abundam os acéfalos e mais ainda as figuras grotescas que nascendo com coluna vertebral, a trocaram por um prato lentilhas.
Os poucos anos de Independência Nacional foram suficientes para produzir angolanos néscios, bandoleiros e toda a escumalha humana que marca tragicamente os dias de chumbo em Portugal, onde são artilhados, municiados e pagos. A antiga potência colonial definha a olhos vistos e corre o risco de ir ao fundo no mar revolto da crise social, política, económica e financeira, mesmo com a praia da democracia à vista. E neste quadro de tragédia humana, a CNN Portugal diverte-se a dar notícias falsas como esta: A visita do ministro russo Lavrov a Luanda serviu para recrutar 2.000 mercenários angolanos que foram combater para a Ucrânia.
No dia seguinte, a RTP e a agência Lusa deram voz a “órfãos” do 27 de Maio em termos insultuosos, mentirosos e provocatórios. Nem se dignaram ouvir a outra parte. Quem cometeu este crime contra o Jornalismo? Cândida Pinto. Esta mulher-a-dias disfarçada de jornalista e uma tal Ana Sofia Cardoso da CNN Portugal foram recebidas em Luanda com passadeira vermelha e apoiadas pelas autoridades. Montaram banca na TPA! Está aí o troco. Lembram-se do perdoar e abraçar? João Lourenço e Francisco Queiroz meteram-se num negócio perigoso e faliram.
Em Angola produzimos mártires, heróis, figuras grandiosas, exemplos esmagadores de dignidade humana, pensadores infinitivos e sonhadores imbatíveis. Portugal continua a produzir fascistas, colonialistas, ignorantes e corruptos.
A comunicação social portuguesa é o espelho de um país. Os Media portugueses mostram com uma clareza inquietante, a dimensão do desastre que colocou Portugal na humilhante situação de país pedinte. É um protectorado à imagem de Camaxilo ou Mona Quimbundo, no século XIX. Está transformado em território de servos da gleba, velhos despojados da última esperança. Mete pena!